Por Pedro de Campos
Tivemos a oportunidade de escrever sobre este tema no livro Arquivo extraterreno [Lúmen Editorial, 2012] e vamos retomá-lo aqui. Quem pesquisa os eventos ufológicos encontra uma série de fenômenos físicos causados quando os UFOs estão por perto. É algo substancial, mas de difícil estudo em razão do precaríssimo acesso da ciência ao imponderável mundo em que se isola o fenômeno UFO, bem como das dificuldades que tem para acessar as camadas internas da mente, aquelas em que os pensamentos afloraram e as transmissões telepáticas são receptadas. Nesse mundo imponderável está postado o agente motor do fenômeno UFO e o das curas extraordinárias, exigindo-nos detido estudo se quisermos entender algo desses enigmas.
Para a ciência, não é transparente a fronteira entre o fisiológico, causado pelo psiquismo do homem, e o fenômeno extracerebral, causado por entidade externa. E se a entidade externa for um espírito ou um ser ultrafísico menos material, então o entendimento se complica ainda mais, porque se trata de ir além das fronteiras da matéria e penetrar o imponderável mundo das dimensões paralelas. A literatura parapsicológica, em especial a que admite a hipótese espiritual, é farta ao mostrar ocorrências que sugestivamente se originam em estratificações imponderáveis do espaço-tempo.
Nos avistamentos de UFOs não é incomum notar-se incidência de sons com causa indefinida, de clarões repentinos com vários matizes, coisas sólidas ficarem transparentes, objetos pesados levitarem como pena e fenômenos de poltergeist eclodirem como se o ambiente estivesse infestado de inteligências invisíveis operando no local.
De modo estanho, os UFOs fazem manobras em sincronismo com o pensamento da testemunha. E ela própria passa a ter sonhos premonitórios, podendo apresentar mudança de personalidade, desenvolver poderes paranormais, potencializar em si faculdades já existentes, receptar pensamentos externos, apresentar marcas estranhas no corpo, adquirir habilidades fora do corrente e produzir autocuras e curas inexplicáveis, tal como observado nas chamadas “cirurgias espirituais”, as quais denotam a presença de agentes externos produzindo e controlando os fenômenos.
Quando juntamos aos avistamentos ufológicos os contatos com seres alienígenas e os fenômenos de “cirurgia espiritual”, obtemos vestígios marcantes da presença de outras entidades inteligentes agindo na Terra de modo incomum, sugestivos de pertencerem a alguma civilização mais avançada que a nossa, da qual somente podemos ver os fenômenos produzidos, mas não a sua produção intrínseca nem os seus operadores.
Em razão das dificuldades para se chegar à verdade nessa investigação, alguns parapsicólogos insistem em negar a vida inteligente ultrafísica, dando como agente causador dos fenômenos a mente humana, que agiria de modo inconsciente provocando as manifestações. Não há dúvida de que tal interpretação é altamente contestada, figurando mais como defesa de uma ideologia dogmática ou de uma teoria insuficiente, que busca justificar um ceticismo preconcebido.
Mesmo que o “contatado” apresente fotos do UFO após a canalização, chega-se ao cúmulo de alegar que o “pensamento receptado” é produto da sua imaginação e que os “clarões luminosos” são projeções do seu inconsciente. Alega-se que o próprio pensamento dele se faz luz, adensa, materializa e possibilita a realização das fotos, esvaecendo em seguida sem deixar vestígios e sem que o próprio causador das formas saiba ou faça qualquer esforço para obtê-las. Naturalmente que tal interpretação está muito distante do que se considera razoável no mundo das ciências psicológicas, além até mesmo dos postulados defendidos por Jung na sua prestigiosa hipótese Psicocultural, que não atribui efeito psicológico na testemunha se o UFO for fotografado, entregando-o ao estudo da Física convencional.
Caso fosse realmente assim, seria o caso de questionar: então se a transmissão de pensamento e os clarões luminosos são “projeções do inconsciente”, por que não se observa o contrário? Por que os opositores não contradizem os feitos com a sua própria imaginação, fotografado no céu, repetidas vezes, em ocasiões diferentes, o produto do seu inconsciente?
De modo incomum, a suposta “ação do inconsciente” se apresenta na testemunha apenas para convencer os incrédulos, mas nunca para desmistificar os crentes. E isto é ilógico, por ser parcial. Os “opositores” poderiam, assim como os “crentes”, dizer o contrário e ofertar fotos de suas projeções mentais inconscientes, porque acreditam firmemente que tais projeções (discos voadores para os crentes) escapam da mente, tornam-se visíveis e podem ser fotografadas, embora sejam apenas formas-pensamento que desaparecem. De modo desconcertante, creem que os UFOs sejam “coisas da cabeça”, mas não levam a efeito tal hipótese para certificá-la, satisfazendo-se apenas com palavras que não dizem muita coisa. Com certeza, esquecem que a credibilidade é resultado da prática empregada, não da argumentação.
No que tange às “curas espirituais”, há quem duvide e diga que seria mais verossímil se o Espírito pudesse operar por si mesmo, sem a ajuda das mãos e da inteligência do médium. Mas o fato é que isto também é possível, estando o Espírito materializado. Exemplo deste tipo de cirurgia espiritual já foi visto fartamente no Lar de Frei Luiz, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde opera o espírito-médico Frederick von Stein, sendo noticiado amplamente pela mídia escrita, falada e televisionada.
Ali, o doutor Paulo César Fructuoso, cirurgião geral, com ênfase em oncologia, professor de clínica cirúrgica e pesquisador de Espiritismo Científico, pôde estudar casos e mais casos de cirurgia com o espírito-médico materializado. Como médico, após presenciar os fenômenos intrigantes, não teve outra alternativa senão render-se aos fatos. Hoje, ele não tem dúvida nem receio de dar seu testemunho frente às câmeras de televisão e falar abertamente sobre as suas experiências.
Natureza dos alienígenas
A teoria extraterrestre trata do ET propriamente dito, de um ser de natureza densa, semelhante à nossa, talvez até mesmo de uma carne que não seja carne, mas ainda assim dotado de um corpo com ciclo vital limitado; ou seja, que nasce, cresce, amadurece, reproduz, envelhece e morre, assim como as criaturas terrestres.
Se um astronauta ET chegasse a Terra e lhe fosse oferecido um cafezinho, por certo diria que para tomá-lo teria de fazer antes um exame químico das substâncias, para saber se seriam compatíveis com o seu organismo, e faria o mesmo com os nossos alimentos, a água, o ar, as condições ambientais e tudo o que lhe pudesse afetar. Para se comunicar, por certo usaria algum equipamento tradutor da linguagem, porque o seu idioma seria diferente dos falados na Terra. O ET seria oriundo de algum planeta tridimensional como a Terra, mas situado muito além do nosso sistema solar, em regiões ainda insondáveis do Universo.
Para a nossa ciência atual, as viagens ao espaço limitam-se à velocidade da luz; portanto, as monumentais distâncias interestelares constituem barreiras naturais que inviabilizam as nossas viagens se por ventura pretendermos encontrar planetas habitados estando presentes ao local; de lá para cá, supõe-se que as dificuldades sejam as mesmas, com chance de superação somente se os ETs forem inteligentes ao extremo e tenham desenvolvido uma ciência por nós ainda totalmente desconhecida. Sua ciência seria muito diferente da nossa.
Mas, ainda assim, em razão das incidências ufológicas, aos ufólogos ficou mais harmônico teorizar, fundamentados em hipóteses científicas como a dos Buracos de Minhoca (Warmholes) e a dos Universos Paralelos, que os ETs sólidos poderiam chegar a Terra viajando por tubos abertos artificialmente no espaço-tempo. Com instrumentos avançadíssimos, “eles” dobrariam o espaço e fariam viagens interestelares ou interuniversos quase instantâneas, sem quase gastar tempo. A nossa ciência não sabe fazer isso, mas a possibilidade teórica já foi colocada na mesa por cientistas de nomeada, como Francis Crick, Stephen Hawking e Michio Kaku.
Não obstante as dificuldades, os nossos meios técnicos conhecidos permitem o contato à distância, quer por meio de tecnologia avançada, como transmissão de ondas de rádio, televisão e imagens virtuais por holografia, quer por meio de contato com interface próxima, realizado com o uso de espaçonave, robôs e andróides com tecnologia avançada, controlados à distância por seus construtores. Mas tais contatos, embora buscados persistentemente com programas que procuram por inteligência em alguma parte do Universo (ao estilo SETI), ainda não foram oficialmente realizados.
Embora o ET possa estar milhões de anos à nossa frente em conhecimento e dominar energias para nós inacessíveis, ainda assim ele seria de carne e osso ou de matéria perecível similar à nossa. A matéria ET exigiria cuidados especiais para preservação da integridade corpórea e psíquica, tendo de suportar viagens longuíssimas e monótonas, com efeitos radioativos altamente nocivos à vida. Por certo, condições especiais teriam de ser planejadas e colocadas em prática para realizá-las de modo seguro.
A teoria ultraterrestre, por sua vez, considera a vinda à Terra de entidades ultrafísicas, os UTs, seres oriundos de outra dimensão do espaço-tempo. Vale ressaltar que a ideia de existirem outras dimensões além da nossa não surgiu das filosofias espiritualistas nem da Ufologia, mas é parte importante da Física atual. Desde a relatividade geral fala-se de haver no cosmos o chamado espaço-tempo, o qual se curva, dá origem aos movimentos gravitacionais e às dimensões, cuja mais propalada é a quarta, mais próxima da nossa, a terceira. E quando se juntou a elas o mundo das subpartículas, as camadas aumentaram e chega-se hoje a teorizar onze dimensões. Portanto, algo deve haver nessas camadas. E se de lá eclodem efeitos inteligentes, é porque certa inteligência deve estar ali postada. A esse intelecto ultrafísico, que nos contatos ufológicos diz estar ali e ter um ciclo vital, foi dado o nome de ultraterrestre (UT).
Em teoria, o UT constitui uma civilização de seres inteligentes do espaço, posicionados numa dimensão além da nossa. Seria uma entidade formada de plasma sutil, constituída de uma espécie de energia, por assim dizer, vivente no mundo das subpartículas. Sua constituição e tecnologia imponderáveis à nossa ciência se fazem perceptíveis na terceira dimensão pelos efeitos físicos que causam, tal como o fenômeno UFO e os contatos de proximidade, nos quais o UT adensa o corpo e fica tangível, num efeito de materialização apenas comparável aos efeitos físicos de natureza espiritual. Deve-se considerar que quando falamos de UT não estamos falando de Espírito, embora ambos sejam, na sua natureza original, invisíveis ao homem.
Estagiando em corpos diferenciados, encarnando em diversos mundos e permanecendo nas esferas espirituais no intervalo das encarnações, o Espírito cumpre sua jornada evolutiva no decorrer das Eras. Inicia sua caminhada como simples bactéria, mas avança na escalada evolutiva até alcançar o esplendor da perfeição na chamada angelitude. No alto patamar da glória, obtém a condição de co-criador em plano menor, colaborando na evolução das infinitas criaturas espalhadas pelo cosmos, cujo trabalho de referência na Terra é o de Jesus, conhecido dos homens.
Conforme foi mostrado no livro Universo Profundo [Lúmen Editorial, 2011], entre o UT e o Espírito há algumas diferenças fundamentais que distinguem um do outro. Vamos elencá-las aqui:
1. O UT se faz visível adensando, por instrumentos da nave, o seu plasma corpóreo, enquanto o Espírito adensa o seu perispírito usando o ectoplasma do médium;
2. O UT morre, enquanto o Espírito é imortal;
3. O UT interage com o homem em estado natural de vigília e fala por telepatia, enquanto o Espírito interage por meio do médium sensibilizado;
4. O UT está “encarnado”, enquanto o Espírito está errante, advindo daí algumas diferenças na ligação corpórea com o chamado “cordão prateado”, que está presente no UT (e também no homem), mas não no Espírito, porque liga o corpo espiritual ao corpo ultrafísico do UT, enquanto o Espírito errante não o tem;
5. O UT tem a forma corpórea algo diferente da do homem, enquanto o Espírito do falecido terrestre é o próprio homem desencarnado, facilitando a distinção das silhuetas;
6. O UT em estado natural não incorpora, enquanto o Espírito toma o corpo do médium e modifica-lhe algumas posturas corporais, inclusive a voz;
7. O UT não pode ser atraído pela energia espiritual, enquanto o Espírito pode ser imantado por outro desencarnado de grande poder mental;
8. O UT vive numa dimensão menos material (a dos seres ultrafísicos “encarnados”) e cumpre ali um ciclo de vida previamente planejado, enquanto o Espírito vive na esfera espiritual dos “desencarnados”, até que lhe seja permitido estagiar no mundo corpóreo para viver outras experiências diferentes, mas com duração limitada;
9. O UT, para vir a Terra, usa como meio de transporte o chamado UFO, enquanto o Espírito vive na esfera próxima do orbe em que desencarnou, transportando-se para a crosta do orbe com os recursos alados do seu próprio corpo espiritual;
10. O UT viaja com facilidade pelo cosmos e pode ser visto na Terra em razão dos recursos técnicos desenvolvidos em seu mundo, enquanto o Espírito viaja por sua própria constituição alada e comunica-se por meio da mediunidade, faculdade comum a todos os homens;
11. O UT materializado atua na Terra no corpo físico do homem, enquanto o Espírito o faz com primazia no corpo espiritual, podendo fazê-lo também no corpo físico se incorporado no médium;
12. O UT não pode permanecer na Terra por longo tempo, em razão das leis físicas que regem sua materialização, enquanto o Espírito está praticamente entre nós;
13. O UT se afasta do homem se não for compactuado em suas intenções e for repelido com firmeza, enquanto o Espírito, para se afastar, deve receber preces e incentivos de psicologia positiva;
14. Tanto o UT quanto o Espírito comunicam-se por telepatia, porque a intensa transmissão de pensamento é característica das entidades de matéria fina invisíveis a olhos terrestres, enquanto os seres densos se expressam por sons articulados, fazendo supor que o ET fale assim como o homem, denotando claramente sua natureza corpórea densa e requerendo aparelho tradutor de idioma para ser entendido;
15. O UT vê os Espíritos assim como o homem vê os orbes do cosmos, guardando “distância” e com “impedimentos”, e vê o homem assim como o homem vê os peixes, podendo interagir relativamente com o homem e os Espíritos, mas as suas melhores experiências são vividas na esfera dimensional em que fora gerado. Ali, a vivência difere da dos Espíritos errantes do próprio orbe, pois o UT deve preservar o seu corpo, a sua espécie e viver experiências próprias dos espíritos encarnados. Vem a Terra e denota interesse nos elementos e nos seres vivos, tal como o homem vai ao fundo dos mares e aos espaços siderais, mas não permanece nela vivendo um ciclo vital inteiro, apenas a visita e estuda, vivendo as suas experiências principais em seu orbe de origem;
16. Quanto a Jesus, figura tão discutida da humanidade, as evidências denotam que não fora UT nem ET, mas espírito puro encarnado hibridamente na Terra, filho de mãe terrestre e de Pai espiritual segundo as Escrituras (o que é no mínimo estranho, porque Espírito errante não procria, sugerindo-nos que o Pai tivesse um corpo ultrafísico), tendo nascido para realizar missão específica; ou seja, dar ao homem os seus exemplos e legar à posteridade um Novo Testamento.
Eis aí alguns flashes sintetizando dois tipos de seres inteligentes no cosmos e invisíveis ao homem, mas essas propriedades não devem ser consideradas de modo absoluto, invariável, já que outros desenvolvimentos ainda caberiam na explicação. Trata-se apenas de relances que ajudam a contrastar vidas postadas em estádios diferentes de materialidade, cumprindo cada qual o seu percurso evolutivo rumo ao que lhes fora traçado pelo Criador – a perfeição.
Entretanto, nas canalizações e nas cirurgias tidas como espirituais, há casos de seres que se fazem visíveis. E neste caso, não é incomum que haja dúvida sobre a entidade em contato, a qual, às vezes, se apresenta fluídica, e em outras, totalmente materializada. Há quem pergunte: seria possível à alma do ser humano, emancipada do corpo, ou até mesmo a um espírito desencarnado, sob um pretexto qualquer, fazer-se visível e querer passar-se, tanto na aparência física quanto no contato interativo, por uma entidade alienígena?
Quem estuda a Doutrina Espírita sabe que a forma perispiritual dos seres vivos é extremamente plástica, podendo assumir formas variadas no mundo espiritual e materializá-la na crosta terrestre de modo desfigurado. Mas a cultura própria da entidade, sua filosofia de vida, seu conhecimento científico, sua moral-social e suas expressões durante o contato apresentam-se com originalidade, porque tais aquisições são particulares do indivíduo, seja de que mundo for. A personalidade é algo que não se muda, senão no decorrer de milênios, é o espelho no qual cada um mostra o que é.
Assim, o alienígena em contato pode ser avaliado por aquilo que ele mesmo oferece. Se oferecer vestígios de realizações avançadas, desconhecidas da humanidade, é porque as obteve num mundo mais adiantado que a Terra. Neste caso, são válidas as máximas: “Ninguém ensina o pai-nosso ao vigário”; “Ninguém faz o que não sabe fazer”; “Ninguém dá bom exemplo sem realizá-lo”. Portanto, tudo o que possa vir de uma entidade alienígena deve ser novo para o homem, algo não existente na Terra, porque sua cultura e seu mundo são diferentes e o fato de estarem aqui sugere um desenvolvimento científico muito maior que o nosso.
Entretanto, ainda é preciso destacar dois conceitos básicos, mas igualmente importantes: primeiro, que para os ETs e UTs damos um nome genérico – “Aliens”, por não sabermos a priori sua origem, se física ou ultrafísica; segundo, que Ufologia é estudo do “Objeto Voador Não Identificado”, também chamado de UFO. Assim, num contato \”Alien\”, os fatos que identificam a entidade UT são o seu corpo e o seu UFO, ambos de outra natureza e transitoriamente materializados na nossa dimensão. E o que identifica um contato ET, na verdadeira acepção da palavra, são o astronauta de natureza densa e o seu engenho espacial, ambos originalmente de natureza física, oriundos de mundo tridimensional como a Terra.
Disso decorre que enquanto o alien não mostrar seu engenho e disser por si próprio a que veio, eventual comunicação psíquica tem potencial para ser considerada apenas de origem anímica ou manifestação de Espírito errante, até que vestígios físicos denotem sua identidade por meio de apresentação do objeto nos céus ou de outra evidência física que possibilite gravações, fotos e filmes. Sem isto, configura-se apenas um \”contatismo\”, não Ufologia (a “logia” pressupõe estudo científico). Em suma, sem o fenômeno UFO não há Ufologia, não se pode estudar o objeto voador para identificá-lo. E sem ver o engenho e a manifestação de seu operador, não há certeza de que o contato seja alienígena, e menos ainda distinguir, com certeza confiável, se de ultra ou de extraterrestre.
Cura médica por alienígenas
Exemplo prático de evolução científica maior que a nossa são as curas por entidades alienígenas. O caso dado aqui foi publicado pela primeira vez em Flying Saucer Review [vol. 13, No. 5, set. / out. 1967, p. 5-6], pelo editor inglês Gordon Creighton. Sua revista estampou um artigo do doutor Olavo Fontes, médico brasileiro que veio falecer alguns meses depois, a 9 de maio de 1968, aos 43 anos, vítima de câncer.
O gastroenterologista era então um pesquisador ufológico de renome internacional, representante no Brasil da Aerial Phenomena Research Organization – APRO (Organização de Pesquisa de Fenômenos Aéreos), entidade norte-americana fundada pela jovem repórter Coral Lorenzen, grupo ufológico dos mais ativos no mundo, com representantes em vários países.
O doutor Fontes tinha recebido uma carta repassada a ele por um amigo, João Martins, jornalista que publicava na famosa revista “O Cruzeiro” a onda ufológica brasileira. A carta era intrigante. O doutor Fontes, quando a recebeu, foi reticente, porque a carta falava em telepatia e ele “não acreditava nisso”, segundo declarou à APRO. Mas algumas ocorrências similares fizeram-no considerar tal possibilidade, embora tenha retido a firme intenção de “entrar a fundo no assunto”, mas a morte não lhe permitiu fazê-lo como gostaria.
Ele conta que João Martins recebeu essa carta, datada de 14 de maio de 1958, e repassou-a a ele, alguns dias depois, porque se tratava de caso médico e exigia conhecimento específico na investigação. Em linhas gerais, a carta trazia o testemunho sobre aterrissagem de disco voador e atividade socorrista de entidades alienígenas a um doente terminal.
A remetente era uma mulher, que por apreciar os artigos do jornalista decidiu contar-lhe sua experiência pessoal. Estava receosa de não ser acreditada, mas jurou que tudo era a mais absoluta verdade. Não mencionou na carta os nomes verdadeiros, para resguardá-los. No artigo, ela recebeu por nome Anázia Maria. Informava ter 37 anos e viver na cidade do Rio de Janeiro. Tinha trabalhado até dezembro de 1957 na casa de um patrão rico, cujo nome não declarava, pedindo desculpas. Ocorre que a filha do patrão tinha câncer no estômago e sofria bastante. Anázia tinha sido admitida como um tipo de governanta, mas sua tarefa principal era cuidar da jovem doente.
A doentinha se submetera a vários tratamentos, mas os médicos declaravam que não havia esperança para o seu caso. Em agosto de 1957, o chefe da família mandou todos para uma pequena fazenda sua, perto de Petrópolis, esperando ver a filha melhorar sob novo clima. Mas os dias passaram, e nada. A jovem não podia sequer alimentar-se, porque seus sofrimentos eram horríveis, somente aliviados com injeções diárias de morfina.
Na noite de 25 de outubro, a remetente lembra-se de que as dores da jovem eram terríveis, com injeções sem efeito. Todos pensavam que fosse morrer. O patrão chorava num canto, quando subitamente uma forte luz clareou o lado direito da casa. Todos estavam reunidos no quarto da jovem, cuja janela era exatamente no lado direito, local em que surgira a forte luz. A única iluminação no quarto era uma pequena lâmpada de cabeceira. Mas, subitamente, se fez ali tanta luz que parecia o facho de uma lanterna potente, apontando para o interior do quarto. Julinho, filho do patrão, foi o primeiro a correr à janela, vendo o disco. O objeto não era grande. E a remetente dizia não ter instrução para informar o diâmetro e a altura do objeto. Acrescentava apenas que a parte superior estava envolvida por uma luminescência amarelo-avermelhada.
Bruscamente, uma porta automática se abriu e dois pequenos seres saíram do disco. Ambos se dirigiram a casa, enquanto um terceiro ficou à porta da nave. Estava anoitecendo e, no interior do disco, pela porta, via-se uma luz toda esverdeada, como a de clube noturno. Os seres, parecendo homens, entraram na casa. Eram baixos, com cerca de 1,20 m de altura, mais baixos que o filho mais novo do patrão, de dez anos. Tinham cabelos longos até os ombros, num tom loiro-ruivo, olhos pequenos e rasgados como os orientais, mas de uma cor viva, esverdeada. Usavam alguma coisa nas mãos, parecendo luvas. Seus trajes eram brancos e pareciam espessos, mas o branco do peito, das costas e dos punhos brilhava, sem que Anázia pudesse entender como.
Então os dois seres se aproximaram do leito da jovem, que nessa altura gemia de dor. Seus olhos grandes e abertos pareciam não entender nada o que se passava ao redor. Ninguém ali se mexia ou falava, ficando presos a uma terrível tensão. Anázia estava no quarto com o patrão e a patroa, mais Julinho, filho do casal, e sua esposa, além de Otavinho, o filho mais novo do patrão, de apenas dez anos.
As entidades se olharam sem dizer palavra, e pararam ao lado da cama da doente. Colocaram as coisas que traziam por sobre o leito, fizeram um gesto para o dono da casa e uma das entidades colocou a mão sobre a sua fronte. O homem, como Anázia soube depois, começou a contar a “eles”, por telepatia, todo o histórico da doença.
O quarto nessa hora estava mergulhado num absoluto silêncio. Então as entidades começaram a iluminar o ventre da jovem com luz branco-azulada, a qual mostrava o interior do corpo. Todos ali viram o que se encontrava dentro do corpo, na região do ventre. E outro instrumento que emitia um som estridente foi apontado na direção do estômago, quando então se pôde ver a úlcera.
A cirurgia durou quase meia hora. Em seguida, a paciente adormeceu e as entidades saíram, mas antes de deixarem a casa foi dito ao proprietário, por telepatia, que ele deveria dar a ela um medicamento, por um mês. Então lhe entregaram uma esfera oca de aço, contendo 30 pequenas pílulas, de cor branca, comprimidos para tomar um ao dia e, no final, haveria a cura. E de fato, a jovem foi realmente curada.
O patrão de Anázia, segundo instruções que recebera das entidades, evitou qualquer publicidade. Em dezembro daquele ano, alguns dias antes dela deixar a casa, a jovem voltou ao médico, o qual constatou que o câncer havia sido curado. Anázia deixou o emprego, mas prometeu guardar segredo. E ressaltou ao jornalista que caso a ocorrência fosse publicada, não haveria consequência, porque os nomes não foram citados. Reafirmou que tudo realmente acontecera e sua patroazinha, avizinhando-se da morte pelo tumor no estômago, na última hora fora salva por médicos alienígenas, os quais usaram um instrumento parecido com lanterna, cujos raios “dissolveram\” o câncer, livrando-a do mal.
Na carta, a remetente ainda conjecturou que os seres já tinham curado muitas pessoas da Terra, por isso não se devia temê-los. Naquela noite, “eles” salvaram a doentinha, e na mesma noite retornaram à nave, partindo para sempre. Para Anázia, em sua simplicidade, os seres vinham de Marte e procuravam por magnésio, material que estaria acabando naquele planeta e seria usado na fabricação de naves espaciais. Segundo ela, ao contrário do que já havia escutado, “eles” não tinham intenção belicosa. E a intenção dela, ao contar os fatos, era apenas colaborar com o jornalista. E assim findou a carta.
Caro leitor, não cabe aqui conjecturar sobre se os seres queriam ou não levar algo da Terra e se teriam vindo mesmo daquele planeta, como presumiu Anázia, porque “eles” nada disseram sobre isso. Cabe apenas considerar o que efetivamente fizeram. No contato efetuado, seu meio de transporte era um disco voador e portavam instrumental cirúrgico desconhecido na Terra; tinham conhecimento científico capaz de curar um doente terminal; as condições ocorrentes na prática cirúrgica foram absolutamente desconhecidas na Terra; denotaram atitude fraterna ao salvar a jovem e ao proporcionar bem-estar à família. Sem dúvida, esse foi o “cartão de visita” deixado pelas entidades, aquilo que se deve considerar de concreto em qualquer análise.
Por certo, não eram espíritos errantes, falecidos na Terra, porque tinham corpo diferenciado, e sendo adultos, mediam 1,20 m de altura, menos que um menino de 10 anos; embora semelhantes ao tipo oriental, diferiam deste pelos cabelos ruivos e olhos esverdeados, não existentes nesse tipo humano. Nos dias atuais, sabe-se de um caso intrigante na China, onde nasceu um menino de olhos claros, chamado Nong Yousui, mas de altura normal e cabelos negros; seus olhos claros e incomuns estão sendo estudados para conhecimento das causas genéticas, pois não se justificam quando observados os pais. Mas não há dúvida de que a ciência encontrará explicação ancestral que remonte tempos primitivos, embora parentes e professores do menino digam que sua visão no escuro exceda a comum.
Diferente dos homens e das espaçonaves terrestres, aquelas entidades de porte e fisionomia diferenciada usavam disco voador. Sua técnica para dissolver o tumor cancerígeno ficou restrita a uma única irradiação, seguida de 30 cápsulas de quimioterapia, diferentes da medicina terrestre. Usaram aparelho que podia ver o interior do corpo e instrumentos que dissolveram o tumor com precisão jamais vista, tudo muito rápido, e sem sangue, sem dor, sem infecção. Algo fantástico e maravilhoso, mas enigmático.
Não obstante tais recursos superiores aos nossos e o feito de cura extraordinário, ainda assim isto pouco esclarece sobre as entidades, senão que eram de uma civilização desconhecida, com saber científico muito avançado e postura fraterno-beneficente muito além da nossa. Em suma, eram seres alienígenas.
A Parapsicologia favorável à interpretação espirítica pode ajudar no entendimento de alguns desses fenômenos, sem restringir todos os feitos ao meio ultrafísico, porque alguns deles podem ser de origem extraterrestre, na verdadeira acepção da palavra; ou seja, alguns podem ser oriundos de um mundo denso, tridimensional como a Terra, mas de distrito espacial muito longe do nosso. E se for assim, somente a Física teórica poderia falar com propriedade sobre essas viagens incomuns, sobre os materiais, aparelhos, instrumentos e engenhos capazes de dar aos astronautas ETs as condições seguras de viagem, resguardando dos perigos corpos e intelectos de “carne e osso”, como nós.
Pedro de Campos é autor dos livros: Colônia Capella; Universo Profundo; UFO – Fenômeno de Contato; Um Vermelho Encarnado no Céu; Os Escolhidos; Lentulus – Encarnações de Emmanuel, publicados pela Lúmen Editorial. E também dos recém-lançamentos: A Epístola Lentuli e Arquivo Extraterreno. E dos DVDs Os Aliens na Visão Espírita, Parte 1 e Parte 2, lançados pela Revista UFO. Conheça-os!
Divaldo narra sua cura, fala de entidade e tecido ET:
João de Deus – Cura espiritual: