UMA INTRODUÇÃO NECESSÁRIA – Existe no Brasil, atualmente, uma vasta “comunidade” dedicada ao Fenômeno UFO. São pesquisadores de campo, estudiosos de gabinete, conferencistas, técnicos nas mais diferentes áreas, “experts”, promotores de eventos, etc, todos dedicados a atribuir um pouco mais de luz à questão ufológica.
Entre essas pessoas, no entanto, poucas tem a disposição e o engajamento para o trabalho – dificílimo, por sinal – quanto o autor da matéria que UFO apresenta a seguir. Antonio Faleiro é, talvez, uma das poucas pessoas no Brasil que mantêm atividades de vigília e investigação de campo ininterruptamente há 10 anos, desde que começou suas atividades em Passa Tempo, interior de Minas Gerais e região de incidência “alarmante” de observações de UFOs.
Ao longo de sua dedicação quase exclusiva à Ufologia, Faleiro, como é conhecido nos círculos ufológicos nacionais o ufólogo, astrônomo amador e mágico (isso mesmo, mágico!), chegou a editar particularmente e sem qualquer apoio, vários livros, entre eles “Meus contatos com os OVNIs” e “OVNIs no folclore brasileiro”, inéditos no Brasil no gênero de UFOs versus folclore. Aliás, foi Faleiro quem primeiro passou a apresentar a questão da geração de folclore através de manifestações de UFOs, em congressos por todo o país.
Dono de um invejável currículo na área ufológica, que inclui vários contatos de quase todos os graus com UFOs e ETs durante suas jornadas noturnas pela região de Passa Tempo, Faleiro nos remeteu o texto que ora publicamos como uma espécie de “atualização” na matéria de UFOs no interior e, com isso, no folclore. É impressionante observar a quantidade de mitos e lendas que vão se formando ao longo da história, criadas praticamente a partir de observações de objetos e luzes inusitadas e inexplicáveis – demoníacas, para os que sofrem tal experiência. “Duendes”, “fadas”, “mulas-sem-cabeça”, “noivas-fantasmas” “mâes-de-ouro”, entre outras estranhíssimas lendas e crendices de nosso riquíssimo folclore são – e Faleiro prova – originadas em fenômenos ufológícos que aterrorizaram, e noutras vezes maravilharam, seus interlocutores e testemunhas.
Portanto, esta face da Ufologia merece uma atenção destacada de seu contexto geral, justamente porque atinge uma cultura cabocla pura, despoluída, límpida e cristalina, surgida num meio onde as pessoas ainda não estão (ou estiveram) absorvidas pela vida tresloucada da Humanidade atual. (A. J. Gevaerd)
UMA ESTRANHA RIQUEZA – O Estado de Minas Gerais é rico em aparições de UFOs e este fato data de muitos séculos passados. As lendas e mitos dessa região somam centenas e em todas elas vemos retratado o Fenômeno UFO. É claro que no passado ele era visto de uma maneira diferente da atualidade. Mas as luzes, bolas de fogo, assombrações e fantasmas sempre fizeram parte da paisagem noturna dos municípios mineiros. Para que se comprove esse fato, basta se fazer uma pesquisa na zona rural e se informar com moradores da região pesquisada. Logo eles nos contarão sobre a “Mãe de Ouro”, a “Luz Fantasma”, a “Luz Campestre”, a “Luz do João” ou de fulano de tal, o “Carro Fantasma”, os “Seres Estranhos”, os “Animais que Crescem” e outros fantasmas mais.
Nossa pesquisa no campo folclórico inicialmente se limitou ao município de Passa Tempo (MG), onde pudemos descobrir que o nosso folclore está repleto de verdades sobre os UFOs. Os falados locais mal-assombrados, que quando criança ouvíamos contar em relatos fantásticos, nada mais são do que pontos de grande incidência de UFOs. Na realidade eram contatos de vários graus, que por falta de conhecimento na época, eram considerados como sobrenaturais. Quantas vezes ouvimos sobre o Carro Fantasma, que constantemente era visto de madrugada nas estradas do município, principalmente por motoristas de caminhões leiteiros, que partiam cedo para a coleta de leite nas fazendas?
Esses eram seguidos por faróis luminosos nas estradas, que inexplicavelmente desapareciam (daí o fato de se considerá-los como fantasma). No entanto as bolas de fogo ou luzes estranhas são tão comuns que a população rural as incorporou à paisagem noturna. Aquilo era a Mãe de Ouro que tinha a “missão” de mostrar tesouros enterrados em topos de serras. É claro que um UFO profundamente iluminado dá a impressão de ser uma perfeita bola de fogo, e se ele vem voando na direção de uma serra, faz o pouso e desliga sua iluminação, fica a impressão de que aquilo enterrou-se serra adentro!
Milhares de relatos podem ser colhidos sobre essas luzes na zona rural e a maioria dos observadores diz: “fui seguido de perro por uma luz estranha”. Além das naves tripuladas, temos também as sondas teleguiadas ou programadas que são engenhos utilizados pelos seres que nos pesquisam. No entanto, em 1978 nós mudamos a paisagem noturna do município de Passa Tempo, transformando essas assombrações em reais engenhos de outros planetas. A princípio, muita gente não acreditava em nossas afirmações, mas o fato foi se confirmando pouco-a-pouco e então, na atualidade, a população rural até nos ajuda na pesquisa.
Muitas vezes recebemos recados de moradores rurais sobre a aparição de UFOs na região, ou então até mesmo os contatados vem nos procurar para contar o acontecido. Já fizemos uma pesquisa no município sobre a possibilidade de se encontrar minerais raros, mas, na maioria deles, o que pudemos encontrar foi manganês, magnetita e em alguns outros cristais.
ESTRANHAS COINCIDÊNCIAS – Um fato, no entanto, nos intriga com relação à presença constante desses engenhos nos mesmos lugares por anos a fio: os UFOs sempre tem predileção por locais determinados, e de tempos em tempos ali eles são vistos. Dai, “onde há fogo há fumaça”!
Existe alguma coisa que lhes interessa na região, pois senão não viriam em ondas anuais. Os moradores rurais de Minas Gerais chegam a nos indicar trajetos e locais de pouso da suposta Mãe de Ouro: quase sempre são altas serras, locais de difícil acesso à noite. Porém, em alguns locais, esses engenhos são vistos voando à baixa altura do solo e devido a sua freqüência anual, muitos desses locais são batizados de mal-assombrados, devido à presença daquela luz estranha.
É muito fácil de se ver um UFO na zona rural, bastando que se pergunte aos moradores da região a ser pesquisada os locais mal-assombrados: ali mantemos vigília durante algum tempo e
assim poderemos vê-los em ação. Comumente se verá uma luz semelhante a um farol amarelado, que voa junto ao solo, ou então duas ou mais luzes, sendo uma maior e as outras menores, que serão sondas. Quase sempre a nave pousa num local mais alto e dirige as sondas para as grotas e campos, que em alguns avistamentos tomam a cor vermelha. Há também casos de sondas isoladas, em cascalheiras, pedreiras, embarrancados ou até mesmo saindo de leitos de rios. Quanto a essas sondas isoladas, temos uma hipótese: de que são programadas para uma determinada pesquisa; ficam desligadas durante o dia, escondidas em locais de difícil acesso, tais como leito de rios, altas serras ou até mesmo em matos fechados. Ao anoitecer, acionam-se e seguem uma programação, porém tendo meios de fugir no caso de serem descobertas. Já pesquisamos alguns contatos com essas sondas, nos quais elas fugiam à aproximação de testemunhas.
Em 1984, um garoto chegou a um metro de distância de uma delas, que tinha o tamanho de uma bola de futebol e brilhava numa luz amarelada. De repente, ela começou a emitir estai idos e vôou deixando uma esteira de fogo no seu curso. Então, seguiu para uma mata próxima onde desapareceu. Noutras vezes, os observadores chegaram a aproximar suas mãos a centímetros de pequeninas bolas luminosas, que fugiam, sendo impossível pegá-las! Já pesquisamos também um contato onde uma observadora pegou uma sonda numa peneira, já que ela estava catando café e a sonda tentou quebrar o engenho, que se inflamou autodestruindo-se. Muitos fatos contados aparentemente são fantásticos, mas retratam uma realidade presente em todo o mundo.
Há anos atrás a coisa era bem mais séria nas cidades interioranas e nas vilas. Os UFOs faziam suas incursões dentro das cidades, pois naquele tempo a energia elétrica era deficitária e mesmo muitas cidades e vilas até não possíam iluminação. Nessa época as incursões dos UFOs eram freqüentes, originando também histórias de assombrações. E assim surgiram lendas como as da “Mulher de Branco”, “Caixões Voadores”, “Balaios Voadores”, “Demônios” e “Seres Estranhos” que povoavam a noite do mineiro. Na realidade a visão da nave, seus tripulantes ou seus sistemas de iluminação eram os chamados fantasmas. A “Noiva” ou a “Mulher de Branco” era a visão do facho de um holofote do UFO, dirigido para baixo! Isso dava a impressão, ao observador, de ser uma mulher coberta de uma veste branca, que ia da cabeça aos pés. Em alguns lugares, essa aparição é chamada de “Mulher de 7 Metros”, “Mulher Gigante”, etc… Em Passa Tempo, essa Mulher de Branco marcou sua época no começo do século e no final do anterior. Muitas pessoas tiveram encontros com esse Fenômeno.
Já ouvimos, também, relatos que nos falam de lençóis voadores ou colchas também voadoras, que perseguiram determinadas pessoas.
O observador sem conhecimento do assunto, busca uma comparação para o objeto que vê; dai, um UFO voando à baixa altura, de cor branca e perseguindo um observador, logo daria a impressão de ser uma colcha, principalmente por causa de sua movimentação oscilante. Conhecemos um casal que correu cerca de 2 quilômetros sendo sobrevoado por um engenho esbranquiçado, que na época foi considerado semelhante à uma colcha voadora. Outros já nos falaram da visão de caixões com velas acesas…
OS FATOS SE ACUMULAM – Um fato interessante ocorreu em agosto de 1987, numa fazenda da região de Passa Tempo. Soubemos, através de um amigo, que um empregado de certa fazenda teria visto o demônio. Ele evitava falar no assunto e contou a essa pessoa só com certa reserva. Mas, sabendo do fato, fomos até a fazenda e lá conversamos com o contatado. Ele contou-nos que era mais ou menos 18 horas quando foi ver alguns equídeos que estavam num pasto próximo da fazenda. Lá chegando, viu que os animais estavam quietos e, de repente, surgiu a sua frente um ser de mais ou menos 1,10 m de altura, Tinha a pele negra, cabelos encarapinhados, olhos vermelhos, boca fina, nariz achatado e vestia uma roupa preta colante ao corpo, fechada no pescoço, punhos e tornozelos. Nesse momento, ele ficou imobilizado e não pôde correr, que era sua intenção. O ser ficou a dois metros dele, gesticulando com a mão direita pronunciando palavras incompreensíveis para o observador. Ele não soube explicar quanto tempo ficou frente-a-frente daquela estranha aparição, que tinha também as orelhas pontudas. E de repente o ser desapareceu, não sabendo o observador se ele correu para um mato próximo ou simplesmente evaporou-se no ar. Ali ele ainda permaneceu cerca de 5 minutos até recobrar todos os movimentos, e então saiu correndo para sua casa, arrebentando a porta da cozinha; perdeu a fala e foi socorrido por sua esposa e irmão. Recobrada a fala, narrou-lhes o acontecido, porém não conseguiu dormir naquela noite, sentindo dor de cabeça, corpo dolorido e olhos irritados. Aquela visão, para ele, seria o demônio.
O observador nos levou ao local do contato e pudemos notar que havia um pequeno mato próximo do lugar, onde deveria ter pousado o UFO. Mas nós soubemos do fato dois meses depois e já não havia pista nenhuma de pouso. Acreditamos que o ser paralisara o observador utilizando-se de alguma arma para este fim, porque o medo não impediria o mesmo de correr.
Fatos como esse sempre ficam escondidos, já que as pessoas, sem ter o devido conhecimento do assunto, levam-no para o campo do sobrenatural. E a visão do demônio não é coisa para se divulgar!!!
Em 1984, uma garotinha residente na zona rural também viu um ser vestido com uma capa preta e tendo na cabeça um chapéu com uma pena. Esse ser acenou-lhe com ambas as mãos; ela fechou a porta e correu chamando seus familiares, que acorreram ao local e nada mais viram.
Nós também já tivemos uma experiência onde vimos um pequenino ser de pé numa porta de banheiro de uma escola onde trabalhávamos. Isso foi por volta de 1981, quando, num certo dia, fizemos contato com um UFO através de um farol de motocicleta. O objeto nos seguiu as escuras até a cidade e mostrou-se para um outro rapaz, dirigindo um facho de luz ao solo e acendendo todas as suas luzes. Porém, dois dias depois é que vimos esse ser de pé na porta do banheiro da escola: o avistamento durou segundos e antes do ser surgir ouvimos um estalido e uma garota gritou-me; quando olhamos, vimos aquele vulto escuro de pé. Corri para o interruptor e acendi a luz do pátio da escola e, nesse momento, o vulto desapareceu. O ser teria mais ou menos 1,20 m de altura, porém peito largo e cabeça avantajada. Mas nenhum outro detalhe pude perceber, pois o avistam
ento foi rápido demais, durando cerca de 20 segundos, e o pátio estava as escuras.
FALTA CONSCIÊNCIA? – Fatos como os que citamos existem aos milhares espalhados por todo o mundo. Em Minas Gerais, temos muitos locais de incidência ufológica, porém, na maioria deles não há pessoas interessadas no assunto, daí todos esses acontecimentos caírem no campo do sobrenatural. Nos municípios vizinhos a Passa Tempo, tais como Oliveira, São Tiago, Carmópolis de Minas, Desterro de Entre Rios, Piedade dos Gerais, Resende Costa, Piracema e outros mais distantes como Pium-hi, Jaboticatubas, Baldim,
Córrego do Ouro, Boa Esperança, Campanha, etc, esses fatos sempre estão presentes na vida dos moradores rurais.
As aparições de UFOs não são constantes, entretanto: elas surgem em ondas que duram às vezes 15 dias em determinadas regiões, mas quase sempre anualmente, e agem como ladrões noturnos, procurando incutir na população rural o medo, assustando o contatado com suas aparições instantâneas, iluminando-o profusamente.
Creio que esses seres nos consideram muito inferiores a eles, daí o fato de não terem sequer um pouco de consideração em seus contatos conosco. Fazem com os contatados o que fazemos com os animais irracionais, tratando-os como cobaias. Podem não ser agressivos, mas também não nos tratam como nós achamos que deveríamos ser tratados. Mas se raciocinarmos, somos de fato muito atrasados, pois 99 por cento da população da Terra mal sabe onde vive. Não tem sequer a noção de que isso que habitamos é um planeta e que existem outros similares no universo.
Esquecemo-nos de que somos um só povo e dividimo-nos com fronteiras e guerras inúteis, cada um desejando conquistar o que é do outro. Armamo-nos com equipamentos nucleares que poderiam destruir em horas o nosso planeta. E é claro: se somos belicosos com nós mesmos o que não faríamos com seres dotados de constituição diferente da nossa e oriundos de planetas distantes da Via Láctea ou até de outras galáxias?
Creio que o contato direto com outros seres do universo está muito distante, porque nós mesmos é que adiamos esse encontro.
Primeiramente, precisamos conscientizarmos de que somos todos irmãos e de que o Cosmo está aberto à conquistas. Há lugares para todos os países da Terra, pois devem existir milhares e milhares de planetas para serem colonizados por nós, sem ser preciso guerras ou destruição de seres. O erro está entre nós e é preciso que os dirigentes de nossos países enxerguem a realidade urgentemente, e partam para uma união, a fim de que possamos fazer um contato direto. Caso contrário, continuaremos a ser um laboratório de pesquisas de seres de outros mundos, personagens de um drama animalesco, que mostra a bestialidade humana.
É preciso que levantemos os olhos para o céu e vejamos nas estrelas uma Nova Era para a Humanidade. À medida em que fomos evoluindo tecnologicamente, mais esses seres que nos visitam se esquivarão de um contato direto, já que no passado, quando usamos apenas a clava, o arco e flecha eles andavam entre nós, procurando nos dar um pouco de seus conhecimentos.
Agora é impossível: somos belicosos demais para termos nas mãos segredos que nos permitirão levar a discórdia a outros sistemas planetários. A realidade UFO está presente no nosso folclore, na nossa história, mas muitos se recusam a enxergá-la. Devemos pensar que esse planeta em que vivemos não passa de um grão de areia numa praia infinita. Muitos ainda pensam que somos o pináculo da criação, mas talvez estejamos num degrau muito inferior da escada cósmica.
Nós, os ufólogos, contribuímos com uma pequena parcela para difundir essa nova visão da vida, mas, infelizmente, aí portas da comunicação em massa são fechadas para aqueles que desejam mostrai a verdade. O sensacionalismo vêm em primeiro lugar, daí a deturpação do Fenômeno UFO, que é uma realidade da qual ninguém pode fugir.