A Passarola de Frei Bartolomeu de Gusmão e o terramoto no Chile.
Uma estranha ligação.
Tecnologia extraterrestre?
Segunda Parte
Por: Paulo Cosmelli
Para se investigar o que se passa na actualidade, muitas das vezes devemos estudar o passado. Temos visto que quanto mais “mexemos” no passado, mais perto ficamos das verdades do presente. Só assim poderemos construir um futuro e ajudarmos o nosso planeta a viver. Para isso, falta-nos um conhecimento deixado há milénios, por seres que nunca nos abandonaram.
Esse conhecimento tem-se mantido em segurança por quem o tem. Para termos acesso a ele, deveremos crescer espiritual e cientificamente. Se assim não fosse, não haveria razão para existirem aqueles que têm sido os guardiões desses saberes.
Esses guardiões têm tido vários nomes ao longo dos tempos: Essénios, Cátaros, Priorado de Sião, (há duas organizações com o mesmo nome) Templários, Maçons, Martinistas, o Vaticano (que no seu seio tem uma das mais secretas organizações conhecida por Estrela da Manhã), etc..
Todas estas e outras organizações secretas e iniciáticas fizeram história e têm feito o seu trabalho para um mundo melhor. Os primeiros serviços de informações foram criados por ordens iniciáticas e sociedades secretas. Este tema já foi abordado numa entrevista minha editada na Revista UFO nº164. Será desenvolvido em outro artigo que estou a escrever.
Ainda hoje, os serviços de informações que melhor funcionam são os ligados a religiões ou motivados por elas, além de algumas sociedades iniciáticas ou seitas.
Como tudo tem as duas polaridades, temos que ter muito cuidado com uma dessas polaridades: o fanatismo religioso. Todos infelizmente sabemos e vimos regularmente os efeitos dessa via: o terrorismo.
Todas as evidências apontam num só sentido: temos sempre sido acompanhados por seres que sempre demonstraram estar alguns séculos ou milénios mais avançados do que nós. Se assim for, imaginemos que poderíamos andar 100 anos para trás. Tudo o que hoje temos, nem a ficção da época foi capaz de imaginar. Também não somos capazes de imaginar o que haverá daqui a 100 anos. Então séculos ou milénios é mesmo impossível tentarmos imaginar.
Este trabalho chamou-me a atenção, não só pela perspicácia do seu autor, como a riqueza dos temas abordados. Há uma inter-ligação de vários campos das ciências, inclusive na parte esotérica e iniciática.
Também abordou os perigos de certos conhecimentos, quando são usados para destruir ou obter supremacia sobre outros.
O grande perigo que estamos a passar é que chegámos ao ponto máximo do desiequilíbrio. O desenvolvimento espiritual não acompanhou o científico. Para destruir já chegamos a um grau muito elevado. Para criar e preservar vida ainda temos muito que trabalhar. É a via mais trabalhosa e aparentemente menos rentável (pelo menos a curto prazo). Este comentário já se torna repetitivo nos meus artigos mas não me importo. O nosso dever é preparar as gerações vindouras.
Comecemos então pelo estudo do que nos diz a história sobre o Frei Bartolomeu.
Características da Passarola
Apesar de existirem desenhos e descrições da época, não se sabe hoje em dia quais as exactas características técnicas da Passarola, devido à perda dos projectos e documentos originais e ao desconhecimento dos autores da época em questões de ciência aeronáutica.
O desenho mais conhecido da passarola não deve passar de uma especulação, feita por um autor que nunca observou o aparelho original e que tentou reproduzi-lo como um navio voador.
Sabe-se apenas que a Passarola era um aeróstato aquecido a ar quente, aquecimento esse que era produzido através de uma fonte de ignição instalada numa barca sob o aparelho. Tecnicamente a passarola devia ter as características dos actuais balões de ar quente.
A \”Passarola\” de Bartolomeu de Gusmão
A primeira aeronave conhecida no mundo a efectuar um voo foi baptizada de Passarola, e antecede 74 anos o famoso balão dos Montgolfier.
A Passarola era um aeróstato, cujas características técnicas não são actualmente conhecidas na totalidade, inventado por Bartolomeu de Gusmão, padre e cientista português nascido no Brasil colônia, tendo voado no ano de 1709.
História
Bartolomeu de Gusmão era um padre jesuíta nascido em Santos, no então território português do Brasil .
Bartholomeu de Gusmão era filho do cirurgião-mor Francisco Lourenço e de Maria Álvares. Viveu apenas 39 anos.
Cursou com o irmão, Alexandre de Gusmão, o seminário jesuíta de Belém da Cachoeira, na Bahia, onde se tornou noviço. O irmão Alexandre chegou a ocupar o cargo de secretário do rei D. João V e tornou-se conhecido como o negociador que consolidou as fronteiras brasileiras expandidas para oeste pelos bandeirantes.
Aos 15 anos foi para Portugal, onde se formou em direito religioso depois de se matricular na Universidade de Coimbra em 1705. Começou aí a desenvolver dois dos seus interesses de há muito, a Matemática e a Física.
Antes de ir para Portugal, volta a Salvador, construiu uma bomba elevatória para abastecer o colégio dos padres com a água do rio Paraguaçu. Foi essa sua primeira invenção.
Também em 1707 expôs um sistema que havia inventado para bombear água para fora do casco dos navios, inaugurando assim a automação do sistema de drenagem de embarcações.
Segundo se sabe, a observação de uma bola de sabão a subir no ar, inspirou-lhe a concepção de um balão e o desenvolvimento de estudos na área da aerostação.
Na sequência dos seus estudos em aerostação, no ano de 1708, Bartolomeu de Gusmão pede ao Rei de Portugal, D. João V, uma petição de privilégio para o que chamou o seu instrumento de andar pelo ar. Em 19 Abril de 1709, por Alvará é-lhe concedido esse privilégio.
Além do privilégio, D. João V decide passar a financiar o projecto de desenvolvimento e construção do aparelho. Bartolomeu de Gusmão dedica-se então por inteiro ao projecto, que é desenvolvido na Quinta do Duque de Aveiro em S. Sebastião da Pedreira (Lisboa).
Alguns meses depois, em 8 de Agosto de 1709, perante uma importante assistência presente na Sala dos Embaixadores da Casa da Índia que incluía o Rei, a Rainha, o Núncio Apostólico (Cardeal Conti, mais tarde Papa Inocêncio XIII), bem como outros importantes elementos do Corpo Diplomático e da Corte Portuguesa, Bartolomeu de Gusmão fez voar um balão aquecido a ar, que subiu até ao tecto da sala.
Depois da espectacular demonstração, Bartolomeu de Gusmão inicia o desenvolvimento de uma versão tripulada e maior do seu balão. Esse desenvolvimento vem culminar num balão de enormes dimensões baptizado de Passarola.
O enorme balão é lançado da Praça de Armas do Castelo de S. Jorge em Lisboa, tripulado provavelmente pelo seu próprio inventor, e faz uma viagem de cerca de 1 km, vindo aterrar no Terreiro do Paço.
Com a Passarola de sua invenção, Bartolomeu de Gusmão torna-se assim num dos mais importantes pioneiros da aeronáutica mundial, ficando conhecido como \”o Padre Voador\”.
Bartolomeu Gusmão e a inquisição
Entre 1713 e 1716 viajou pela Europa. Nessa época, foi registrado, na Holanda, o invento de um \”Sistema de lentes para assar carne ao Sol\”, atribuído ao padre Gusmão.
Viveu em Paris, trabalhando como ervanário para se sustentar, até que encontrou seu irmão Alexandre como secretário do embaixador de Portugal na França.
O padre Bartholomeu de Gusmão voltou a Portugal, mas foi vítima de insidiosa campanha de difamação. Acusado pela Inquisição de simpatizar com cristãos-novos perseguidos pelo Santo Ofício, foi obrigado a fugir para a Espanha.
Ao passar pela cidade de Toledo (Espanha) adoeceu, devido ao que se recolheu ao Hospital da Misericórdia daquela cidade, onde veio a falecer em 13 de janeiro de 1724.
Em 2004, em ocasião dos 180 anos de sua morte, seu corpo foi transladado para o Brasil, e está atualmente na cripta da Catedral Metropolitana de São Paulo.
Depois desta apresentação académica, há muitas perguntas que ficam sem resposta.
O Frei Bartolomeu obtivera o segredo no Peru, ajudado por um índio agradecido e conhecedor que o Frei tinha muito interesse nas \”coisas dos antigos”. Não esquecer que assim como no Egipto, o Perú também tem pirâmides.
No Brasil, em São Tomé das Letras não haverá algumas “chaves” para abrir as portas a esse conhecimento?
Esse segredo estava ligado ao voo e tem ligação ao conhecimento hoje conhecido pela anti-gravidade.
O Frei teve como assistentes na apresentação da sua máquina de voar, uma plateia ilustre da diplomacia europeia.
A maior senão a quase totalidade da assistência estava ligada a organizações iniciáticas como a maçonaria, Ordem de Cristo, Ordem da Jarreteira (Order of Garter), Ordem do Tosão de Ouro (Ordre de Toison d’Or), Ordem dos Cavaleiros de Avis, Ordem do Crato, etc. . Também estava o Núncio Apostólico, o então Cardeal Conti, mais tarde Pápa Inocêncio XIII. O próprio El-Rei de Portugal D. João V, era reconhecidamente maçon, assim como o Duque de Aveiro também aí presente.
Os projectos da Passarola desapareceram imediatamente a seguir ao voo de um quilómetro seguido de incêndio. Há quem tenha falado em sabotagem.
Curiosamente conseguiu escapar à Inquisição, viajando pela Europa onde era sempre acolhido pelos mais altos nobres das Casas Reais Europeias.
As teias dos poderes secretos, mais uma vez conseguiram conter a informação. Neste caso pela positiva.
Paulo Cosmelli
(Concelheiro editorial da Revista UFO)
(Presidente da CEBIUFO)