A missão espacial Cassini-Huygen entrou na órbita de Saturno, fase mais perigosa de toda a exploração, com exceção do lançamento. Previa-se problemas de ”poeira” celeste, que pode conter rochas do tamanho de bolas de tênis ou ligeiramente maiores. A nave teve de fechar sua antena principal, em função do vento que enfrentou. Assim, a Agência Espacial Americana (NASA) perdeu grande parte do contato com a nave por alguns momentos. Mas a sonda enviou por uma antena secundária de forma contínua um sinal mínimo, que se esperava que pudesse ser recebido. Ao dobrar a antena, ela passou a servir de escudo contra os meteoritos. Depois da entrada em órbita, sua velocidade diminuiria lentamente. E cinco dos 12 instrumentos da sonda seriam acionados. Um deles, o magnetômetro, serve para medir a força e a direção do campo magnético do sexto planeta do Sistema Solar, já comprovado muito peculiar. Em vez de ter pólos norte e sul, seus pólos magnéticos estão a leste e oeste. Também se fará medição de luz e dos danos causados pela poeira cósmica, um dado importante para se conhecer melhor a composição dos anéis do planeta. Mas a análise também será feita por sensores remotos, que detectarão suas estruturas, temperaturas e a composições. ?A Cassini e a Huygens examinarão um mundo que nunca vimos antes, um planeta que pode parecer ao nosso há 4,5 bilhões de anos? – explicou Jean-Pierre Lebreton, um dos diretores da missão, da Agência Espacial Européia (ESA). A Cassini tem 12 instrumentos para os estudos do planeta, de seus anéis e seus satélites naturais e ainda carrega junto a ela a sonda Huygens, construída pela ESA.