A antimatéria é um tipo de reflexo da matéria num espelho; são iguais, mas com propriedades invertidas. Assim, enquanto na antimatéria o elétron é negativo, a partícula equivalente, o pósitron, é positivo. O próton, a partícula mais pesada do átomo, é positivo na matéria, na antimatéria, torna-se o antinêutron, igualmente sem carga positiva, mas que gira na direção contrária, produzindo um campo magnético oposto. Por motivos desconhecidos, há infinitamente menos antimatéria do que matéria no universo. No espaço, a antimatéria é produzida em colisões de partículas de altas velocidades, os raios cósmicos. Na terra, criar antimatéria requer gigantescos acelerados de partículas, enormes máquinas tubulares cuja função é fazer as partículas atômicas chocarem-se.
Produzir antimatéria é um dos desafios propostos a dois dos mais importantes laboratórios do mundo, o Fermilab, nos EUA, e o Cern (Suíça e França). Até agora, a produção deu-se apenas em quantidades ínfimas. Apesar de a ciência estar distante de domar essa força, ela já é objeto da ficção há tempos. A antimatéria em vários romances de ficção científica, o livro “Anjos e Demônios”, do romancista americano Dan Brow é sobre o que ocorreria se a ciência conseguisse criar uma quantidade visível a olho nu de antimatéria e isso caísse em mãos erradas. A antimatéria serve ao romance como uma bomba, instalada no Vaticano durante um conclave para escolha de um novo papa.