O final da madrugada desta sexta-feira (13) foi de surpresa depois que um clarão no céu seguido de um forte estrondo mobilizou as redes sociais em municípios do Noroeste do Paraná. Alguns moradores relataram uma bola de fogo no céu e uma explosão como se alguma coisa tivesse se chocado com o solo por volta das 5h30.
Clarão no céu e explosão assustam moradores da região Noroeste https://t.co/JZsJevwa0s
— Simepar (@simeparpr) September 13, 2019
As informações do estrondo e a vibração semelhante a um impacto de meteoro foi ouvido e sentido em várias cidade, tais como Cianorte, Umuarama, Paranavaí, Maringá, Cidade Gaúcha, Rondon, Indianópolis, Jussara, Terra Boa, Douradinha e outras.
“Eu escutei um roncado, um estrondo vindo. Aí, eu falei, mas que desgrama que é isso? O tempo não tá pra chuva, né. Os blindex da minha casa tremendo tudo. Aí, gritei pro meu marido e falei ‘venha, aqui pra você ver uma coisa’. Aí, de repente, aquela bola parou no céu e deu estouro nem forte e clareou tudo, ficou de dia”, contou uma moradora.
De acordo com o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), do ponto de vista meteorológico não havia na região sistema que pudesse ter causado alguma descarga atmosférica, por exemplo.
Veja a reportagem:
Porém, devido ao grande apelo, o Simepar acabou se manifestando depois a leitores que comentaram o fato nas redes sociais.
Houve relatos de uma explosão no céu, seguida de um clarão, na madrugada no noroeste do PR. Não havia sistema que pudesse ter causado raios. O mais provável, mas ainda NÃO confirmado, é que tenha sido um bólido (meteoro). O Simepar não tem equipamentos para confirmar o ocorrido.
— Simepar (@simeparpr) September 13, 2019
Segundo o astrônomo Bruno Bonicontro, que faz parte do Brazilian Meteor Observation Network (BRAMON), as imagens do meteoro que explodiu no céu do Paraná foram captadas pelo satélite GOES por volta das 5h30.
A seta aponta para o meteoro que explodiu no céu do Paraná. (Satélite GOES)
Bonicontro também explica que os meteoros explodem porque superaquecem após entrar na atmosfera em velocidade muito grandes. “Isso é um corpo celeste diminuto, de pequenas dimensões, que chega muito rápido na atmosfera da Terra. Lá na alta atmosfera da Terra, em 90/100 Km de altitude, ele chega muito rápido em 100 mil Km/h mais ou menos. E quando ele chega, ele comprime o ar na frente, se superaquece e aí dá o clarão”, disse Bonicontro.
Colaboração: Ariane Schiochet
Fonte: BemParaná, BRAMON, Satélite GOES, Simepar