Dentro da questão ufológica, deve-se utilizar todos os instrumentos disponíveis para se obter maior quantidade de informações sobre a origem e natureza das naves que insistentemente são flagradas cruzando os céus do planeta. Entretanto, os vestígios de suas passagens — considerados como “matéria prima” da Ufologia — são raros. Entre esses vestígios, as fotografias são uma das melhores fontes de informação sobre tais civilizações que nos observam tão ininterruptamente, desde que bem interpretadas.
Após vários anos de pesquisa da problemática que envolve o fenômeno Ufológico, já não temos qualquer dúvida de sua existência real. Porém, após todos estes anos, também pudemos concluir que muita coisa que se publica na imprensa nacional c internacional, a respeito do assunto, corresponde a fatos sensacionalistas, imediatistas e, até mesmo (às vezes até muito freqüentemente), falsos. Destes fatos, normalmente apresentados como verídicos e, até mesmo, defendidos por seus protagonistas, as fotografias ufológicas têm sido uma fonte especial de surpresa em nossas pesquisas.
A fotografia é uma invenção relativamente recente, tendo sido criada no início do século 19, recebendo constantes melhorias e aperfeiçoamento desde então. As fotografias ufológicas, no entanto, começaram a surgir bem mais recentemente, tão logo o invento passou a tornar-se popular e, quanto mais usado mundialmente, ao longo da história fotográfica, tanto maior é o número de fotos ufológicas que passam a compor os arquivos especializados em todo o globo.
Logo no inicio do século, em 1907, foi realizada em Basle, Suécia, a primeira foto ufológica de que se tem noticia, retratando uma bola luminosa, de diâmetro estimado em cerca de 3 metros, cuja origem ainda não foi totalmente esclarecida. Alguns pesquisadores relacionam essa foto com o evento conhecido tio folclore brasileiro com “M\’ Boi Tatá” ou “Mãe D\’ouro”, provavelmente uma pequena nave que normalmente tem em seu interior 2 ou 3 ufonautas (tripulantes dos UFOs) de aproximadamente 1 metro de altura. Outros pesquisadores acreditam que a foto está ligada a um fenômeno de origem parapsicológica, envolvendo uma formação plasmática. Há, ainda, outros que acreditam tratar-se de um simples defeito na emulsão fotográfica. Como não tivemos acesso ao negativo original da foto, nada podemos dizer sobre o que, realmente, mostra a foto em questão.
Por volta de 1943, nos céus da Alemanha, a bordo de um avião militar em operação durante a Segunda Grande Guerra Mundial, foram fotografadas 2 bolas luminosas, imediatamente denominadas de “Foo Fighters”, ou seja, “lutadores brincalhões”. Após a 2ª Grande Guerra, as indústrias de máquinas fotográficas desenvolveram modelos mais práticos e acessíveis ao público, possibilitando o surgimento dc grande quantidade de fotografias de discos voadores.
Fotografar um disco voador é apenas uma questão de estar com a máquina fotográfica no local e hora certa, juntamente com uma boa dose de sorte, no entanto.
Até 1960, a fotografia era considerada a melhor prova da existência dos discos voadores. Mas, se a técnica fotográfica evoluiu, também as técnicas de fraudar evoluíram, e muitas destas técnicas fraudulentas foram descobertas, além de erros de interpretação de um fenômeno qualquer conhecido.
Infelizmente, em tudo onde existe o ser humano, existe também a fraude! A Ufologia não é exceção, o que, conseqüentemente, leva as fotografias ao descrédito popular.
Temos uma estimativa de aproximadamente 50.000 fotos de discos voadores que circulam no meio ufológico, mas as pesquisas revelaram que aproximadamente 90% (alguns pesquisadores encontraram até 95%) nada tem a ver com o Fenômeno UFO. Por ser uma porcentagem muito alta, as fraudes e os erros de interpretação fazem parte de um capítulo único na Ufologia, onde sofisticadas análises e equipamentos especiais são imprescindíveis para se ter um alto grau de confiabilidade no resultado, seja ele positivo ou negativo.
Existem 2 tipos de fraudes fotográficas: a inconsciente e a consciente. A inconsciente, ou sem má-fé, é aquela em que a pessoa crê ter fotografado um disco voador, visível ou invisível na hora da foto. Visível quando envolve algum evento físico ou luminoso na atmosfera e observado pelo fotógrafo, e invisível quando não é observado pelo fotógrafo e só aparece após a revelação da foto.
A consciente, ou com má-fé, é aquela preparada pelo fotógrafo, através dos vários processos técnicos que a fotografia permite. Essa é mais perigosa, porque normalmente o autor da fraude insiste em manter sua história, com isso dividindo a opinião pública que acompanha a Ufologia, tomando-a mais polêmica do que normalmente é.
As razões que levam uma pessoa a fraudar fotos de discos voadores e publicá-las como autênticas são as mais diversas:
• simples deboche da Pesquisa Ufológica (dos ufólogos);
• simples brincadeira entre os amigos;
• teste para verificar a eficiência dos ufólogos;
• prestígio entre os amigos e ufólogos;
• interesses monetários, quando se vende os negativos para veículos de comunicação etc…
ALGUNS TRUQUES FOTOGRÁFICOS PARA FRAUDAR FOTOS UFOLÓGICAS
Dentre os truques fotográficos mais comuns, usados com má-fé para falsificar fotografias Ufológicas, encontram-se as técnicas de fotomontagem e dupla exposição, retoques em positivos (fotos) e negativos, manchas química no negativo, suspensão de pequeno modelo à frente da câmara (normalmente pendurado por fios finos), objetos arremessados para o ar e fotografados a seguir, pinturas em vidros com posterior fotografia sobre um quadro real, exposição demasiada do filme sobre objetos comuns em movimento, efeitos com luminárias, efeitos com raios laser, reflexos em lentes (da câmara), reflexos em vidros e janelas, eventos e máquinas aéreas comuns, manufaturadas (balões, objetos tripulados, aves, armas secretas em teste), eventos ou fenômenos de ordem astronômica (satélites, meteoritos, astros, planetas), fenômenos atmosféricos e climáticos (nuvens lenticulares, camadas de inversão térmica, aurora boreal, ou astral, nuvens noctilucentes, relâmpagos incomuns, fenômeno parélio, fogo de Santelmo, Parasselênio, fogo fátuo, energia telúrica etc…), efeitos parapsicológicos, fogos pirotécnicos e diversos outros fenômenos.
Para que se conheça realmente algo mais aprofundado sobre fotografia ufológica, reconhecendo e separando o verídico do duvidável, do falso ou do suspeito, é necessário uma abordagem resumida sobre cada um dos efeitos ou fenômenos que pode
m levar, voluntária ou involuntariamente, alguém a obter uma foto ufológica inverídica.
Após tal análise, passaremos a expor quais os cuidados necessários que se deve tomar no trato de fotografias ufológicas e quais as técnicas usadas e recomendadas ao ufólogo, ou ao leigo, para certificar-se da validade ou não de um determinado retrato.
FOTOMONTAGEM E DUPLA EXPOSIÇÃO — Este fenômeno ocorre quando o fotógrafo obtém uma foto de uma paisagem qualquer, normalmente tendo árvores focalizadas da metade para baixo e o céu limpo da metade para cima. Nesse quadro ele bate a foto de um modelo com forma discóide, tendo somente o céu limpo como fundo. O fotógrafo utiliza 2 fotos por problemas de foco: uma quando o ambiente está longe e outra quando o objeto está perto. Depois de revelar os dois negativos, devidamente posicionados, as duas imagens são sobrepostas no mesmo papel fotossensível, tendo como resultado o ambiente e o modelo focalizados na mesma foto.
Essa técnica também é usada utilizando-se as 2 fotos iniciais em slides, projetando os dois em uma única tela ao mesmo tempo, utilizando-se de 2 projetores. Após posicionar as 2 imagens corretamente. Outro processo é o de dupla exposição no mesmo negativo quando a pessoa fotografa o ambiente e depois o objeto em cima de um único negativo. Apôs a revelação tem-se a foto do conjunto.
O técnico de laboratório fotográfico, tendo bons equipamentos em mãos, usando a imaginação e a habilidade na construção de modelos, pode conseguir resultados surpreendentes. Um simples buraco oval em um cartão, colocado no ampliador fotográfico e projetado fora de foco no papel fotossensível, pode conseguir o resultado de uma foto que facilmente pode passar como um disco voador luminoso, fotografado à noite contra o céu escuro. A análise da granulação, das sombras e dos negativos permite, no entanto, detectar esse tipo de fraude.
RETOQUES NAS FOTOS E NOS NEGATIVOS — A pessoa aqui faz uma foto qualquer. Logo após ter a foto revelada, ela faz um desenho sobre a foto ou a retoca (uma nuvem por exemplo) e em seguida bate uma outra foto da foto retocada. Na Ufologia temos um caso em que uma pessoa colocou um botão sobre a foto e pintou a sombra no solo, depois bateu outra foto do conjunto. A foto original foi feita de dentro de um avião e, com a sobreposição do botão, parece uma nave voando e projetando a sombra no solo. A análise do negativo também é importante, porque com o auxílio de um pequeno estilete ou um simples alfinete, uma pessoa pode rasurar a película gelatinosa do filme, ou até furar, causando efeitos curiosos. O próprio processo de revelação automática, ás vezes, rasura acidentalmente os negativos na hora da revelação. Em laboratórios com processos manuais, a marca da pinça que o técnico usa para mudar o filme de um produto químico para outro, às vezes, chega a riscar a película com uma forma discoidal bem sugestiva. A análise do negativo, da foto e da granulação pode detectar a rasura.
MANCHA QUÍMICA NO NEGATIVO — Nos laboratórios onde normalmente são reveladas as fotos, é muito comum algum tipo de produto químico respingar, acidental ou propositalmente, sobre o negativo e causar uma mancha redonda ou oval.
Numa foto aparece um lindo disco voador. Como é conhecido no meio ufológico que o disco voador tem a capacidade de, às vezes, ser invisível ao olho humano (embora detectado pela emulsão fotossensível do filme), a pessoa que não viu nada de anormal na hora da foto, e após a revelação vê impressa na sua fotografia uma imagem sugestiva, passa a acreditar que inesperadamente fotografou um disco voador! A análise do negativo detecta qualquer tipo de mancha de produtos químicos.
OBJETO SUSPENSO POR UM FIO — Normalmente, nesse caso, a pessoa fabrica um pequeno modelo com material leve, ou utiliza um objeto conhecido como tampa de panela, bacia, calota de automóvel, bandeja, prato de papelão etc…, que é fixo por um fio de linha fina, ou de cor azul celeste, e pendurado em um suporte qualquer. A análise do foco e das regulagens da máquina fotográfica é importante para a determinação deste caso.
OBJETO JOGADO PARA O AR — Os mesmos objetos descritos no item anterior podem ser jogados para o ar e fotografados. Normalmente a pessoa faz uma série de fotos deste tipo e só seleciona as melhores para divulgação.
A análise das regiões tremidas na foto é importante, porque teremos o ambiente sempre fixo e o objeto sempre em movimento. O fotógrafo pode deixar a máquina fixa ou acompanhar o movimento do objeto. Conseqüentemente, o ambiente ou o objeto terá as bordas levemente distorcidas, ainda mais levando-se em conta que o objeto é pequeno e está relativamente próximo da máquina fotográfica. A ampliação de uma dada foto de disco voador permitiu identificar que esta não era de um disco realmente, mas um disco fonográfico, onde se via o selo do produtor e o furo central…
PINTURAS EM VIDRO — É comum a pessoa desenhar um disco voador em uma placa de vidro plana e incolor. Ela escolhe um ambiente qualquer de fundo e coloca o vidro entre a máquina fotográfica e o ambiente. Assim se faz a foto. A análise da foto é imprescindível neste caso.
TEMPO DE EXPOSIÇÃO LONGO SOBRE OBJETOS EM MOVIMENTO — Neste caso, a pessoa fixa a máquina fotográfica em um tripé e dá um tempo de exposição longo (1 a 20 s), sobre um objeto em movimento, tendo o ambiente de fundo fixo. O objeto pode ser um avião, um balão, uma ave, um meteorito etc…
Nas fotos diurnas há necessidade de filtros atenuadores de luz devido ao tempo de exposição, que pode velar totalmente o filme. A análise das características da foto e da máquina permitem qualificar corretamente os efeitos utilizados.
EFEITOS COM LUMINÁRIAS — Utilizando os recursos da máquina fotográfica, variando as regulagens, principalmente tendo a fonte de luz totalmente fora de foco, pode-se obter efeitos surpreendentes, conforme o ângulo utilizado. A análise das características deste tipo de foto e da máquina fotográfica usada, determina os efeitos utilizados. O formato do diafragma interno da máquina também é verificado.
EFEITOS COM RAIOS LASER — Pequenos modelos em acrílico, quando iluminados por raios laser, causam efeitos interessantes. Também a luz do laser, retratada sobre um painel por prismas óticos, causa efeitos luminosos que podem facilmente ser registrados em fotos. O processo atual de holografia permite até se projetar imagens tridimensionais em um dado ambiente.
REFLEXO NAS LENTES — As lentes da objetiva da máquina fotográfica normal podem ter até 7 tipos diferentes de aberrações óticas, sendo a mais comum a aberra&c
cedil;ão esférica que forma um halo colorido ao redor da imagem, e a aberração “coma” ou “cauda de cometa”, que forma uma imagem luminosa simétrica em relação a um foco de luz intenso.
Normalmente, ocorrem reflexões luminosas nas várias lentes da objetiva da máquina que acabam atingindo o filme com uma característica própria. Esse tipo de reflexo não é visível na hora da foto e só aparece após a revelação. Esse efeito acontece normalmente com tempos longos de exposição, máquina fixa no tripé, diafragma totalmente aberto, foco infinito, ambiente com um ou vários focos de luz intensa (sol ou holofotes) da metade da foto para baixo, ou tendo da metade para cima da foto o céu quase sempre escuro. De acordo com o ângulo visual do foco de luz intensa, a aberração do tipo coma terá as mais diversas formas: redonda, cilíndrica, oval, etc… A análise da foto envolvendo a simetria, as aberrações e as cores das fontes de luz permitem, facilmente, identificar tratar-se ou não de um simples reflexo.
REFLEXOS EM VIDROS DE JANELAS — O simples reflexo de uma luminária acesa em um vidro liso e incolor de uma janela, tendo um ambiente qualquer como fundo, pode mostrar em uma foto a forma típica discoidal. A análise do local neste caso é importante.
EVENTOS AÉREOS — Balões tripulados, balões sondas de estudos atmosféricos, balões juninos de grandes dimensões e balões solares, dependendo da distância, da forma, da cor, do ângulo visual e da intensidade luminosa apresentada, podem confundir facilmente. Alguns baiões especiais, a grandes altitudes, podem ser iluminados pelo sol ainda abaixo da linha do horizonte. Outros balões são iluminados do solo por potentes holofotes enquanto outros têm iluminação artificial, como no caso os balões juninos. Ampliações da foto são recomendáveis.
OBJETOS AÉREOS — Aviões, helicópteros, asas-delta, planadores, ultraleves, papagaios (pipas) e outros, dependendo da distância e principalmente do ângulo visual, na fotografia, podem confundir os leigos. Uma boa ampliação da foto revela muitas surpresas.
AVES EM MIGRAÇÃO — Quando as aves migram em grandes quantidades, podem até ser detectadas por radar. Dependendo do tipo de formação que existe, podem tomar uma forma que lembra um disco voador. Neste caso, uma boa ampliação da foto é recomendável e imprescindível para detectar o efeito.
EXPERIÊNCIAS COM ARMAS SECRETAS — Sem a menor sombra de dúvida, nos governos mais militarizados se desenvolvem veículos secretos aéreos cada vez mais modernos, normalmente para fins bélicos. Para experimentar esses veículos é necessário fazê-los voar em algum lugar, quando às vezes são flagrados por algum fotógrafo. Como as formas desses veículos são diferentes das convencionais, acabam sendo confundidos com discos voadores.
Em análises de fotos antigas de supostos UFOs, algumas mostram veículos militares que hoje são bastante conhecidos, mas que, antigamente, eram secretos.
EVENTOS ASTRONÔMICOS
SATÉLITES ARTIFICIAIS E METEORITOS — Esses objetos podem ser registrados em fotos e causam efeitos sugestivos. Quando entram em nossa atmosfera, devido á velocidade e conseqüente atrito provocado pelo ar, se queimam, causando um efeito luminoso, normalmente de curta duração (vários segundos). A análise da foto e a verificação de eventos dessa natureza por autoridades competentes, podem identificar o fenômeno.
ASTROS — Lua, Vênus, planetas, estrelas, cometas e outros astros, quando próximos á linha do horizonte, devido ao efeito de lente e a poluição da atmosfera, parecem ter dimensões maiores do que o normal quando apresentam a cor avermelhada. Dependendo do ângulo visual, na foto, podem surgir formas que lembram um disco voador. A análise dos referenciais da foto (estrelas, por exemplo) pode ajudar na identificação do evento. É interessante que o planeta Vênus também pode ser visível durante o dia, quando é conhecido como “Estrela D\’alva”.
FENÔMENOS ATMOSFÉRICOS
NUVENS LENTICULARES — É muito comum o vento atingir grandes velocidades em um local relativamente plano. Quando chega perto de uma montanha, o vento sobe e faz um redemoinho que dá às nuvens formas discoidais.
A análise da densidade da granulação de uma foto que gravou a imagem de uma nuvem lenticular (que tem a forma de lente ou de lentilha) permite avaliar a sua consistência em detalhes.
CAMADAS DE INVERSÃO TÉRMICA — Na altura de algumas centenas de metros, às vezes, podemos encontrar uma camada de ar quente, tendo acima e abaixo camadas de ar frio. Essa camada de ar quente se comporta como um espelho perfeito, refletindo grandes focos de luz, faróis de automóveis etc. Neste caso, de longe iremos ver 2 bolas luminosas “dançando” no céu, que torna fácil a identificação do fenômeno.
AURORA BOREAL OU ASTRAL — Consiste num fenômeno luminoso que ocorre nas camadas mais altas da atmosfera, formando um colorido muito interessante, envolvendo todas as cores do espectro visível. Normalmente, ocorre nas regiões polares (sul e norte). São partículas carregadas de eletricidade, emitidas pelo sol, que entram em contato com o campo magnético terrestre e com as moléculas dos gases atmosféricos.
NUVENS NOCTILUCENTES — As nuvens noctilucentes são aquelas que luzem a noite. Temos também as nuvens iridescentes que ocupam a altura acima de 12 km na atmosfera. Em certos foguetes de estudos atmosféricos, que são lançados a grandes altitudes, utilizam-se gases de Bário que podem escapar e permanecer concentrados na atmosfera.
Em certas situações, dependendo da altitude, da temperatura, da pressão atmosférica e da umidade relativa, esses gases se ionizam causando um efeito luminoso característico. Existem outros tipos de materiais químicos que se comportam de forma semelhante em nossa atmosfera.
RELÂMPAGOS GLOBULARES — Também conhecido como raio bola ou eletricidade em bola, trata-se de um fenômeno atmosférico raríssimo, normalmente ocorrendo em meio a tempestades, ou após um relâmpago comum. É uma bola luminosa de diâmetro pequeno, variando de 10 a 25 cm, de cor amarela, laranja ou vermelha, que às vezes emite um zumbido sibilante. Não é excessivamente quente mas pode queimar pessoas, também podendo danificar objetos. Às vezes, se dissipa no ar, simplesmente, e noutras some causando violenta explosão.
Os cientistas têm realizado constantemente experiências para descobrir a origem desses fenômenos, contudo, conseguiram somente alguns resultados associando a eletricidade com a química.
Chegaram a reproduzir em laboratório a explosão de um grande transformador com sobrecarga de alta tensão. O filme que documentou essa experiência, mostra uma bola luminosa do tamanho de uma bola de futebol, que sai do meio da explosão e é lançada quase que na direção da câmara. Mesmo assim os cientistas ainda não conseguem explicar realmente o que são os relâmpagos globulares, afirmando apenas que parecem ser um tipo especial de plasma.
FENÔMENO PARÉLIO — Este é um fenômeno atmosférico que envolve a imagem do sol refletida (às vezes refratada) em uma nuvem ou por cristais de gelo em suspensão no ar. Devido a sua altura, esses cristais de gelo em suspensão podem ser iluminados pelo sol ainda abaixo da linha do horizonte, ocorrendo a decomposição da luz branca nas várias cores do espectro, causando um halo concentrado e colorido muito bonito. É bem diferente do fenômeno arco-íris, este bem conhecido da população, onde ocorre a decomposição da luz solar branca nas microgotículas de água em suspensão na atmosfera, causando um arco colorido.
SANTELMO — É um fenômeno que envolve a eletricidade, devido ao atrito de grandes massas de ar de diferentes temperaturas em movimento na atmosfera. Esse atrito arranca partículas de materiais condutores, tornando-as carregadas positivamente. Essa superfície com carga elétrica relativamente próxima de uma nuvem, também carregada, apresentará atração/repulsão de cargas elétricas, concentrando-se nas pontas das superfícies. Iremos observar, então, uma chama azulada cintilante.
Nas ocasiões de tempestades, o fogo de santelmo tem sido observado nas pontas das asas dos aviões, nas pontas dos mastros dos navios e nas pontas dos campanários das igrejas. Neste último caso, já foi até confundido com aparições da Virgem Maria. Como a chama azulada tem um brilho relativamente pequeno, só é visível à noite, porque a luz do sol é muito mais intensa.
Cientistas demonstraram em laboratórios que enxames de alguns insetos, como cigarrinha do abeto, podem ser iluminados pelo processo do fogo de santelmo quando voam através de altos campos elétricos criados por uma tempestade.
PARASSELÊNIO — Um tipo de fenômeno relativamente comum e conhecido por quase todos. É um círculo luminoso que, às vezes, se observa em volta da lua. É causado pela grande quantidade de umidade presente na atmosfera. Se houver nuvens passando á frente do fenômeno, poderemos ter a sensação de movimento e mudança da intensidade luminosa e da cor.
FOGO FÁTUO OU GASES DO PÂNTANO — Todo corpo orgânico em decomposição emana o gás metano (CH4), que, em concentrações de aproximadamente 25% em mistura com o ar, pode inflamar-se espontaneamente. O fogo fátuo envolve o gás metano de origem animal e os gases do pântano envolvem o gás metano de origem vegetal. No local onde existe a emanação do metano (muito comum nos cemitérios) quando não está ventando, o gás começa a se concentrar. Se o tempo estiver relativamente quente (noites de verão), de repente ocorre a combustão espontânea. Se houver uma pessoa relativamente perto, ela verá durante um período de tempo muito curto uma chama azulada de 2 a 3 metros de altura, que emite luz e calor, e ouvirá o barulho característico de uma pequena explosão abafada. Se a pessoa estiver no meio dos gases, certamente vai sofrer queimaduras na hora da combustão.
O fenômeno ocorre de dia e d e noite, mas por emitir uma luz de pequena intensidade, só é visível à noite.
Uma pessoa muito mística, que não conhece esse fenômeno, se estiver em um cemitério após a meia-noite, quando acontecer uma explosão do fogo fátuo, se não morrer de parada cardíaca, certamente passará o resto da vida jurando que viu um fantasma! Há registros de muitos incêndios em matas que tiveram início em gases do pântano. Hoje, muitas pessoas estão utilizando o gás metano, obtido pela decomposição do lixo, como uma fonte de energia alternativa.
ENERGIA TELÚRICA — Em nosso planeta temos 92 elementos naturais, sólidos, líquidos e gasosos, que podem formar infinitas substâncias quando associadas adequadamente. A própria NASA tem realizado experiências para formar novas substâncias no espaço, na ausência da força gravitacional. Existem muitos processos químicos destes em que muitas substâncias têm a característica de emitir luz. A emissão luminosa pode ocorrer nos seguintes processos:
a) Luminescência: é o fenômeno físico que consiste em irradiação de luz em temperatura relativamente baixas;
b) Fosforescência ou fotoluminescência: é o fenômeno físico que consiste na emissão de luz de certas substâncias, mesmo depois de cessada a excitação que a provocou;
c) Fluorescência: é o fenômeno físico que consiste na emissão de luz de certas substâncias quando excitadas por descargas elétricas, apagando quando cessa a excitação.
Muitas substâncias químicas de nosso solo, quando em contato com o ar, causam fenômenos luminescentes, envolvendo também o campo magnético terrestre e campos elétricos, como alguns já descritos anteriormente.
Outro fenômeno que ocorre, envolvendo os picos das montanhas, compreende uma bola luminosa de cor vermelho-ígneo, que pula de um pico para o outro. Poucas explicações científicas têm sido dadas, no entanto, a este fenômeno.
Conhecemos o poder das pontas em relação à eletricidade; sabemos também que montanhas contendo minérios de ferro, quando são atingidas por raios, ficam magnetizadas. Também sabemos que os ventos atritam o ar contra os elementos químicos das montanhas e arrancam elétrons, tornando os elementos carregados eletricamente positivos. Se o fenômeno fosse puramente elétrico (como uma descarga para equilibrar a diferença de potencial), teria que se comportar como o raio, causando um relâmpago e um forte estrondo, mas isso não acontece. Por outro lado, sabemos que o solo é condutor e qualquer carga elétrica nas montanhas seria rapidamente neutralizada, eliminando a diferença de potencial elétrico.
Um outro fenômeno luminoso também ocorre nas regiões onde há falhas geológicas, permitindo o escape de gases naturais do manto terrestre, que podem se inflamar espontaneamente. Existem ainda outros fenômenos luminosos que ocorrem sobre a superfície do solo para os quais a própria ciência ainda não conseguiu dar explicações plausíveis e que, por falta de nome, simplesmente chamamos de fenômenos da energia telúrica (da terra).
EFEITOS PARAPSICOLÓGICOS
Dentro da Ufologia, tem sido pesq
uisados alguns raros casos de pessoas que conseguem sensibilizar uma chapa fotográfica com vários tipos de imagens, utilizando somente a energia mental. Sabemos que a força da mente é fantástica e não existem fronteiras para sua manifestação. A própria ciência já admite muitos fenômenos que a mente realiza, sem uma explicação científica. Assim, algumas fotos de discos voadores têm sido obtidas por esse processo. No entanto, ainda levará muitos anos para que a ciência consiga explicar que tipo de energia é utilizada pela mente para causar esse fenômeno.
FOGOS PIROTÉCNICOS
Pelo emprego de produtos químicos, tem sido desenvolvido fogos de artifício cada vez mais modernos, para diversos usos, normalmente para fins de espetáculos visuais. Os baloeiros normalmente utilizam esses produtos em seus balões para os efeitos luminosos noturnos. Temos também as pistolas de sinalização que lançam acertas distâncias uma pequena bola química, que quando queima emite uma forte luz.
CUIDADOS NAS ANÁLISES FOTOGRÁFICAS
Todo pesquisador da temática ufológica, esteja ele especificadamente trabalhando com fotografias de UFOs ou não, deve considerar uma série de cuidados básicos ao trabalhar com tais fotografias. Esse capítulo da pesquisa ufológica representa, devido a variedade de condições e características do material usado, um dos quais o ufólogo deve tratar com o maior cuidado, em virtude do surgimento de eventuais falhas técnicas em análises, mesmo que cautelosamente executadas. Como todo esforço e atenção em cada detalhe são imprescindíveis para que se obtenha bons resultados analíticos, qualificativos e quantitativos, sugerimos aos estudiosos do Fenômeno UFO que tomem os seguintes cuidados:
a) Examinar a foto e o respectivo negativo;
b) Examinar as fotos realizadas antes e depois da foto em questão e também todos os negativos que compõem o filme;
c) Examinar a máquina fotográfica, a lente objetiva, o campo visual, a sensibilidade do filme, regulagens como velocidade, abertura, foco etc;
d) Examinar os acessórios utilizados, como pára-sol, filtros especiais, flash etc;
e) Examinar o local onde foi obtida a foto, verificando a posição do sol, o horário, as sombras etc, durante a exposição;
f) Tomar o depoimento do autor da foto com o máximo de detalhes;
g) Com todos os dados em mãos, deve-se fazer os cálculos de ótica, verificando se coincidem com a foto e o depoimento do fotógrafo. Certamente será necessário o uso de equipamentos auxiliares para as análises de granulação de imagem;
h) Se o pesquisador não conhece as técnicas fotográficas, em profundidade, é aconselhável pedir auxilio a um especialista.
ANALISADORES DE IMAGENS DISPONÍVEIS PARA USO FOTOGRÁFICO
Em um laboratório fotográfico, temos que dispor de vários equipamentos necessários às análises das fotos. No mínimo, precisamos de um bom ampliador para “doses” do objeto. Revelações especiais com subexposição e superexposição, associadas com filtros padrões, permitem realçar alguns detalhes de fotos em análise. Um bom microscópio também permite analisar detalhes de granulação do filme, verificando casos de dupla exposição, manchas químicas, retoques no negativo etc.
Existem outros equipamentos que têm função específica em tipos de análises especiais, mas sem dúvida, o melhor equipamento é o analisador de imagens computadorizado.
Através de uma câmara comum de TV, a imagem da fotografia é convertida em um sinal de vídeo; a seguir, os pulsos elétricos do sinal de vídeo são convertidos em linguagem de computador pelo digitador. O computador recebe os sinais do digitador e converte tal informação elétrica em pequenos microquadrados chamados “pixels”. O número de pixels será proporcional á capacidade do computador. Por exemplo, podemos dividir o eixo horizontal em 800 colunas e o eixo vertical em 600 linhas, obtendo 480.000 pixels. Cada pixel terá o seu valor de tonalidade cinza correspondente à cor original da foto. Normalmente os tons de cinza são divididos em 256 partes, desde o 0 (máximo preto) até o 255 (máximo branco). Todos esses valores são registrados na memória do computador, formando uma falsa matriz tridimensional. Através de programas apropriados podemos comparar os tons de cinza de um pixel com os tons de cinza dos pixels adjacentes, ou mesmo trabalhar com esses tons de cinza matematicamente.
As sub-rotinas utilizadas normalmente são:
a) Supressão de contraste;
b) Expansão de contraste;
c) Realce das bordas;
d) Filtragem especial;
e) Fatoração das bordas ponto-a-ponto;
f) Alta resolução (Laplace).
Esses programas de computador, nas análises das imagens das fotos, permitem visualizar detalhes que normalmente são invisíveis a olho nu. O olho humano vê muito bem os altos contrastes mas não vê os baixos contrastes.
Os programas permitem verificar, por exemplo, se o objeto é ou não tridimensional, se tem luz própria ou se reflete a luz solar, se tem algum fio fino de sustentação, se a iluminação é regular ou irregular, quando comparada com o ambiente, se a imagem tem consistência ou não etc. O programa mais importante é a fatoração da borda ponto-a-ponto, pois permite determinar a distância e o tamanho do objeto. Quanto mais distante está o objeto, maior será a quantidade de ar entre o objeto e a máquina fotográfica. Essa “parede” de ar é registrada na foto em baixo contraste, a qual denominamos de distorção atmosférica, que não é perceptível a olho nu. Com o computador podemos realçar esses detalhes, sendo possível calcular a distância do objeto e, conseqüentemente, seu tamanho, inclusive com uma precisão relativamente alta.
CONCLUSÃO — Em todas as partes do mundo, os órgãos oficiais e centros de estudos que utilizam métodos científicos nas análises dos eventos ufológicos e fotografias de discos voadores encontraram uma grande porcentagem de ocorrências que nada tem a ver com esse grande enigma, e sim com fraudes e erros de interpretação. Mas o mais importante é que restam milhares de casos que a ciência não consegue explicar, que se enquadram perfeitamente dentro do fenômeno global dos UFOs. Essa porcentagem, ainda que pequena, aplicada ao número de casos ocorridos em todo o planeta, representa uma quantia muito grande.
Um único caso totalmente comprovado já seria suficiente, mas temos inúmeros eventos que realmente vêm testemunhar a existência de naves e seres que dominam uma avançada tecnologia espacial jamais sonhada pelo homem, naves qu
e desafiam todas as leis da Física aerodinâmica conhecidas por nós. A origem desses objetos com seus tripulantes, o que eles estão fazendo na Terra, o que eles querem de nós e outras tantas perguntas da Ufologia ainda estão longe de serem respondidas. Existem muitas teorias e hipóteses que procuram explicar o fenômeno, mas só através de um trabalho sério e científico chegaremos a atingir seu conhecimento. Os computadores, nas análises das fotos dos discos voadores, também conseguiram identificar objetos de grandes dimensões, a grandes distâncias da máquina fotográfica, com formas não convencionais e de origem desconhecida. Objetos voadores de 30, 50 e até 100 metros de diâmetro, de forma discoidal.
Nesses 40 anos de pesquisas, através das análises de eventos ufológicos, pela descrição das naves e dos ufonautas pelas testemunhas, pelas várias informações que as testemunhas ou vítimas disseram serem revelações desses humanóides, chegamos à conclusão mais provável de que representam civilizações de origem extraterrestre, de fora do nosso sistema solar, procedentes de outros sistemas estelares, da nossa imensa galáxia, a Via Láctea (ou de outras).
A maioria dos astrônomos admite presentemente a existência de vida em outros sistemas estelares, tanto que gastam fortunas em projetos que envolvem inúmeros rádio-telescópios, na esperança de que dentro em breve possamos receber um sinal inteligente de algum local distante do Cosmo, apenas para confirmar que não estamos sós neste imenso Universo!