Dentro do estudo ufoarqueológico sempre nos perguntamos desde quando podemos estar sendo visitados em nosso planeta por seres inteligentes vindos do espaço. As inúmeras evidências espalhadas por todo o globo nos remetem às mais fantásticas datas, como a pré-história, quando ainda não dominávamos a escrita e somente nos comunicávamos com o futuro através das mais diversas formas de artes, que foram expressas nas inúmeras pinturas rupestres espalhadas por todos os continentes. Através disso a arqueologia pôde descobrir como era a vida de nosso ancestral das cavernas, seus hábitos, costumes, a luta pela sobrevivência e suas dificuldades, além de seu modo de ver e encarar o mundo em que vivia. Se nosso universo realmente é povoado por milhares ou mesmo milhões de planetas, presumivelmente habitados, sendo que cada um possivelmente está em um determinado estágio específico de evolução, é possível imaginar que incontáveis mundos já floresceram e que outros já desapareceram ao longo dos bilhões de anos. E acreditamos que sua história pode estar registrada através de pinturas rupestres, gravuras e desenhos nas cavernas, assim como ocorreu conosco em nosso passado.
Ancestral da humanidade — Inúmeras civilizações podem existir e muitas, com certeza, desenvolveram uma tecnologia tão evoluída e poderosa a ponto de poder viajar pelos confins do universo e ter nos visitado a milhares ou talvez milhões de anos atrás. Dentre os diversos indícios ufoarqueológicos hoje estudados, um em especial se destaca, pois nos leva ao mais longínquo passado de nosso planeta, ao tempo em que sequer seria possível ao homem imaginar sua existência. Refiro-me ao famoso fato que ficou conhecido como a Pegada Meister ou o Caso Antelope Springs, quando em 03 de junho de 1968, William J. Meister, arqueólogo amador e colecionador de fósseis, juntamente com Francis Shape, alguns amigos e familiares, procuravam por vestígios de outras civilizações em Antelope Springs, localizado à cerca de 70 km, a oeste da cidade de Delta, no Estado de Utah, Estados Unidos. Neste local foi descoberta numa formação rochosa um fóssil de trilobite – espécie extinta de artrópode da Era Paleozóica e que viveu na Terra durante todo o período Cambriano, ou seja, entre 220 a 440 milhões de anos atrás.
O mais intrigante, porém, foi o fato de o achado mostrar claramente a pegada de um suposto humanóide usando algum tipo de calçado ou uma espécie de bota. E o mais fantástico de tudo: o trilobite parece ter sido esmagado pelo ser. Ficou eternizado em uma marca que tem o formato claro de uma pegada humana calçada, sendo na verdade não apenas uma, mas sim duas, dos pés direito e esquerdo, com o mesmo tamanho, proporção simétrica e expostas lado a lado. Na época, tal descoberta causou extrema surpresa junto à comunidade científica, pois, sabe-se que os trilobites se extinguiram muito tempo antes do homem moderno surgir. Este artrópode não é contemporâneo de nenhuma forma de vida mais evoluída, estando de acordo com a teoria da evolução milhões e milhões de anos longe do primeiro ancestral da humanidade. A rocha foi encontrada na formação Wheeler, do meio Cambriano. A imagem é realmente impactante, pois parece ser a prova de que um ser com características presumivelmente humanóides e que usava uma espécie de calçado realmente pisou sobre um trilobite.
Segundo os céticos e outros seguimentos que refutam as teorias ufoarqueológicas e que não acreditam no fóssil em questão, o que parece uma pegada é, na verdade, resultado de processos geológicos naturais comuns. De acordo com os mesmos, na área onde foi encontrada a pegada, há diversas outras marcas com formatos idênticos e que são claramente produto de tais manifestações. O que não se consegue explicar é o porquê a natureza teria sido tão caprichosa a ponto de moldar duas pegadas de tamanhos exatamente iguais, totalmente simétricas, sendo uma do lado direito e a outra do esquerdo, paralelas, com contornos de botas ou outro tipo de calçado, juntas em uma mesma camada geológica e ainda por cima, tendo esmagado um trilobite. Mesmo o mais cético dos homens deveria descartar a hipótese, neste caso, de uma coincidência.
Os trilobites não são fósseis incomuns, podem ser encontrados em várias regiões do mundo, sendo possível até mesmo nos dias atuais comprar um pela internet. Como era de se esperar muitos cientistas tentaram dizer que a pegada seria uma casualidade, uma formação rochosa comum que coincidentemente tinha o formato de uma marca. Mas todas as evidências do fóssil que nos mostra claramente dois pés, com a parte inferior mais funda, é mesmo para um cético convicto difícil de se explicar. Vê-se claramente que as marcas possuem uma simetria desconcertante, o que deixa muitos especialistas sem condições de comentar com coerência a incrível “coincidência”. Os céticos defendem também que elas não possuem um seguimento ou trilha – comuns quando se trata de pegadas. Isso também não serve de base para se confirmar ou não a autenticidade da pegada, pois poderia ser apenas naquele momento da história, em que um suposto ser humanóide esteve parado esmagando um trilobite, que nos foi deixado um legado em busca de mais explicações.
Hipótese ufoarqueológica — Dizer que os vestígios não têm deformação de pressão ou de movimento do suposto pé, também não é convincente, pois o ser poderia estar parado, observando, quem sabe, algo à sua frente. O incrível fóssil se encontra hoje no Museu da Evidência da Criação, no Texas, Arizona, uma instituição de defensores do Criacionismo [Seguimento que defende a Teoria da Criação, relatada na Bíblia], que usa o achado como uma possível evidência daquilo em que acredita. Mas, sinceramente, não consigo realmente ver qualquer ligação do achado com tal crença, sendo a hipótese ufoarqueológica, da mesma forma que outras, possível de ser considerada. Sabemos que toda nova idéia é muito difícil de ser aceita ou mesmo compreendida, sendo normalmente bastante combatida. Muitas vezes, acaba por ser desconsiderada pela maioria dos estudiosos pelo fato de ser fantástica demais. Porém, a história nos tem dado sempre a lição de que não podemos esquecer que o extraordinário e impossível depende do nível de evolução de cada civilização, do momento vivenciado e da tentativa de compreensão do universo no qual vivemos, já que a grande verdade, em termos có
;smicos, é que ainda engatinhamos em busca de um saber que, talvez, jamais poderá ser imaginado pelo homem.
Presos em nossa insignificância e presunçosos que somos, sem a compreensão de nossa fragilidade junto ao universo recheado de milhões ou até mesmo bilhões de mundos habitados, continuamos insistindo sempre em analisar todas as coisas com o olhar daqueles que se imaginam os seres mais importantes deste universo, ou seja, o próprio homem. Dessa forma deixamos que cada um, ao ver a foto da Pegada Meister, possa analisar e tentar compreender o fascínio que esse fóssil provoca em nós. Quando olhamos e vislumbramos as possibilidades infinitas desse universo fantástico, visto que através do mesmo podemos imaginar que nos primórdios da criação da vida em nosso planeta, quando ainda nos encontrávamos num estágio da aurora de nossa criação, um ser de características humanóides nos visitou e, graças a um capricho da natureza, deixou estampada uma marca. Isso, nem os homens, os céticos ou mesmo o tempo poderão apagar.