O documento chamado “Vírus de Macaco” é bom para mostrar que todos nós estamos acordados. O trabalho realizado pela Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) está primoroso, de acordo com a opinião do consultor da Revista UFO, Pedro de Campos, que tem se manifestado assim desde o início, quando leu a primeira minuta que na época era apenas uma intenção de documento a ser protocolado na Casa Civil da Presidência da República. Agora, estamos numa outra fase: a de exigir que a Lei 11.111/2005 seja cumprida pelo Governo Brasileiro. Sabe-se que em assunto melindroso, o governo não decide, apenas empurra de modo político. Esperar que decida por “boa vontade”, costuma ser um engano. O governo só entende a linguagem jurídica do dever não-cumprido e a responsabilização. Até agora, os órgãos militares só procuraram adoçar a boca dos ufólogos. O órgão responsável da Casa Civil liberou até agora apenas uma merreca de informação, coisa escolhida. Um exemplo prático e atual: Caso Rivalino Mafra, uma abdução sem retorno, presenciada por uma testemunha, o filho de Rivalino, com 12 anos na época. A abdução ocorreu no distrito de Diamantina, estado de Minas Gerais. Foi também chamado de Caso Duas Pontes, e liberado agora, em 31 de outubro de 2008, pelo Mistério da Defesa que enviou a papelada à Coordenação Regional do Arquivo Nacional do Distrito Federal (COREG-AN), depois da ação da CBU. A Revista UFO está disponibilizando isso para captura.
O documento em questão foi assinado pelo ufólogo Húlvio Brant Aleixo e datado de 10 de setembro de 1968, num trabalho feito por ele. O serviço de Aleixo foi bom, mas feito somente seis anos após o incidente, ocorrido em 1962. No arquivo, ora liberado, é dito que o fato teria ocorrido em 19 de agosto de 1962. Mas o autor Brad Steiger, em seu livro Strangers from the Skies, publicado por Eugene Olson, em 1966, dois anos antes de Aleixo fazer seu documento dado a público agora pelo Ministério de Defesa, dá a data como sendo de 20 de agosto daquele ano, inclusive, conta fatos ocorridos nos dias 17 e 19 – antes do sumiço de Rivalino – e outros dias depois, e o faz com riqueza de detalhes e precisão muito maiores do que as de Aleixo – agora liberado -, mostrando que suas fontes foram mais imediatas e precisas. No relato, Steiger sabia o que estava falando. Houvera obtido informações nos Estados Unidos, junto aos militares daquele país envolvidos com o Fenômeno UFO. Sabe-se que em 1962, antes do golpe militar que fez as relações militares entre Brasil e EUA ficarem estremecidas a ponto de o presidente Geisel rejeitar a verba norte-americana destinada aos aliados como “ajuda à defesa”, as relações militares pareciam amistosas e a troca de informação sigilosa, constante. Em outras palavras, até o golpe de 1964, tudo era passado para os Estados Unidos, mas não sem ficar aqui uma cópia, ou original. Pergunta-se: Cadê o documento passado ao Steiger? Tem que ter uma cópia aqui! A papelada feita nos dias seguintes à investigação, inclusive a da polícia civil e militar, não há de seis anos depois!
Não adianta a Casa Civil adoçar a boca dos ufólogos, queremos as informações completas de cada caso. O Caso Duas Pontes foi uma abdução sem volta. Três crianças menores ficaram órfãs e tiveram de ser colocadas numa instituição de desvalidos. A Comissão está exigindo mais do Governo Brasileiro e está no caminho certo, fazendo excelente trabalho. Alguns frutos estão vindo e já podem ser vistos. Mas, em caso melindroso, a liberação de documento está se mostrando mais difícil. A verdade está sendo exigida pelo povo. O governo tem que fazer a sua parte. A lei vigente garante isso ao cidadão: o documento protocolado na Casa Civil mostra de modo claro e límpido, sem deixar dúvida, o que a lei estabelece e o governo deve cumprir. Os grandes casos da Ufologia Brasileira foram ali mencionados, pedindo a liberação daqueles arquivos e de todos os demais casos. Esse “Vírus de Macaco” será melhor explicando, porque muitos acham que a “CIA brasileira” está inativa, mas “Não está”. Tem um episódio sobre Homens de Preto (MIB) que vale a pena publicar aqui um fragmento, para ficar patente. Os nossos observadores estão atentos e querem saber o que rola na Ufologia: Em 08 de fevereiro de 2007, recebi do companheiro de Equipe UFO, o eminente ufólogo Fernando de Aragão Ramalho, de Brasília, uma informação que mostra a pesquisa feita por um oficial do Governo Brasileiro e denota possível ambigüidade das autoridades: “Amigos da Equipe UFO e da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) – dizia ele –, eis aqui mais uma história mostrando que os militares da Força Aérea Brasileira (FAB) poderiam estar escondendo a verdade quando nos disseram em Brasília que não investigam a fundo os UFOs, pois esse tipo de investigação deve ocorrer ainda hoje”.
Ramalho dá conta de que a testemunha fora visitada por um autêntico Homem de Preto (MIB), em Brasília. E diz ser curioso que quando a Comissão esteve no Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), em 20 de maio de 2005, um oficial da FAB, antes de mostrar alguns arquivos ufológicos, disse não ter ninguém trabalhando na investigação dos UFOs. Ramalho mandou-me o relato de uma testemunha, mostrando que os atos oficiais diferem das palavras. Retornamos ao episódio: Laerte Aguiar, hoje morador de Niterói, testemunhou anos atrás um caso intrigante. Numa triangulação pela internet, além de Ramalho, este autor, Pedro de Campos, também conversou com Aguiar, o qual fez questão de contar detalhes do caso e pediu que fosse publicado: “Quando eu morava em Brasília – Guará I, QE 7, Bloco K, apto. 202 – tive um avistamento privilegiado, porque o local de observação era excelente e o céu estava todo azul, sem nenhum tipo de nuvem, também não havia poluição nem qualquer ruído ambiente”, disse Aguiar. Contou-me que era então junho de 1982, às 05h30, quando viu um objeto como se fosse de alumínio fosco, no formato de um ovo grande, mas com a parte traseira aberta e mostrando uma boca enorme. Dessa abertura, saiam dois tubos iguais a foguetes, embutidos dentro da nave. O objeto não fazia nenhum barulho nem deixava rastros de fumaça no ar. Sua rota era totalmente diversa da dos aviões para o aeroporto de Brasília. Tinha uma velocidade muito superior à de avião a jato. O ponto de observação fora a janela de seu quarto, que estava completamente aberta. “O objeto seguia em linha reta – descreveu a testemunha –, não nivelando no horizonte como fazem os aviões, mas subindo como se fosse ‘furando o céu\’. Minha esposa estava dormindo e não deu para chamá-la. O tempo de observação foi de apenas uns 12 segundos. Depois, aquilo foi ficando redondo, do tamanho de uma bola de tênis, e sumiu”.
Após esse evento, Aguiar fico
u com o estado emocional meio abalado. Naquele dia, quando chegou ao serviço, em Brasília, comentou com seu chefe e outros colegas de trabalho. Eles lhe aconselharam a telefonar para o Comando Aéreo de Brasília. Pelo telefone, a testemunha foi atendida por uma pessoa muito gentil, que lhe escutou cuidadosamente. Após algumas semanas, ele recebeu em seu apartamento a visita de um senhor de boa aparência, que se identificou. Aguiar convidou o sujeito a entrar, e os dois ficaram na sala conversando. A primeira pergunta veio pouco depois. O indivíduo quis saber de que lugar do apartamento ele viu o objeto. Ele mostrou e descreveu tudo, passo a passo, não deixou nada de fora. De súbito, o homem abriu uma pasta e retirou papel e caneta, pedindo para a testemunha desenhar o que vira. Depois, ambos ficaram conversando, e o homem repetiu a mesma coisa: abriu a pasta, tirou papel e caneta e pediu-lhe novamente para desenhar o objeto. Parecia redundante, mas o sujeito estava analisando a testemunha. “Finalmente, o investigador tirou do bolso uma placa de acrílico – tinha um mostruário de UFOs -, com vários furos e tamanhos variados, todos em forma de ovo – forma descrita antes por Aguiar -, e pediu que apontasse qual deles eu tinha visto. Tinha uma escala graduada e, pela minha indicação, tratava-se de uma nave muito grande. Quando o homem se retirou, disse-me pelo já conhecido modo enigmático: ‘Nós ainda vamos nos encontrar\’. A partir daí, não vi mais nada de anormal no céu, nem vi mais o tal homem”, finalizou a testemunha.
Esse testemunho, mostrando a atuação investigativa ao estilo Homens de Preto, por alguém de Brasília, deixa claro a nós todos que o povo conta a verdade, fala o que vê, desenha no papel e relata os fatos, mesmo que as autoridades insistam na velha ambigüidade de fingir uma coisa e fazer outra. O MIB, em questão, era gente de governo. E Aguiar estava disposto a repetir tudo. Cadê essa investigação nos documentos de Brasília? Nada foi dado ainda! De modo oficial, o Comdabra e o Serviço Nacional de Informação (SNI) não irão falar que investigam os UFOs, nem dar informações sem a iniciativa do Mistério de Defesa. Por agora, o que está sendo divulgando é só para adoçar a boca. Os casos capitais da Ufologia Brasileira, com milhares e milhares de páginas – não algumas centenas, coisa escolhida e incompleta que está sendo dada agora -, estão ainda arquivados e sujeitos a ficar ali para sempre. Sim, para sempre. Comenta-se agora que 30 anos não bastou, e que o Governo Brasileiro quer mudar a lei e manter o sigilo absoluto. Fala-se que estaria preparando a papelada para mandar ao Congresso um Projeto de Lei (PL) ou Medida Provisória (MP), em razão dos Casos Verídicos e Irrefutáveis em seus arquivos. Comenta-se que seria mais fácil encobrir do que explicar. Clique aqui para saber mais sobre o assunto.