Em Portugal, a inexplicável Luz da Caniceira segue as pessoas de perto e se mostra em formato esférico e luminoso. Alguns pesquisadores acreditam que tais aparatos se tratem de sondas extraterrestres. A história contada pela crença popular em Portugal é relacionada com uma menina que estava sob os cuidados de uma senhora. A senhora tinha um forno à lenha onde fazia o pão para poder vender às pessoas da aldeia. A menina com os seus sete ou oito anos era muito ativa e não parava quieta. Ela queria saber e conhecer mais sobre tudo. Ela fazia inúmeras perguntas à senhora que já se sentia saturada de ouvi-la! Numa certa noite em que estavam a fazer pão a senhora resolveu por um fim na vida daquela criança. Pediu a menina que fosse ao forno abrir a porta para se colocar o pão para assar. Assim ela o fez, mas ao abrir a porta da fornalha a mulher empurrou a criança para dentro do forno e fechou de imediato a porta.
Passadas umas horas, a mulher se lembrou de abrir o forno para ver se o corpo da criança já estava em cinzas. Mas ao abrir a porta as coisas se complicaram, pois que uma bola de fogo saiu do interior do forno. Conta-se que esta bola atacou a mulher acabando por matá-la. Depois da morte da senhora a luz teria saído por uma das janelas em direção à rua explorando todo um mundo novo. E assim, em Portugal as pessoas comentam que essa luz é o espírito da menina que morreu queimada, após ter se vingado da senhora que deveria cuidar dela. Outros comentam que são almas penadas em busca do descanso.
Manifestações – Por todo o conselho de Alcácer do Sal a Luz da Caniceira era conhecida, sendo Palma, S. Romão e a estrada entre Alcácer e Santiago os melhores lugares para ter encontros com a luz. Segundo alguns testemunhos, esta luz, inicialmente tem a forma de uma ponta de cigarro com uma cor muito avermelhada se transformando para o tamanho de uma bola de tênis em que a sua cor se altera para um laranja mais forte até ficar do tamanho de uma bola de futebol com uma cor amarelada forte. Após esta transformação a luz segue as pessoas para onde quer que se dirijam. Na maioria dos casos de avistamentos, a luz mantém uma distância de aproximadamente 15 a 20 m das testemunhas.
As pessoas contam que, antigamente, quando iam para uma festa ou se deslocavam a pé a longas distâncias, em alguns casos por mais de 30 km, eram seguidas pela estranha luz. Acreditavam que a forma de não serem atacados era ignorá-la. A luz se tornou uma companheira de viajem e os contrabandistas e ladrões não se atreviam a assaltar às pessoas que eram seguidas por aquela estranha luz, pois tinham receio de algum mal lhes acontecer.Em alguns casos as pessoas se sentiam mais seguras com a presença da estranha luz a que eles chamavam de Luz da Caniceira.
Mas em outros, havia imenso medo e se apavoravam fugindo aterrorizados. São muitas as pessoas que contam histórias passadas vividas em situações incríveis. Pastores que ficavam no mato durante a noite para guardar os seus rebanhos e que eram constantemente seguidos pela luz solitária durante toda a noite. Pessoas que se deslocavam de uma montanha para a aldeia, de carroça puxada por animais, também eram seguidos constantemente.
O Caso do Guarda-Florestal – Infelizmente há um caso fatal que causou a morte de um guarda-florestal. Conta-se que certa noite o guarda estava montado a cavalo numa patrulha pelo mato, quando acabou por ser seguido pela luz que assustou o cavalo e a ele mesmo. O guarda resolveu então ir para casa colocando o cavalo nos estábulos e se dirigindo para dentro de sua residência. Mas a luz o acompanhou por todo o trajeto e se colocou sobre a chaminé de sua casa e não mais saiu de lá.
O guarda, revoltado com aquele incômodo, pegou sua arma e disparou um tiro certeiro em direção à luz, que pareceu um monte de brasas ao sofrer o ataque. O guarda retornou então para a casa e as pessoas apenas ouviram os seus gritos. Os vizinhos correram de imediato, em auxílio ao guarda, pensando que tivera ferido com o disparo. Porém, algumas pessoas ficaram na rua, enquanto outros entravam para ver o que se tinha passado. Foi então que encontraram o corpo do guarda no chão com grandes queimaduras e já sem vida. Enquanto algumas pessoas estavam dentro de casa outras se mantinham na rua e estas afirmam ter visto a Luz da Caniceira sair da chaminé enquanto os outros entravam em socorro do guarda. Este foi o caso mais famoso em Portugal ligado à Luz da Caniceira.
Experiência pessoal – Com o passar dos anos e com as novas tecnologias surgiram motos e automóveis. Foi então que a Luz da Caniceira começou a seguir tais veículos. Foram registrados muitos acidentes causados por esta luz em que as pessoas só queriam se afastar dela por não saberem o que se tratava. Um marcante caso pessoal me aconteceu no ano de 1998. Eu e quatro amigos regressávamos de uma festa para casa e vínhamos de motocicleta. A cerca de 30 kms de nosso destino avistamos esta luz no meio do arvoredo de Pinhal. A luz se deslocava à mesma velocidade em que estávamos e se furtava dos pinheiros de uma forma incrível.
Tais manobras são impossíveis ao homem a naquela velocidade já muito elevada em que estávamos. Além de se furtar dos troncos das árvores, a luz descia junto ao solo e se elevava rapidamente para as copas de 15 a 20 m de altura. Realmente foi uma situação inusitada em que tivemos uma estranha companhia durante uns 25 km de nossa viagem. A comunidade científica afirma com todas as forças que se trata de um fenômeno natural e, esta luz seguiria os veículos devido a uma atração eletromagnética natural entre ambos. Como a ciência não tem explicações concisas para estes casos, algumas pessoas se baseiam até onde vão tais teorias científicas.
Mas se procedesse de fato, a hipótese de atração eletromagnética natural, seja de gases ou outros elementos que pudessem se compor as tais luzes, ainda assim não se justificaria os casos em que antigamente, quando ainda não existiam veículos a motor as pessoas já eram seguidas por esta luz. Naquela época não havia em torno das testemunhas nenhum aparato que pudesse causar algum tipo de eletromagnetismo. Graças ao desenvolvimento como seres humanos e por já termos a noção de espiritualidade aberta, pessoalmente, creio que tais aparatos possam se tratar de sondas alienígenas que nos observam já há muito tempo. E, ao se sentirem ameaçadas estas luzes atacam a quem se atrever a lhes fazer frente.
Relato de testemunha – Uma imagem “viva” da Luz da Caniceira foi narrada pela senhora Natisalda Madeira no Programa de Ocupação de Tempos Livres, Alcácer do Sal, Portugal, 1982. “Eu via sempre uma luz em cima de um chaparro que apagava e acendia, mas nunca fui ao pé dela. Essa luz que lhe chamavam a Luz da Caniceira era do tamanho de uma lâmpada ou do tamanho de um punho. Era amarela muito brilhante e a vi assim como vejo a luz do petróleo. As pessoas puseram-lhe o nome de Luz da Caniceira. Mas eu não sei porque é que lhe chamavam por esse nome. Só sei que era uma luz e por isso diziam ser uma alma perdida e por iss
o a gente a via”. Fonte do relato: Cristina Barcoso.