Por PEDRO DE CAMPOS
Chico Taquara foi um indivíduo verdadeiramente incomum em São Thomé das Letras. E com muito interesse ouvimos os casos dele contados por Oriental Luiz Noronha, o “Tatá”, pessoa antiga muito respeitada na cidade. Foi incrível ouvir de Tatá o insólito “Caso do Cavalo Sansão” que será aqui narrado.
Tatá já contou este caso de maneira mais completa em seu livro CD – Chico Taquara, o SerGina, que generosamente me presenteou quando estive na cidade. Vale ressaltar que “Sergina” é nome de origem latina que indica alma protetora, guardiã, defensora, simples, honesta e amável – são as qualificações dadas por Tatá ao enigmático Chico Taquara, embora no sentido oculto tenha outras conotações.
Na Ufologia, os casos envolvendo as abduções de animais são geralmente funestos, em razão das experiências alienígenas culminarem por vezes com a morte dos animais, mas o Caso do Cavalo Sansão é uma grata surpresa, com outras conotações intrigantes que também se fazem presentes em certos fenômenos ufológicos.
Conta-se que havia na antiga Fazenda Córrego Seco, cidade de Baependi, Minas Gerais, a 50 quilômetros de São Thomé das Letras, um fazendeiro criador de cavalos Mangalarga. Seu reprodutor era um garanhão baio brilhante, com pernas e crina pretas, animal ereto, morfologia exuberante, pedigree de elite e marchador de qualidade.
O cavalo Sansão era a joia da criação da fazenda, adquirido por uma alta soma ainda potrinho, de um fazendeiro da família Junqueira, proprietário da Fazenda Traituba, na antiga Encruzilhada (hoje Cruzília). O animal era estimado pela família dona de Córrego Seco, além de admirado e requisitado a reproduzir por muitos fazendeiros da região. Mas, para desespero dos donos, Sansão havia desaparecido misteriosamente.
Todos na fazenda já estavam cansados de procurar o animal cavalgando na região por vários dias, sem mais esperanças de achá-lo, quando Manoel Galiano Pereira, tratado carinhosamente por “senhor Neco” [vizinho dos pais adotivos de Tatá e quem lhe contou este caso], amigo particular de Chico Taquara, passando pela fazenda sugeriu ao dono ir a São Thomé das Letras e recorrer ao vidente. Neco tinha certeza de que Chico traria o animal de volta, se o cavalo estivesse vivo.
Não obstante o fazendeiro ser católico, ele já conhecia a fama do vidente e resolveu procurá-lo. Chegou bem cedo à caverna onde morava Chico Taquara e narrou a ele sua história. Chico fixou seu olhar nos céus, e disse-lhe: “Hoje é 23 de agosto, meu caro, e somente no dia 12 de outubro é que o cavalo aparecerá em sua fazenda, bem antes do Sol raiar, mas escute com atenção – ele não virá antes desta data. Não adianta procurá-lo mais, porque para onde fora levado e está agora ninguém poderá achá-lo”.
Tatá ouviu de Neco que o fazendeiro ficara surpreendido com o que acabara de ouvir. Sem entender nada, ele saíra dali meio desiludido, pois achava que o vidente pelo menos lhe poderia indicar o rumo que Sansão havia tomado, para direcionar as buscas. Mas mesmo assim acabou agradecendo a Chico e retornou à fazenda. Contudo, o vidente havia dado uma data para o retorno do animal e todos aguardaram com ansiedade o dia 12 de outubro.
O mês de setembro passou rápido, chegou o mês seguinte e veio o dia aprazado. O fazendeiro ficou na soleira da fazenda, esperando o animal, porque Chico Taquara dissera que o cavalo voltaria naquele dia. Nervoso, o homem gritou ao filho, que estava no curral tirando leite das vacas, para levar depois a égua que estava no cio à pastagem onde se faziam os cruzamentos, local que Sansão conhecia bem, e fosse buscar o garanhão do vizinho para cruzamento, porque a égua já estava no fim do ciclo. Mas recomendou ao filho que fechasse bem a porteira com o cadeado que estava na cozinha, para a égua não sair nem entrar outro cavalo e cobri-la, fazendo uma reprodução indesejada.
O rapaz fez tudo que o pai lhe pediu e, duas horas depois, voltou em disparada, gritando. O fazendeiro assustou-se e correu à porta. O moço apeou do cavalo e, cheio de alegria, disse: “Pai, o senhor não vai acreditar, o Sansão está lá no pasto tranquilamente, pastando! Só fiquei surpreso, pai, que o cadeado já estava ali fechado quando cheguei para colocar a égua e vi o Sansão no pasto; então me aproveitei de estar lá e percorri a cerca toda, para me certificar que não havia sinal de arrombamento, pois quando fora construída colocamos seis fios de arame farpado, justamente para evitar que Sansão fugisse e fosse perturbar as nossas éguas e as dos vizinhos”.
O fazendeiro ficou exultante – exibia um sorriso largo no rosto e ficou boquiaberto com o que escutará do filho. E o rapaz ainda prosseguiu: “Depois, pai, de me certificar que não havia nenhum arrombamento, fui examinar o Sansão mais de perto, então percebi que o cavalo está com o pelo mais limpo, bem tratado e mais bonito do que quando sumiu – vamos lá, para o senhor ver”.
E o moço ainda reforçou o episódio insólito: “Agora, pai, como o cavalo entrou no pasto, não sei explicar ao senhor, pois o cadeado, como lhe disse antes, já estava trancando a cerca”.
Conforme apurado nas inspeções, o cavalo não havia arrombado nem pulado a alta e reforçada cerca de arame farpado. A porteira do pasto, a seu turno, fora fechada com o cadeado que estava dentro da casa, mas por ninguém da residência nem por qualquer agregado da fazenda – algo indefinido do tipo poltergeist havia feito o serviço de tomar o cadeado da cozinha e fechar a porteira. Tampouco o animal voltara da misteriosa abdução machucado – ao contrário, estava mais bonito, mais bem tratado do que quando fora levado quase dois meses antes.
Por lógica, o cavalo teria entrado na pastagem por cima, mas vindo das alturas, ou entrado naquele ambiente por algum meio ainda mais insólito, talvez por uma porta dimensional viajando por fora do nosso espaço, num universo paralelo, conforme aventa a Teoria dos Buracos de Minhoca, hipótese hoje a ser tomada para se tentar entender a ocorrência. Mas então se indaga: quem teria feito o serviço?
Particularmente, este autor, interpretando o caso em conjunto com os demais feitos insólitos, vividos por muitos em São Thomé das Letras, os protagonistas da abdução seriam entidades alienígenas, sem que haja elementos para se concluir se eram extraterrestres (ETs físicos, astronautas de um planeta indefinido) ou se ultraterrestres (UTs ultrafísicos, entidades menos materiais oriundas de alguma estratificação dimensional do espaço-tempo). Em suma: “eles” seriam supostamente algo como os chamados “anjos” da Antiguidade, benfeitores dos céus que as Escrituras Sagradas dão como entidades presentes na Terra nos primórdios.
Chico Taquara, por sua vez, pessoa profundamente enigmática, que não se conhece dele o nascimento nem a morte, mas apenas sua aparição e estadia enigmática em São Thomé das Letras, indivíduo que fora colocado nela já adulto e tomado depois por quem antes o colocara, trouxe o animal de volta no dia aprazado. O Caso Chico Taquara trata-se de evento que nos faz lembrar um pouco a Enoque, indivíduo mencionado em Gênesis 5:21-24 e Hebreus 11:3,5, passagens bíblicas que devem ser lidas por quem tiver interesse em outros desenvolvimentos.
Na mística cidade de São Thomé das Letras, coisas aparentemente impossíveis são realizadas com o poder da mente e, também, com a reprogramação da mente. E ainda com a mente, chega-se a contatos com vidas de outras dimensões do espaço temporal. Algo verdadeiramente incomum ocorre a muitos que passam o pórtico dessa cidade extraordinária.
Pedro de Campos é autor dos livros: Colônia Capella; Universo Profundo; UFO – Fenômeno de Contato; Um Vermelho Encarnado no Céu; Os Escolhidos; Lentulus – Encarnações de Emmanuel, publicados pela Lúmen Editorial. E também dos recém-lançamentos: A Epístola Lentuli e Arquivo Extraterreno. E dos DVDs Os Aliens na Visão Espírita, Parte A e Parte B, lançados pela Revista UFO. Conheça-os! Visite também o blog do autor no site da Lúmen Editorial, clique aqui para conhecê-lo. Face book.
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