Uma tradução de Regina Prata.
O matemático e químico australiano Bill Chalker relata um surpreendente caso 1999 no International UFO Reporter, informativo quadrimensal do Centro de Pesquisa de UFOs J. Allen Hynek (CUFOs), em Chicago. Ele escreve a história que lhe contou Peter Khoury, um libanês que se mudou para a Austrália aos nove anos de idade, onde estudou e se casou em 1990, com Vivian, com a qual teve dois filhos. Moravam em Sidney na época do estranho incidente, em fevereiro de 1988, quando tiveram a primeira experiência com UFOs que se deu por meio de um simples avistamento de luzes se movimentando de maneira incomum. Mas em julho daquele mesmo ano, Peter teve um contato profundamente perturbador que, segundo ele, mudou a sua vida.
Bill Chalker explica que os alienígenas são freqüentemente descritos pelas testemunhas como seres totalmente sem pêlos, mas uma das espécies de extraterrestres comumente chamada de nórdica possui características perfeitamente humanas, incluindo-se o cabelo (quase sempre) loiro. Um grande número de casos bastante conhecidos de abdução envolve estes seres de aparência humana e com cabelos, entre eles o de 1975, relatado por Travis Walton, no Estado do Arizona, e o de 1957, acontecido no Brasil e relatado por Antônio Villas Boas.
O caso de Peter Khoury tem alguma semelhanca com o de Villas Boas, que afirmou ter sido forçado a manter relações sexuais com uma agressiva mulher humanóide a bordo de um UFO pousado próximo à sua casa. Khoury disse a Chalker que este encontro de 23 de julho 1992 começou às 07h30 quando ele dormia. Entretanto, acordou assustado com a presença de duas humanóides nuas. “Elas pareciam humanas em todos os aspectos, tinham corpos adultos e bem proporcionais. Uma delas tinha aparência asiática, com olhos escuros, cabelo preto e liso caído na altura dos ombros. A outra parecia talvez como uma escandinava, com olhos de cor clara (meio azulados) e cabelo loiro e comprido, que ia até o meio das costas”. O cabelo desta última chamou especialmente a atenção de Khoury: “Eu nunca tinha visto um cabelo como aquele, era meio encaracolado como o de Farrah Fawcett, mas por outro lado… Parecia de certo modo muito exótico”, disse.
Ele disse ainda perceber logo que não eram humanas, pois tinham faces estranhas, com ossos faciais muito altos e olhos duas ou três vezes maiores que o tamanho normal. A loira, porém, foi a que mais lhe chamou atenção, pois tinha rosto muito comprido. “Eu nunca tinha visto um ser humano como aquele”, afirma.
“A loira, que estava sentada de joelhos sobre a cama, parecia ser quem dava as ordens”, e Khoury percebeu que ela se comunicava telepaticamente com a outra mulher. Esta, por sua vez, “estava sentada com as pernas parcialmente dobradas embaixo dela. Havia algo duro, quase ausente, na expressão destas mulheres”, contou ele. A mesma mulher o pegou pela nuca e ainda que a tentasse evitar, ela o puxava contra o peito dela. Khoury tentou se desvencilhar, mas “ela era muito forte”, disse ele a Chalker. “Ela me puxou com determinação e a minha boca foi parar em cima do mamilo dela. Eu mordi”. Khoury disse que não sabe por que mordeu a mulher, mas mesmo tendo arrancado um pedaço do mamilo dela com os dentes, ela não gritou. Ao contrário, “a expressão no rosto dela era como se dissesse \’não é desse jeito\’, como se estivesse meio que num choque \’contemplativo\’ ou confusa”. A mesma expressão exibia a outra humanóide. Khoury engoliu a parte do mamilo arrancada, mas ela ficou presa em sua garganta, e começou a tossir fortemente e neste momento as duas mulheres simplesmente desapareceram.
Apararentemente, durante parte do tempo em que esteve em contato com as extraterrestres humanóides, ele foi abduzido ou mantido inconsciente. Ao recobrar a consciência, foi ao banheiro, onde se deu conta de que o “seu pênis estava muito dolorido”. Em pé, abaixou o prepúcio e descobriu “dois finos fios de cabelo loiro apertados em volta dele”, contou a Chalker. Finalmente, retirou os fios e colocou-os imediatamente num saco plástico selável. “Eu fiz isso porque sabia que não tinha jeito, mas nenhum jeito mesmo, de um cabelo daquele tamanho e enrolado daquele jeito ter ido parar lá… Pensando naquelas mulheres, naquela coisa na minha garganta, nos fios de cabelo, tive certeza de que algo muito bizarro tinha acontecido comigo”. Guardou a amostra de cabelo imaginando que ela poderia ser útil para tentar esclarecer algo sobre a sua estranha experiência. Mas a “coisa” na garganta de Khoury continuou lá por três dias, quando simplesmente desapareceu. Duas semanas depois, Khoury decidiu contar tudo a esposa, que aceitou melhor do que ele.
Os fios de cabelo tornaram-se objeto do primeiro teste aberto de DNA feito a partir de uma evidência de abdução. Eles loiros eram extremamente finos e muito claros, foi determinado que não tinham sido quimicamente tratados, caso contrário pouco ou nenhum DNA mitocondrial poderia ser recuperado. No entanto, por meio do processo PCR (reação de cadeia de polimerase), uma amostra de boa qualidade foi obtida. Também foram tiradas amostras do cabelo de Peter Khoury e de sua esposa Vivian.
O DNA foi extraído do cabelo de Peter com sucesso, mas nenhuma amostra foi obtida do cabelo de Vivian, possivelmente por causa de tratamento químico. Depois de vários testes, os cientistas do Grupo de Evidências Físicas Anormais chegou à estarrecedora conclusão: o fino fio de cabelo loiro, que parecia ter vindo de uma mulher aparentemente de pele clara e caucasiana, não poderia pertencer a um ser humano normal daquele tipo racial. Embora aparentemente “humanos”, os fios de cabelo mostravam cinco padrões distintos de DNA, que são características de um raro subgrupo racial de chineses mongóis. Comparando-se os resultados com dezenas de milhares de outras amostras, foram encontradas apenas quatro pessoas com os cinco tipos de padrões de DNA identificados no cabelo loiro, e todas eram chinesas, com cabelo negro.O DNA mitoconfrial é passado somente de mãe para filho, portanto, oferece uma forma de encontrar traços ancestrais do lado materno. Os resultados sugerem que todos os quatro chineses compartilham uma mesma ancestral feminina como a mulher loira, mas não seria fácil explicar como isto teria acontecido. Já a realização de testes de DNA com o núcleo (se ele puder ser recuperado das amostras) será uma tarefa bem mais complexa e cara do que estes testes iniciais feitos até agora. Entretanto, poderia mostrar que a linhagem do pai da suposta extraterrestre loira era ainda mais estranha que a da mãe dela. Estes testes estão esperando um patrocinador que ainda não foi encontrado. Até agora, os membros do Grupo de Evidências Físicas Anormais têm financiado os seus próprios trabalhos.
Ainda segundo Chalker, a evidência inegavelmente existe “e os testes forenses demonstram que é anômala. Ao que parece, nenhuma pessoa loira com uma combinação exata de DNA semelhante à da amostra recolhida pode ser encontrada na cidade de Sydney, na Austrália e nem, provavelmente, em qualquer outro lugar do mundo”. E pergunta: “Será que estamos lidando com \’humanos\’ de algum outro lugar? Mais particularmente, com seres que possuem um tipo de DNA humano que, embora muito raro, é também de alguma forma anômalo”? Para ele, este caso
dá margem a muitas perguntas, como a da panspermia humana. A teoria de que seres parecidos com os humanos podem ter migrado para o planeta num passado recente, vindos de algum lugar da galáxia e provocado o surgimento repentino do homo sapiens, uma espécie que descende não diretamente de seus predecessores imediatos, os neanderthais.
Mas os traços asiáticos em indivíduos com aparência européia dados à conexão com mongóis foram destacados pelo cientista australiano neste caso. Para Chalker, “A controversa saga das múmias Taklamakan na remota China Ocidental está virando a história deste país de cabeça para baixo. Essas múmias incluem pessoas que foram muito altas, com 2 metros ou mais, e algumas delas loiras. Não estou sugerindo uma conexão aqui, mas você entende que esta investigação abriu todo o tipo possibilidades interessantes sobre a natureza biológica de alguns dos seres relacionados com os casos de abdução”. A estas perguntas o Grupo de Evidências Físicas Anormais, liderado por Chalker, espera responder ao final de suas pesquisas incessantes.
O químico, matemático e especialista em ciências (B. Sc. Honours) Bill Chalker nasceu em Grafton, Nova Gales do Sul, Austrália e se notabilizou nacional e internacionalmente graças a uma inusitada experiência de abdução em Sydney, Austrália, em 1992, de cujas investigações ele participou exaustivamente na obtenção de evidência biológica a partir de uma amostra de cabelo “alienígena”, a qual se tornou objeto do primeiro exame de DNA de um suposto alienígena na história. O resultado da investigação ele revelou em 1999, gerando intrigantes resultados que sugerem novas e fascinantes linhas de investigação e especulação.
Mas três anos antes dos resultados das pesquisas na Austrália, Chalker realizou palestras com os pesquisadores de Harvard, Dr. John Mack e Dominique Callimanopulos, sobre o fenômeno de abdução em Sydney e os ajudou em seus estudos sobre as possíveis experiências de abdução em culturas indígenas. Seus primeiros artigos sobre fenômenos de abdução estão publicados nas revistas australianas Penthouse e Nature & Health, em 1989 e 1990.
Um dos mais importantes pesquisadores de UFOs da Austrália e autor de inúmeros textos acerca do assunto, Bill Chalker é editor do “Repórter UFO Internacional”, informativo quadrimensal do Centro de Pesquisa de UFOs J. Allen Hynek (CUFOs), em Chicago, no qual descreve este surpreendente caso, além de coordenador do “UFO Investigation Center” (UFOIC – Centro de Investigação Ufológica). Em seu currículo figura ainda o título de primeiro representante australiano na “Aerial Phenomena Research Organization (APRO)”, de 1978 a 1986, e de representante do estado de Nova Gales do Sul no “Mutual UFO Network (MUFON)”, de 1976 a 1993.
O químico e matemático ainda formou uma equipe de pesquisas especializadas, o “Anomaly Physical Evidence Group (APEG)”, para examinar possíveis aspectos biológicos e genéticos relacionados com o fenômeno UFO. Ele integra um grupo que ajudou a criar uma rede informal de cientistas que vêem o Fenômeno UFO como algo importante (muitos de seus colegas preferem contribuir anonimamente porque entendem que o fenômeno é visto como uma espécie de “ciência proibida” no Ocidente).
Panspermia é nomenclatura usada pela biologia para definir a popularização transplanetária, ou a tese de que a vida teria chegado à Terra trazida por algum corpo celeste, ou simplesmente que trata da origem extraterrestre da vida no planeta humano. Panspermia também pode ser definida como vida em todo o cosmos, enquanto a teoria da Panspermia Cósmica Dirigida vê a vida na Terra como resultado de sucessivas intervenções de civilizações extraterrestres realizadas no planeta em um passado bastante remoto, como afirma Orlando de Souza Barbosa Júnior, biólogo, ufólogo e autor dos livros Maias e Hopis – Povos Fugitivos de uma Catástrofe Cósmica e Novas Postulações sobre a Origem da Vida à Luz da Teoria da Panspermia Cósmica Dirigida. Mas a idéia deste tipo de civilizações surgiu com o russo Nilolai Kardashev.Outro estudioso da panspermia é Sir Francis Crick, defensor da tese de que a origem da vida na Terra é extraterrestre e sua semente teria aterrissado no planeta a bordo de uma nave espacial, cuidadosamente congelada em contêineres e enviada por “fonte extraterrestre e pela atividade deliberada de uma sociedade alienígena”. Crick questiona: seria esta uma civilização do tipo I, II ou III? Ele destaca-se entre os pesquisadores da origem da vida. Prova disso é a descoberta da estrutura do DNA, que fez com James Watson e Maurice Wilkins, que lhe rendeu um Prêmio Nobel e o título de Sir, homenagem do governo britânico – ele é inglês. Sua tese está ilustrada na capa de seu livro – Life Itself: It\’s Origin and Nature [Vida: Origem e Natureza, ed. Mac Donald and Co., 1981]: a imagem da terra solta no espaço e uma nave alienígena vinda das profundezas cósmicas, acabando de traçar um imenso G ao redor do planeta e o ponto onde este UFO aterrissou.
Outro cientista, o sueco Svante Arrhehius, ganhador do Prêmio Nobel de Química em 1903, propôs a teoria audaciosa de que a vida teria chegado à Terra de carona. Segundo ele, microorganismos primitivos teriam vindo de outros lugares do universo a bordo de asteróides e, na Terra, encontrado condições ideais para se desenvolver.
Cresce o número dos astrofísicos e exobiólogos que crêem na possibilidade de que já existam civilizações como estas. Crick e Leslie Orgel, do Instituto Salk de La Jolla/Califórnia, publicaram a teoria da Panspermia Direta em 1973, na revista Iccarus nº 19.
Foram desprezados e ridicularizados no meio acadêmico quando a expuseram. Mas hoje muitos colegas acreditam que esta teoria tenha possibilidade concreta de ser uma resposta para o enigma da vida e também poderia representar um bom começo para pesquisas científicas mais profundas como: a vida estaria espalhada por todo o universo?