Por Pedro de Campos
O sequenciamento do genoma do esqueleto de Atacama apresentado agora pelos especialistas mostra novas mutações relacionadas à displasia e comprova que a criatura chamada Ata é na verdade um ser humano, não um extraterrestre como se cogitou em palestra de congresso.
Em 2003, no Chile, na região de Atacama foi achado um esqueleto incomum, cujas características humanoides sugeriam algo extraordinário. O espécime chamado de Ata carregava em si um fenótipo estranho – um ser de 6 polegadas (15 centímetros), menos que o tamanho das costelas de um ser humano normal. O espécime tinha um crânio alongado e uma idade óssea acelerada, levando à especulação de que poderia ser um primata bem preservado de alguma ramificação já extinta, talvez até um feto humano portador de mutações genéticas ou mesmo um hipotético ser extraterrestre.
Segundo os especialistas que estudaram detidamente o espécime em laboratório, a análise do DNA de Ata revelou que é na verdade um ser humano com idade óssea estimada entre 6 a 8 anos no momento da morte. Para determinar os possíveis fatores genéticos da morfologia observada, os geneticistas submeteram o DNA ao sequenciamento do genoma completo, usando a plataforma Illumina HiSeq (com uma média de 11,5 × cobertura de leituras de pares parciais de 101 pb). No total (3.356) foram encontradas 569 variações de nucleotídeo único (SNVs) em comparação com o genoma de referência humano, outras 518.365 inserções e deleções (indels), além de achadas 1.047 variações estruturais (SVs).
A análise detalhada do genoma completo mostra que Ata é uma fêmea de origem humana, provavelmente de ascendência chilena, e que seu genoma abriga mutações nos genes (COL1A1, COL2A1, KMT2D, FLNB, ATR, TRIP11, PCNT) previamente relacionados com doenças de pequena estatura (nanismo), anomalias de costelas, malformações cranianas, fusão articular prematura e osteocondrodisplasia (também conhecida como displasia esquelética).
Como conclusão, juntando as informações, os achados fornecem uma caracterização molecular do fenótipo peculiar de Ata que provavelmente resulta de múltiplas mutações genéticas putativas já conhecidas e outras novas, as quais afetam o desenvolvimento geral e o trabalho de ossificação do organismo.
Estudos complementares publicados na quinta-feira, 22 de março de 2018, na Genome Research, dão conta também de que o motivo de tantos defeitos genéticos seria porque na cidade de La Noria fazia-se mineração de nitrato e que a exposição a essa substância poderia ter afetado o corpo do espécime causando as más formações observadas.
Assim, a Ufologia Científica continua sua procura de organismo ou de material certificado como extraterrestre que se possa dar como prova pública inquestionável à visita de astronauta extraterrestre ao nosso planeta.
Pedro de Campos é autor dos livros: Colônia Capella; Universo Profundo; UFO – Fenômeno de Contato; Um Vermelho Encarnado no Céu; Os Escolhidos; Lentulus – Encarnações de Emmanuel, publicados pela Lúmen Editorial. E também dos recém-lançamentos: A Epístola Lentuli e Arquivo Extraterreno. E dos DVDs Os Aliens na Visão Espírita, Parte A e Parte B, lançados pela Revista UFO. Conheça-os! Visite também o blog do autor no site da Lúmen Editorial, clique aqui para conhecê-lo. Face book.