Por Cláudio Tsuyoshi Suenaga
O dia em que se completam 50 anos da primeira vez que o homem pisou na Lua, chegou. A comemoração do que foi o apogeu, o momento mais portentoso da história da humanidade, no entanto, está sendo ofuscado pelas teorias conspiratórias que asseguram que tudo foi falsificado. E não são só os conspiracionistas que estão em ascensão desde a disseminação da Internet. A quantidade de pessoas que não acreditam que o homem foi à Lua cresce a cada dia. Um quarto dos brasileiros, ou 25%, não acreditam, o mesmo índice entre os britânicos, revelou uma pesquisa do Datafolha divulgada em 16 de julho. Entre os norte-americanos, o índice é de 20%, e entre os russos, 28%.
Não há como falar na conquista da Lua, portanto, sem entrar no âmbito das teorias conspiratórias dos “arautos da negação” que tentam provar que a histórica façanha transmitida ao mundo em 20 de julho de 1969, assistida ao vivo por 600 milhões de terráqueos embevecidos, não passa de uma enorme fraude da NASA. E antes mesmo desta data tão querida e especial em que se questiona se a NASA tinha ou não capacidade técnica para alcançar a Lua, já havia, em outro artigo publicado aqui no site, por ocasião dos 60 anos da fundação da NASA, mostrado o que de fato ela é, seu lado oculto e suas conexões satânicas.
É preciso reconhecer, em primeiro lugar, que os Estados Unidos, então em desvantagem na corrida espacial – desde que os soviéticos colocaram o primeiro satélite artificial em órbita em 1957 e o primeiro homem no espaço em 1961 –, às voltas com a Guerra Fria e amargando fracassos políticos como a desastrosa invasão da Baía dos Porcos em Cuba e a prolongada Guerra no Vietnã, precisavam desesperadamente de um feito heróico para vencer mais uma batalha contra a ex-União Soviética e por extensão o comunismo. Colocar um homem na Lua era menos um feito científico-tecnológico do que propriamente uma forma de ratificar a supremacia norte-americana para o resto do mundo, deixando patente que não existia país mais poderoso na face da Terra. Geopoliticamente falando, era por demais importante que as palavras de John Kennedy se tornassem reais.
Os técnicos e cientistas que formularam teorias e soluções durante a corrida à Lua, efetuaram experimentos em um mundo bem diferente do nosso, em que conviviam perspectivas que hoje parecem pertencer a horizontes culturais totalmente díspares e que para as novas gerações soam inconciliáveis. Só porque não sabiam e nem podiam saber tanto quanto sabemos hoje, nem possuíam equipamentos tão sofisticados, não significa necessariamente que não possuíam as condições requeridas para levar o homem à Lua, sendo obrigados a recorrerem ao expediente da farsa.
E ainda que tivessem recorrido, haveria aí novas dificuldades, para não dizer impossibilidades. A principal delas seria cooptar milhares de pessoas, entre engenheiros e cientistas, e convencê-las, mediante subornos e ameaças, a montar um esquema gigantesco para ludibriar o público, fazendo-o acreditar que os pousos teriam acontecido, fabricando, manipulando e destruindo provas, incluindo fotos, fitas de telemetria, transmissões de rádio e TV, amostras de rochas lunares, e até mesmo eliminando testemunhas-chave. Ao longo de uma década, 400 mil pessoas trabalharam no projeto Apollo. No final das contas, seria mais fácil – e barato -, ir para a Lua de verdade do que sustentar tamanha mentira.
O astronauta Edwin Eugene Aldrin Jr., o piloto do módulo lunar da primeira missão de pouso lunar, posa para uma fotografia ao lado da bandeira dos Estados Unidos durante uma atividade extraveicular da Apollo 11 (EVA) na superfície lunar em 20 de julho de 1969. O Módulo Lunar (LM) está à esquerda e as pegadas dos astronautas são claramente visíveis no solo da Lua. O astronauta Neil Alden Armstrong, o comandante, tirou esta foto com uma câmera Hasselblad de 70 milímetros. Enquanto os astronautas Armstrong e Aldrin desceram no LM, a “Águia”, para explorar a região do Mar da Tranquilidade da Lua, o astronauta Michael Collins, piloto do módulo de comando, permaneceu com os módulos de comando e serviço (CSM) “Columbia” na órbita lunar. Foto: NASA.
Tanto que os russos, que naquele auge da Guerra Fria tinham todos o motivos para levantar dúvidas sobre o sucesso dos rivais norte-americanos, jamais o fizeram, pois conheciam o estágio da ciência e da tecnologia da época, propiciadora de avanços inegáveis em várias áreas, principalmente nas da microeletrônica e da informática. Muitos dos eletrodomésticos e dos artefatos que usamos atualmente em nosso dia-a-dia, incluindo nossos computadores, não existiriam sem aquela corrida.
Poucos séculos – no cômputo geral da história da humanidade apenas frações de segundo – bastaram ao homem para que conquistasse os mares, os ares e em seguida se lançasse ao espaço. O desembarque na Lua foi o auge desses avanços, um empreendimento que não foi o de uma década apenas, e sim resultante de pelos menos cinco séculos de rigorosos experimentos e conhecimentos científicos acumulados, compilados, combinados e aperfeiçoados. A epopeia da conquista espacial é rica em acontecimentos dramáticos, épicos e portentosos e em heroísmo silencioso. Para tanto, pioneiros de todas as nacionalidades, frequentemente, pagaram com a vida.
Não é obra de um só indivíduo ou de um povo; somente por meio de uma cooperação universal que este imponente quadro do mosaico que é hoje a Astronáutica, pôde ser montado peça por peça.
Entre 1959 e 1976, as sondas das séries Lunik, Ranger e Zond, seguidas pelas missões Apollo, incrementaram consideravelmente os conhecimentos que possuíamos sobre a Lua. Em 27 de janeiro de 1967, Grissom, White e Chaffee morreram no desastre da Apollo 1, mas já no final daquele ano as naves Soyuz e Apollo reformadas estavam novamente prontas para serem lançadas. Três Soyuz e duas Apollo foram até a Lua e voltaram como parte dos preparativos para a alunissagem.
Apesar da insistente e intensiva prospecção promovida pelas diversas missões lunares, não se descobriu a existência de nenhum sinal de organismos vivos na Lua, nem mesmo na forma fóssil. Essa foi uma razão para que se eliminasse, a partir da Apollo 14, o período de quarentena a que eram submetidos os astronautas que de lá retornavam, pois temia-se uma contaminação provocada por um eventual organismo desconhecido que pudesse ser trazido com eles para a Terra.
Depois d
a Apollo 11, foram realizadas mais cinco missões tripuladas bem sucedidas à Lua, a última em dezembro de 1972, com a Apollo 17. Só nesse período, para mandar os doze astronautas, o Congresso estadunidense liberou verbas na ordem de US$ 25 bilhões, e o projeto à Lua como um todo consumiu a bagatela de US$ 110 bilhões.
Em entrevista exclusiva concedida a este autor e ao jornalista, escritor e explorador espanhol Pablo Villarrubia Mauso, o físico e cientista espacial carioca Cláudio Oliveira Egalon, um dos poucos brasileiros a trabalhar na NASA e a ter voado e feito experimentos (com fibra óptica) num avião KC-135, que simula a ausência de gravidade, e que, conforme admitiu, foi influenciado por Neil Armstrong em seu desejo de se tornar astronauta, declarou que “A missão Apollo foi o ponto auge da NASA. Foi quando a NASA recebeu a maior quantia de dinheiro. Até hoje não há nada comparado a missão Apollo. Grande parte do prestígio da NASA se deve a ela.”
Ao todo, 12 foram os homens, todos norte-americanos, que pisaram na Lua. Na ordem: Neil Armstrong e Buzz Aldrin (Apollo 11, por 2h31, em 21 de julho de 1969); Pete Conrad e Alan Bean (Apollo 12, por 7h45, em 19 de novembro de 1969); Alan Shepard e Edgar Mitchell (Apollo 14, por 9h21, nos dias 5 e 6 de fevereiro de 1971); David Scott e James Irwin (Apollo 15, entre 31 e 2 de agosto de 1971, sendo que o primeiro caminhou em solo lunar por um total de 19h03 e o segundo, por 18h33); John Young e Charles Duke (Apollo 16, por 20h14, entre 21 e 23 de abril de 1972); e Eugene Cernan e Harrison Schmitt (Apollo 17, por 22h02, de 11 a 14 de dezembro de 1972).
Para ser astronauta, só sendo maçom
O que poucos sabem é que Armstrong, Aldrin e Collins eram maçons, assim como quase todos os astronautas e técnicos que fizeram parte das primeiras missões da NASA. Inclusive uma bandeira do Rito Escocês do 33º da Maçonaria foi levado à Lua pelo maçom Buzz Aldrin, que usou um anel da maçonaria durante toda a viagem. Fotos mostram Christian Frederick “Fred” Kleinknecht Jr., um maçom do 33º grau, recebendo Aldrin em uma loja maçônica. No verso de um medalhão do Rito Escocês celebrando o 10º aniversário do pouso na Lua, lê-se: “O Supremo Conselho, 33º, Jurisdição Mãe do Mundo, do Antigo e Aceito Rito Escocês da Maçonaria.”
A condição requerida de ser maçom, obrigatoriamente, para vir a ser astronauta, é o ponto inicial e crucial das suspeitas, entre tantas. E não me refiro àquelas que já foram facilmente refutadas pela ciência, como as que se referem à atmosfera lunar (se há vácuo, por que a bandeira americana aparece tremulado nas fotos, se não há atmosfera e o céu é preto, por que as fotos não mostram um horizonte de estrelas, etc.) e às anomalias fotográficas (sombras que não correm paralelamente, áreas iluminadas em zonas de penumbra, etc.). Alega-se também que o Cinturão de Van Allen, erupções solares, vento solar, ejeções de massa coronal e raios cósmicos inviabilizariam por completo uma viagem segura à Lua.
Bill Kaysing, o pioneiro da conspiração lunar
Bill Kaysing
O primeiro a questionar a autenticidade das missões Apollo de maneira aberta e contundente foi Bill Kaysing (1922-2005), um ex-oficial da Marinha dos Estados Unidos com bacharelado em artes que foi contratado como um escritor técnico em 1956 pela Rocketdyne, a empresa que construiu o motor F-1 utilizado no foguete Saturno V. Ele foi chefe da unidade de publicações técnicas no Laboratório de Propulsão da empresa até 1963.
Em 1976, ele lançou o livro We never went to the Moon: America’s tirty billion dollar wwindle (Nós nunca fomos à Lua: A fraude americana de 30 bilhões de dólares), onde calculava a chance de um pouso tripulado bem-sucedido à Lua em 0,0017%. Em vez da Lua, acusava Kaysing, um colecionador do que chamava ser “toda sorte de evidências” – fotos tiradas pelos astronautas, detalhes de engenharia, discussão de físicos, etc. –, os astronautas teriam pisado nas areias do deserto de Nevada, a mesma área apontada pelos ufólogos como sede de uma base governamental subterrânea ultra-secreta (Área 51) para esconder e testar naves extraterrestres acidentadas. Ou seja, a gloriosa foto da pegada em solo lunar seria meramente uma mentira desenhada no deserto.
Capricórnio Um
Em 1978, dois anos depois do livro de Kaysing, a própria indústria cinematográfica de Hollywood – que paradoxalmente tanto alimentou o imaginário e estimulou a ida do homem ao espaço nas décadas anteriores – se encarregou de pôr a NASA em dúvida com o lançamento do filme Capricorn One (Capricórnio Um), do diretor Peter Hyams.
Apesar do roteiro e da produção fracos e dos personagens não muito bem caracterizados, os efeitos visuais e os argumentos soaram convincentes pelo menos para uma parcela do público que ficou encafifada com a história da missão tripulada à Marte que, naquela fase já não tão quente da Guerra Fria, pós-guerra do Vietnã e pós-escândalo de Watergate, quando segmentos do público norte-americano estavam inclinados a duvidar das declarações oficiais, é encenada em um estúdio pela NASA para enganar a opinião pública.
Depois que a missão real falha, saindo fora do previsto, agentes de setores obscuros do governo – antecipando o clima de Arquivo X, série que, aliás, muito contribuiu para semear a paranóia e conferir “credibilidade” e “seriedade” a todo tipo de “conspirações” – entram em cena para caçar e assassinar implacavelmente os astronautas e impedirem que revelem a verdade ao povo. O filme foi produzido pela ITC Entertainment, distribuído pela Warnes Bros. Pictures nos Estados Unidos e pela extinta Brascontinental no Brasil, e estrelado por atores
de peso à época, como Elliott Gould, James Brolin, Sam Waterston e o jogador de futebol americano O. J. Simpson (aquele que, em 1994 foi acusado do assassinato de sua ex-mulher Nicole Brown e de seu amigo Ronald Goldman, tendo sido absolvido após um longo e controverso julgamento), com os três últimos nos papéis dos astronautas.
O predecessor de Capricórnio Um, embora em uma cena breve, foi Os diamantes são eternos (Diamonds are forever, dirigido por Guy Hamilton), em 1971, quando James Bond (Sean Connery), o eterno agente 007, para fugir de seus perseguidores, rouba uma rover lunar de um estúdio no qual astronautas encenam um pouso na Lua!
Sugestivas cenas de Os diamantes são eternos, o sétimo filme da franquia e o último com Sean Connery, lançado em 1971.
Stanley Kubrick, O Iluminado
Em 1980, a Sociedade da Terra Plana acusou a NASA de falsificar os desembarques, argumentando que eles foram encenadas por Hollywood com patrocínio de Walt Disney (1901-1966), com base em um roteiro de Arthur C. Clarke (1917-2008) e dirigido pelo cineasta Stanley Kubrick (1928-1999), que apenas um ano antes da chegada do homem à Lua lançou 2001 – A space odissey (Uma odisseia no espaço), com efeitos especiais nunca vistos antes na história do cinema.
Inspirado no conto The sentinel, do escritor britânico Arthur C. Clarke, autor do roteiro com Kubrick, o filme, ambicioso e pessimista, pretendia-se uma síntese da história humana desde os tempos pré-históricos até a era espacial, mas foi um fracasso de público e de crítica, talvez por seu ritmo lento e monótono e por sua complexidade, até hoje a principal queixa dos que não conseguem entendê-lo. Por ter marcado a ficção científica com sua arrojada concepção visual, rigorosa e realista construção dos ambientes futuristas e contemplativa e psicodélica visão do espaço, Kubrick teria sido contratado para enganar milhares de técnicos e cientistas e bilhões de espectadores.
Filmes posteriores de Kubrick indicariam cabalmente o seu envolvimento e participação na farsa.
Em 1975, ao iniciar o projeto de Barry Lyndon, Stanley Kubrick quis que o seu século XVIII fosse inovador em concepção visual e tão realista quanto possível, no que encarregou o diretor de fotografia John Alcott (1931-1986) a recriar modos de composição e iluminação da pintura da época e a forçar até ao limite a não utilização de luz artificial para “compensar” problemas decorrentes dos espaços menos iluminados. Alcott já tinha trabalhado como operador em 2001: Uma odisseia no espaço (1968), fotografado pelo mestre britânico Geoffrey Unsworth (1914-1978), e fotografado Laranja Mecânica (1971). A sua derradeira colaboração com Kubrick ocorreria em Shining (O Iluminado, 1980).
Nas cenas de interiores, em particular os jogos de cartas de Barry Lyndon, Kubrick insistiu em filmar apenas com a luz das velas. A solução encontrada foi sugestiva. Kubrick recorreu à companhia alemã Zeiss, que tinha desenvolvido lentes especiais (Carl Zeiss 50mm f/0.7) para a NASA, isso mesmo, de acordo com as condições em que os astronautas iriam fotografar a Lua: a grande abertura de diafragma permitia obter excelente definição sem perda de profundidade de campo e a lente era a única capaz de filmar na escuridão total. Graças a algumas adaptações, tais lentes foram a marca de Barry Lyndon, que proporcionou a Alcott o Oscar de melhor fotografia de 1975.
Mensagens subliminares e em código no filme O Iluminado teriam sido inseridas propositalmente por Kubrick como uma espécie de mea culpa, uma confissão de que ajudou a encenar o pouso na Lua, cujos enquadramentos são muito parecidos, para não dizer idênticos, aos de seus filmes. A alucinação de Jack Torrence (Jack Nicholson) seria a do próprio diretor consumido pela culpa. Outras pistas seriam o emblema da nave Apollo 11 no pullover do garoto Danny e elementos decorativos com formas de foguete. O quarto 237 (o número foi ideia de Kubrick) seria referência à distância de 237 mil milhas entre a Terra e a Lua. O “Room N 237” escrito na chave remeteria a “Moon Room 237”, o “quarto da lua 237”, referência ao estúdio onde foi produzido o falso pouso lunar, com sobras do clássico 2001.
Cena de O Iluminado com o garoto Danny usando um pullover com o desenho da Apollo 11.
Kubrick morreu enquanto dormia, devido a um ataque cardíaco, em 7 de março de 1999 aos 70 anos, apenas 5 dias depois de mostrar o corte final do que seria o seu último filme para o estúdio. E esse filme foi Eyes wide shut (De olhos bem fechados), adaptado do romance escrito por Arthur Schnitzler, chamado Traumnovelle, e protagonizado pelo então casal número um dos Estados Unidos, Tom Cruise e Nikole Kidman.
Há quem diga que Kubrick foi na verdade assassinado por ter ido longe demais ao revelar o submundo da elite ocultista illuminati e seus rituais satânicos. Kubrick filmou o ritual na mansão Mentmore Towers, construído no século XIX como uma casa de campo por membros da família de banqueiros Rothschild, isso mesmo. É sabido que os Rothschilds tom
avam parte de eventos mascarados muito semelhantes ao mostrado em De olhos bem fechados – veja abaixo a foto de uma festa de 1972 dada pela socialite francesa Marie-Hélène Naila Stephanie Josina de Rothschild (1927-1996).
A música tocada na sequência do ritual é Backwards Priest da divina liturgia da Igreja Ortodoxa Romena, executada no sentido inverso, algo típico do satanismo. Uma liturgia cristã é executada ao mesmo tempo de forma invertida antes da orgia generalizada que se seguirá, uma forma de profanação. Por trás das máscaras venezianas, estavam altos membros da política, negócios e indústria do entretenimento.
Cenas do ritual satânico de Eyes Wide Shut
Bart Sibrel
A funny thing happened on the way to the Moon (Algo engraçado aconteceu a caminho da Lua, 2001), produzido pelo controverso documentarista e jornalista investigativo Bartholomew Winfield Sibrel, mais conhecido por Bart Sibrel, notório por abordar astronautas em eventos e fazê-los jurar sobre a Bíblia, no que até chegou a levar um soco de Buzz Aldrin, não insiste em questionamentos batidos, como as discrepâncias nas fotos da NASA e o envolvimento do diretor Stanley Kubrick na armação, mas comprova a farsa com imagens de uma fita da Apollo 11, crua e sem edição, que a NASA lhe enviou “por engano” e que mostra os astronautas no interior da nave encenando parte da missão, como se estivessem a caminho e próximos da Lua, quando estavam em órbita da Terra.
O momento mais revelador é quando malandramente simulam filmar a Terra bem distante, uma pequena bola azul no espaço, usando o simples truque de apagar as luzes do interior da cabine, fechar as janelas para tapar a luz do Sol e filmar apenas uma escotilha, à distância, com a Terra ao fundo focada apenas em parte de sua superfície. Sibrel exibiu essa fita ao ex-astronauta Edgar Mitchell (1930-2016), o sexto homem a pisar na Lua, como piloto do módulo lunar Antares na missão Apollo 14, em 9 de fevereiro de 1971, que ao ver as cenas expulsou Sibrel de sua residência a pontapés e xingamentos.
A reação de Aldrin foi parecida. A NASA não refutou essa história até hoje, e a Rússia, que reconhecia ter perdido a corrida espacial à Lua para os EUA, abriu em 2015 uma investigação oficial sobre a veracidade das missões Apollo. Sibrel sustenta que a tripulação da Apollo 11, bem como os astronautas das missões seguintes, falsificaram suas órbitas em torno da Lua e seus passeios em sua superfície via fotos trucadas, e que eles não foram além de metade do caminho à Lua.
Em Os astronautas se tornam loucos (Astronauts gone wild, 2004), continuação de Algo engraçado aconteceu a caminho da Lua, Bart Sibrel confronta pessoalmente oito astronautas da NASA, que reagem de maneira violenta e não condizente com o comportamento que seria esperado de homens “eleitos” e equilibrados suficientes para irem ao espaço. Sibrel foi agredido fisicamente por dois astronautas e ameaçado de ser assassinado por outro… tudo diante das câmeras! Sibrel atestou que esses homens não são os “heróis” honrosos que parecem ser, ao contrário, são meros atores, fingidores raivosos e violentos que não hesitam em partir para a ignorância ao verem seus atos mentirosos e malignos expostos.
Aos 8:58, o astronauta Buzz Aldrin é confrontado com o filme que mostra ele e seus dois companheiros (Armstrong e Collins) no interior da nave encenando parte da missão Apollo 11, como se estivessem a caminho e próximos da Lua, quando estavam em órbita da Terra. Aldrin reconheceu a fraude pensando que estava em off, com a câmera desligada. Quando Aldrin percebeu que havia feito uma admissão de culpa, ameaçou processar Sibrel se a entrevista fosse exibida publicamente… Aos 40:29, Sibrel ofereceu ao astronauta Neil Armstrong US$ 5.000 em dinheiro para doar à sua instituição de caridade favorita, bastando que jurasse sobre a Bíblia que ele realmente pisou na lua.
Em atitude surpreendente, Armstrong se recusou a ajudar a instituição de caridade com apenas uma declaração formal do que é suposto ser verdade. Aos 13:40, o astronauta Alan Bean (1932-2018), o quarto homem a pisar na Lua (em novembro de 1969, com a Apollo 12), acidentalmente reconheceu que ele nunca saiu da órbita da Terra e afirmou enfaticamente que não viajou através dos Cinturões de Radiação Van Allen, que estão a mais de 40.000 quilômetros além da órbita da Terra. Quando sua hipocrisia ficou patente, fez uma fraca tentativa de se recuperar de seu erro.
Aos 48:32, o astronauta “holístico” e “pacificista” Edgar Mitchell agrediu violentamente Sibrel por trás com um chute e ameaçou pegar sua arma e atirar nele! Esquecendo-se que o microfone sem fio ainda estava ligado depois que ele fechou a porta e Sibrel saiu, o áudio confidencial revelou Mitchell e seu filho conversando sobre acionar seus amigos na CIA para assassinar Sibrel. Com ironia e deboche, Sibrel disse que “Não é justo que meus impostos sejam usados para pagar meu próprio assassinato!”
No final de Astronauts gone wild, Sibrel apresenta um pequeno filme cômico que ele criou chamado Getting waxed, inspirado na ameaça do astronauta Mitchell, no qual a CIA o persegue para seus desonestos propósitos. Ainda que os métodos de abordagem de Sibrel sejam por vezes um tanto intrusivos, a reação dos astronautas é desproporcional e, como disse, não condizente com homens da estatura que todos acreditam que sejam.
Arquivo X: A verdade está aqui
E até o revivido seriado Arquivo X, naquele que foi o primeiro episódio de sua 11ª temporada, “My Struggle III” (Minha Luta III), escrito e dirigido por Chris Carter e que foi ao ar em 3 de janeiro de 2018 na Fox, causouconsternação logo na abertura após o solilóquio que se encerra com imagens revelando que não apenas o pouso na Lua de 1969 foi feito em estúdio, mas também que o “Canceroso” estava presente na sessão de filmagem!
Cena de My Struggle III
A Mulher na Lua, de Fritz Lang
Em 1929, três anos depois de ter realizado Metropolis, uma antevisão alegórica da sociedade industrial sob controle totalitário, o alemão Fritz Lang (1890-1976) faria aquele que é considerado o primeiro filme de hard science-fiction (que procura se ater o mais fielmente possível aos conhecimentos científicos vigentes): Frau im Mond (A Mulher na Lua), baseado no livro de sua então esposa, Thea von Harbou (1888-1954), que também colaborou no roteiro.
Quarenta anos antes da Apollo XI, Lang imaginou como seria a chegada do homem à Lua (ou melhor, de uma mulher, três homens, um menino e um velho cientista), no que contou com a consultoria do cientista precursor da astronáutica Hermann Oberth (1894-1989), que viria a ser o professor de Wernher von Braun (1912-1977), o inventor dos foguetes V-2 e responsável pelo Projeto Apollo.
Foi este filme que introduziu os conceitos da contagem regressiva e do foguete com partes se desprendendo em estágios (adotados e usados até hoje pela NASA). Também foi este filme que mostrou, pela primeira vez, os efeitos da força centrífuga e da ausência de gravidade em um voo espacial (que passariam a ser levados em conta pelos futuros filmes de viagens espaciais), além de roupas pressurizadas e tanques de oxigênio para uso dos astronautas.
O filme se equivocou, no entanto, ao mostrar a existência de atmosfera respirável, diamantes brutos, grandes pepitas de ouro e até de água em abundância na Lua. Curiosamente, Oberth até tentou, mas não conseguiu, devido aos limitados recursos tecnológicos da época, construir um foguete de verdade para lançar ao espaço durante as filmagens.
Cena de A Mulher na Lua, de Fritz Lang.
A NASA teria seguido à risca o roteiro de Júlio Verne escrito 104 anos antes?
Em 1902, sete anos depois da histórica primeira sessão dos irmãos Jean Louis (1864-1948) e Auguste Marie Louis Nicholas Lumière (1862-1953), o prestidigitador e caricaturista francês George Méliès (1861-1938) marcaria o verdadeiro início do cinema como espetáculo com sua Le Voyage dans la Lune (Viagem à Lua), baseado no livro de Júlio Verne (1828-1905). Mas não foi fácil convencer os irmãos – e os irmãos deles – a vender-lhes os direitos de utilização do cinematógrafo. Conta a lenda que o velho Antoine Lumière, pai de Louis e Auguste, tentou dissuadi-lo, dizendo que o cinematógrafo era um invento sem futuro. Méliès foi obrigado a negociar os direitos com o pioneiro inglês que também desenvolveu o seu modelo para fabricação e projeção de imagens em movimento.
Seja como for, é com Méliès que surgem os primeiros seres do espaço numa tela de cinema. O foguete de Méliès – uma indisfarçável produção de fundo de quintal – desce numa Lua com cara humana, furando o seu olho. Em seguida, surgem os habitantes da Lua, um bando de selenitas. Viagem à Lua já trazia cristalizadas duas constantes do cinema de ficção científica: sua proximidade com a literatura e a capacidade de prever e questionar conquistas ou situações futuras.
Dos livros de Júlio Verne, nenhum é tão profético quanto Da Terra à Lua, de 1865. Os que leram a “ficção” e acompanharam o desembarque dos primeiros norte-americanos no satélite, em 20 de julho de 1969, ficaram com a sensação de que a NASA seguira um roteiro traçado 104 anos antes.
Tanto a Apollo 11 como a cápsula de Verne levava três tripulantes. As dimensões das cápsulas eram bastante aproximadas. A concha de alumínio, em forma de bala, media 4,8 metros de altura e 2,7 de diâmetro; a Eagle (Águia) media 3,7 metros de altura e 3,9 de diâmetro. Os pontos de lançamento diferiram em apenas 1 grau. Verne escolheu um lugar na Flórida a aproximadamente 27º de latitude; Cabo Kennedy também fica na Flórida, a 28º de latitude. A viagem de Verne durou exatamente 97 horas, 13 minutos e 20 segundos; a da Apolo 11, o dobro – 195 horas e 18 minutos.
Antes do pouso, as cápsulas orbitaram a Lua e tiraram fotografias da superfície. Os homens de Verne traçaram um mapa do Mar da Tranquilidade, onde Neil Alden Armstrong (1930-2012) e Buzz Aldrin (1930-) – Michael Collins (1930-) ficou no módulo de comando – permaneceriam 2 horas e 10 minutos, período em que recolheram amostras de pedras e poeira (27 kg ao todo) e instalaram uma uma câmera de tevê, uma bandeira dos Estados Unidos, uma placa com mensagens e saudações, um sismógrafo, um refletor de raios laser, uma antena de comunicação e um painel aluminizado para estudo da radiação solar. De volta à Terra, ambas as cápsulas caíram no Oceano Pacífico. A preocupação maior de Verne estava centrada na empreitada em si – um esforço internacional – e nos detalhes da viagem.
A missão original EVA, da NASA, que começou às 10h39min33seg da tarde na histórica data de 20 em julho de 1969, quando o astronauta Neil Armstrong emergiu do módulo lunar Eagle (Águia), mostra os astronautas da Apollo 11 realizando várias tarefas durante operações de Atividade Extraveicular [Extravehicular Activity (EVA)] na superfície da Lua.
A EVA durou aproximadamente 2,5 horas com todas as atividades científicas sendo concluídas satisfatoriamente. Durante a descida, a missão liberou um conjunto de equipamentos armazenados no estágio de descida do módulo lunar. Uma câmera neste módulo forneceu cobertura televisiva ao vivo do primeiro passo de Armstrong na Lua.
Durante esta primeira visita a Lua, os astronautas permaneceram a cerca de 100 metros do módulo lunar, coletaram cerca de 21 kg de amostras e levaram a cabo quatro experimentos. Depois de passarem cerca de 2 horas e 31 minutos na superfície, os astronautas encerraram a EVA às 21h11min13seg de 21 de julho. Confira no vídeo oficial da NASA restaurado todos os momentos da missão e conclua você mesmo se tudo passou ou não de uma fraude.
Fotos extras por Claudio Suenaga
O astronauta Neil Armstrong, usando uma Unidade de Mobilidade Extraveicular, participa de uma simulação de implantação e uso de ferramentas lunares na superfície da Lua durante um exercício de treinamento no Edifício 9 em 22 de abril de 1969. No fundo, um mock-up do módulo Lunar. (Imagem: © NASA)
Na preparação da primeira missão de pouso lunar, os tripulantes da Apollo 11 foram treinados para praticar atividades que estariam realizando durante a missão. Nesta fotografia, Neil Armstrong, em seu traje espacial, pratica a volta ao primeiro degrau da escada do Módulo Lunar. Crédito de imagem: NASA.
Os astronautas da Apollo 11 posando em um modelo da lua em 1969. Da esq. para a dir.: Buzz Aldrin, Michael Collins e Neil Armstrong. Foto de Ralph Morse / The LIFE Picture Coleção / Getty Images.
Será que pousamos mesmo na Lua com esta geringonça em forma de aranha forrada em quase toda a superfície externa (à exceção do topo), incluindo plataforma, escada, motor de descida e protetor térmico, com mantas de âmbar (preta, prata e vermelha) e Kapton dourado aluminizado (filme de poliimida desenvolvida pela DuPont no final dos anos 60 que permanece estável em uma ampla gama de temperaturas, de ?269 a +400 ° C, e é por isso usado, entre outras coisas, em circuitos impressos flexíveis e cobertores térmicos de espaçonaves, satélites e instrumentos espaciais para isolamento térmico)? Se sim, meu Deus! Quanta bravura, quanta coragem de Armstrong e Aldrin! Em certos pontos, a parede da Águia era tão fina quanto uma folha de papel (!), isso mesmo, para que a estrutura fosse tão leve quanto possível, motivo pelo qual os astronautas tiveram de tomar cuidados redobrados para não baterem em nada, o que foi muito difícil em um ambiente tão apertado, tão apertado que não havia assentos para a tripulação (!) e durante as fases de voo motorizado tiveram de ficar amarrados no lugar por cabos de mola fixos no chão! Para dormirem, quando na superfície, usavam uma rede dependurada (!), como beliches, cruzando uma sobre a outra! Acredite ou não, esta é uma foto oficial da NASA do módulo Eagle (AS11-40-5922), tirada com uma câmera Hasselblad e liberada só recentemente (em 2015) dos arquivos do Projeto Apollo.
Fonte: ClaudioSuenaga.com.br