HOSTILIDADE AOS ETS:UMA NOVA FORMA DE INQUISIÇÃO?
Alberto Romero, presidente do Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zenith (G-PAZ)
Os ETs estão tocando o gado ao seu bel prazer, mas não fazem isso sozinhos. As confusões são muitas e os autores intelectuais deste “crime” tanto podem ser os extraterrestres como as próprias autoridades militares, científicas e eclesiásticas. O que importa de verdade neste momento é dar um basta a mesquinharia, a simulação, ao egoísmo e, por que não, as brigas de comadres que acontecem no meio ufológico, pois do jeito que querem que fique a Ufologia, só beneficiam os que não aceitam que cheguemos a algum lugar.
A antiga, porém sempre atual, premissa de Maquiavel afirma que é preciso dividir para se governar – e se não reagirmos vigorosamente, isso acontecerá. Ou seja: se não nos unirmos de forma coesa, a Ufologia brasileira – e talvez mundial – será esfacelada para regozijo de muitos. Concordo plenamente, em gênero, número e grau, que devemos separar o joio do trigo. Existem, sem dúvida, muitos aventureiros e pseudo-pesquisadores que não merecem a nossa confiança e é contra esses elementos que devemos lutar, mas nunca entre nós. Cada um deve continuar seu trabalho apesar das diferentes especialidades e tendências, pois isto é necessário e imprescindível. A diferença é algo vital para a Ufologia.
O fanatismo, seja lá de que lado estiver, é nosso maior e mais perigoso inimigo. Um grande exemplo que devemos olhar, e sobretudo analisar, é que a mudança de opinião muitas vezes significa uma demonstração de inteligência e evolução. O Dr. J. A. Hynek, por exemplo, a quem chamamos de “papa” da Ufologia, foi no início da sua carreira um simples cientista que, depois, a soldo da Força Aérea Americana (USAF), manchou a ciência convencional mentindo sobre as realidades ufológicas. Quando saiu do Projeto Blue Book, tornou-se um pesquisador sério e competente, lançando as bases para a pesquisa científica dos UFOs. Além disso, no final dos seus dias, já encarava de frente a possibilidade da alternativa paranormal, espiritualista ou mística para explicar os UFOs.
Primeira Pedra – Quanto ao Brasil, quem é que não reconhece e respeitada trajetória do espiritualista general Moacyr Uchoa, um homem de sólidas bases científicas ortodoxas? Por isso quero deixar minha pergunta no ar, para reflexão de todos. Quem de nós, neste momento histórico, tem bagagem, honestidade e altura suficientes para atirar a primeira pedra?
Lembro-me muito bem da época em que cheguei ao Brasil, em 1963, com 26 anos de idade (dos quais 13 já eram dedicados ao estudo dos UFOs). Aqui estudei a obra do professor Flávio Pereira, O Livro Vermelho dos Discos Voadores, que li e reli muitas vezes. Uma verdadeira Bíblia da pesquisa ortodoxa. Anos depois, já na Bahia, fui ostensivamente pressionado por dois indivíduos – sem sombra de dúvida americanos – pelo fato de eu ter publicado pela primeira vez, num jornal local, uma matéria que falava abertamente sobre os corpos de ufonautas em poder dos EUA. Na mesma época, em 1974, tiraram do ar meu programa de TV, que apresentou o caso Antônio Villas Boas sem medir palavras ou censurar informações. Certa vez, numa visita ao programa, o ufólogo e amigo Walter E. Bühler, da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV), chegou a classificá-lo como uma “corajosa abertura”.
Existem muitos aventureiros e pseudo-pesquisadores que não merecem nossa confiança e é contra esses elementos que devemos lutar – mas nunca entre nós. Cada um deve continuar seu trabalho, apesar das diferentes especialidades e tendências. Isto é imprescindível. A diferença é algo vital para a ufologia
Descobri, nesta mesma época, o que era misturar a Ufologia à política suja. Eu também fazia parte da turma dos “ufólogos científicos”, embora trocasse correspondências com espiritualistas como o argentino Pedro Romaniuk, o peruano Paz Garcia e o brasileiro Victor Soares – todos eminentes em suas áreas. Mas, apesar de tudo isso, continuava ortodoxo.
Os meus primeiros contatos com ETs aconteceram em São Paulo, entre 1963 e 1964, através de um tabuleiro com letras e um copo. Houve “conversas”, foram marcados encontros e, nos dias e horas determinados, aconteceram alguns fenômenos inexplicáveis à luz da nossa ciência ortodoxa, todos testemunhados por várias pessoas de ilibada reputação. Tive então a certeza de que existia uma levíssima e intangível fronteira entre a ciência e a Parapsicologia que, realmente, eu não conseguia enxergar. Mas que existia.
Havia entre elas alguns pontos de ligação que teimavam em fugir à minha compreensão. Pelo menos, na ciência há parâmetros lógicos e era de bom tom seguir a linha científica, e por isso continuamos. Não podia dar muita importância para as coisas que tinha visto e vivenciado, e muito menos as acontecidas com outras pessoas. A Ufologia tinha que seguir esses caminhos já traçados… Mas, traçados por quem? Hoje vemos despontar com imensa tristeza uma nova inquisição, que de santa não tem nada. E sentimos que, quando achamos que estamos percorrendo um caminho promissor, alguém nos quer levar de volta para a trilha que nos conduz ao abismo da ignorância. Endereço do autor: Caixa Postal 2113, Agência Rio Vermelho, 402010-970 Salvador (BA).
UFOLOGIA, ÉTICA E POLÍTICA
Walter K. Bühler, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV)
O primeiro período de pesquisa ufológica estendeu-se no Brasil em meados dos a nos 50 até os anos 80. Foram focalizados aproximadamente de 5 a 6 dúzias de UFOs e extraterrestres aterrissados temporariamente em nosso solo. Porém, estes não causaram nenhum impacto maior ou permanente no meio ambiente. Esses casos de aproximação amistosa, infelizmente, não tiveram continuidade. Por outro lado, os atos hostis dos ETs, como seqüestros de testemunhas terrestres, continuaram sendo executados com a superioridade da tecnologia extraterrestre, embora nem por isso levassem à invasão ou conquista de nosso planeta.
Aparentemente, pela Psicologia, devido a um complexo de inferioridade em conseqüência da presença extraterrestre, a ciência terrestre resolveu cerrar fileiras com o orgulho antropocêntrico da política. Assim, esta ciência chegou a cooperar com a Força Aérea Norte-Americana (USAF) no Projeto Blue Book, um projeto de despistamento em que estavam envolvidos cientistas como J. A. Hynek, G. Robertson (da CIA), Eduard Condon, da Universidade do Colorado, e outros.
Porém, em meados dos anos 70, o astral terrestre melhorou enormemente com a atividade do suíço Eduard Meier, com quem os extraterrestres vindos da Constelação das Plêiades iniciaram seus contatos quase contínuos, que já acontecem há mais de 20 anos. Esses extraterrestres, em tempos antiquíssimos, habitavam a Terra conosco e, atualmente, possuem alta tecnologia cósmica e um avançado padrão de ética e moral. Dessa forma, sentem alguma responsabilidade com relação ao nosso destino e sofrem dificuldades, preocupando-se com a superpopulação terrestre, com o desequilíbrio ecológico e com inúmeros conflitos que produzimos, além de problemas como a fome e outros ainda mais graves. Assim, os seres das Plêiades querem nos proteger, como já fizeram no passado, como uma força policial cósmica, evitando a invasão da Terra por seres de civilização selvagem.
Embora Eduard Meier possuísse muitas provas para atestar seus contatos com os seres das Plêiades – como filmes, fotos, análises confirmando a origem extraterrestre de amostras de metais, além de várias obras escritas a seu respeito –, os governos não deram ouvidos às mensagens vindas das Plêiades através de Meier. Apesar da USAF já ter se pronunciado a respeito, até mesmo jornais – inclusive os ufológicos – divulgaram artigos venenosos contra Eduard Meier. Um destes periódicos foi o jornal da Mutual UFO Network (MUFON) que, em duas ocasiões, publicou artigos que não abordaram todos os lados envolvidos na questão. Um de seus escritores, o Sr. Karl Korff, teve até a covardia de visitar a propriedade de Meier usando o falso nome de Steve Thomas.
Rumores descabidos – Por outro lado, têm-se ouvido muitos rumores descabidos e esdrúxulos que, entre outras coisas, dizem que uma agência governamental estaria dando cobertura a um grupo de extraterrestres malévolos que estariam submetendo os humanos à experiências ignóbeis. Aparentemente, devido ao silêncio, tal governo consente esta afirmação. Ao que me parece, querem tentar submeter as massas a uma verdadeira lavagem cerebral, criando uma “psicose anti-extraterrestre”. Tudo isso estaria acontecendo para que, no futuro, as pessoas tenham aversão a seres como os das Plêiades, de alto padrão de ética, que chegaram até a defender a Terra, no passado, de uma invasão alienígena de seres mal intencionados. Parece-nos difícil que em plena Era de Aquário alguém possa estabelecer algo assim, como uma segunda Santa Inquisição. Só que, ao invés de caçar às bruxas, caçam aos ETs.
É neste momento que lembramos da Ética, que já há alguns anos era exercida por sociedades de pesquisa ufológica, civis e livres de cabrestos políticos, quando procuravam proteger as testemunhas de observações de UFOs de intimações políticas. Certas vezes, procurou-se até proteger as testemunhas de roubos das provas materiais que possuíam de seus encontros com os extraterrestres.
Acreditamos que, pelo menos em parte, foram bem intencionados todos aqueles que, a toque de caixa, quiseram carregar as sociedades de pesquisa ufológica para dentro da Associação Nacional dos Ufólogos do Brasil (ANUB), a qual então seria conveniente a elaboração de um Códex de Ética a ser seguido por todos. Porém, na proposta da ANUB existia – e ainda existe – uma falha, pois por ser uma entidade afiliada a World UFO Association (WUA), corre o risco de se tornar uma criação da MUFON. Assim, a ANUB, mesmo se possuísse um maravilhoso código de ética, seria submetida a uma dura realidade quando as ordens políticas e militares começarem a chover dos escalões superiores. Endereço do autor: Estrada do Bonfim 309, 26680-000 Morro Azul do Tinguá (RJ).
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