Por Pedro de Campos
A fundação FIGU – sigla alemã de “Freie Interessengemeinschaft für Grenz und Geisteswissenschaften und Ufologiestudien” (Livre Comunidade de Interesses para as Fronteiras da Ciência, Estudo do Espírito e Ufologia) –, lançou em 1988 o livreto A Verdade sobre Billy Meier, cujas informações foram atualizadas em anos posteriores e colocadas em seu site recentemente. Trata-se de episódios e informes da vida de Eduard Albert Meier, o mais famoso contatado suíço da Era Moderna dos UFOs. Neste texto, vamos observar o que há de mais importante no polêmico Caso Billy Meier.
Meier é cidadão suíço, nasceu em Bülach, a 3 de fevereiro de 1937. O cognome Billy fora dado por seus amigos, em homenagem aos heróis norte-americanos do velho oeste. Seus contatos com seres alienígenas começaram cedo. Tinha apenas cinco anos quando viu um UFO pela primeira vez. Desde então, passou a ouvir vozes que não conseguia entender. Aos sete anos, sua experiência intensificou-se, recebendo por telepatia os ensinos de Sfath, um ser do tipo humano que com ele se comunicava, dizendo ter vindo da Constelação das Plêiades. Por onze anos Meier ouviu as suas mensagens e, depois, elas silenciaram, em 1953. Anos depois, Meier seria informado de que Sfath era um ser venerável, um sábio na verdadeira acepção da palavra, mas como qualquer outro mortal sua hora havia chegado e ele partiu para a vida espiritual.
Meses depois, quando já contava 18 anos, outros contatos telepáticos foram captados, vindos agora de uma alienígena chamada Asket, que se dizia oriunda do planeta Timar, do sistema da estrela Akon, e estaria num segmento paralelo ao nosso, num cosmos denominado Universo Dal. Ela continuou a instruí-lo por onze anos. Meier diz que essa entidade feminina o guiou por intuição a vários países, para que aprendesse as crenças e as culturas de outros povos. Passou por experiências puramente terrenas, indo parar na Legião Estrangeira. Viajou muito. Foi ao Oriente Médio. Esteve na Turquia e na Síria. Deteve-se em Jerusalém, em Belém e na Jordânia, onde, em 1963, encontrou-se com Asket, no deserto.
Foi depois ao Iraque, Paquistão e Índia. Em 3 de julho de 1964, na localidade de Mehrauli, Nova Dehli, Meier fotografou uma nave do Universo Dal. Essa localidade seria para nós uma não-localidade, uma espécie de “cosmos vazio”, um mundo paralelo ao nosso. Dele, Asket procederia, e de lá entraria no nosso, ficando absolutamente material. Asket teria capacidade de materializar e desmaterializar as coisas sólidas, de transferir corpos sólidos por levitação ou teleportá-los por fragmentação molecular, bem como de viajar no tempo. Independente do seu Universo Dal e do nosso, ela informou que há outros Universos, e que apenas uma barreira natural separaria uns dos outros, os quais poderiam ser interligados artificialmente. Contudo, ainda em 1964, os contatos telepáticos de Asket cessaram por completo, ficando assim por um período de onze anos.
Na Índia, querendo conhecer de perto aquela humanidade, Meier sofreu grave acidente, em 1965, tendo perdido o braço esquerdo e ficado com sérias limitações físicas, fato que lhe marcaria por toda a vida. Foi à Grécia e conheceu Kalliope, com quem se casou; depois voltou à Suíça, para constituir família com ela, a qual lhe deu os filhos Gilgamesha, Atlantis-Sokrates e Methusalém.
Primeiros contatos de Semjase
A 28 de janeiro de 1975, em sua chácara na Suíça, iniciaram-se os contatos com Semjase, uma alienígena das Plêiades, com cabelos louros, compridos, de aspecto humano, jovem e bonita. Na primeira vez, de modo invisível, ela sensibilizou a sua mente, dentro de casa, e Meier ouviu vozes na cabeça. Ao sair, seguindo as instruções telepáticas, viu a espaçonave nos céus. Em seguida a nave pousou. Semjase saiu e ambos travaram diálogo. Ela informou que não queria nada em especial, apenas lhe mostrar sua existência e ensinar-lhe as coisas da vida no cosmos e as do espírito. Era como se eles já se conhecessem há muito. Os contatos seguintes de Semjase obedeceram ao mesmo esquema, tendo excedido a uma centena. Em várias ocasiões, ela teria levado Meier a conhecer outros distritos espaciais, outras Terras habitadas e planetas do Sistema Solar.
Por inúmeras vezes foi permitido a ele fotografar a nave durante as manobras de voo. Meier tirou milhares de fotografias com qualidade clara e perfeita, como jamais vistas até então. Dessas experiências, escreveu milhares de páginas contendo diálogos com Semjase, a qual satisfez as curiosidades dele, dando informações sobre a história da Terra e das civilizações, sobre aspectos científicos ligados à sua visita e tópicos espirituais explicando as coisas da alma. Isso conquistou Meier. E em razão de seu pequeno conhecimento, ficou nele a certeza de ser ela uma espécie de mensageira da Sabedoria Universal.
Várias mensagens recebidas e inúmeras fotos que tirou foram publicadas em jornais e revistas do porte da Der Spiegel, e em periódicos de grande circulação no mundo. Em pouco tempo, sua chácara passou a ser intensamente visitada. Tornou-se o local favorito de pesquisas ufológicas, recebendo ufólogos, simpatizantes de UFOs, contatistas de várias filosofias, peritos científicos e curiosos de o todo tipo. O editor da Revista Ufo visitou Meier em abril de 1998.
As pesquisas ufológicas permitiram levantar elementos materiais que foram detidamente examinados em laboratórios de conceito internacional. Diante das evidências, não foram poucos os que ficaram convencidos da realidade dos fenômenos. E não demorou muito para as redes de televisão de vários países chegarem ao local e produzirem documentários que seriam exibidos em todo o mundo. O Caso Billy Meier foi motivo de inúmeras palestras, seminários e programas de rádio e tevê, além de ser objeto de filmes, livros, jornais e revistas, tornando-se um dos casos mais documentados e discutidos da Ufologia.
Semjase dizia vir do planeta Erra, do aglomerado as Plêiades, distante cerca de 500 anos-luz. Informava que os habitantes daquele orbe eram semelhantes ao homem e mais evoluídos. E que milhões de anos antes de habitarem naquele planeta, estando então em seu distrito espacial de origem, tinham entrado em guerra e destruído sua civilização. Antes, porém, deixaram o orbe natal e espalharam-se no cosmos. Uma das espaçonaves chegou ao planeta Erra e iniciou uma nova civilização.
Segundo informou, Erra seria pouco maior que a Terra, estaria a 80 anos-luz do aglomerado principal das Plêiades, mas numa outra configuração do espaço-tempo (outra dimensão). Sua população seria em torno de 500 milhões de habitantes semelhantes ao homem, apenas um pouco mais altos e mais espiritualizados. Seu ciclo de vida superaria o do homem em uma dúzia de vezes. Semjase dizia ter 330 anos e ainda era jovem – os pleiadianos poderiam chegar a 1000 anos de idade.
Para Meier, Semjase aparentava 32 anos, media 1,70m e falava um alemão perfeito, mas com sotaque distinto. Podia ser confundida em nosso meio com qualquer mulher do tipo nórdico, pois sua única característica diferente é as orelhas, cujos lóbulos são alongados, mas os cabelos longos se encarregam de encobrir.
A viagem insólita
Convém lembrar que qualquer pessoa bem informada sabe que uma nave espacial, voando nos moldes idealizados pela nossa ciência teórica, fazendo uma hipotética viagem com velocidade próxima da relativista, levaria milhares de anos para chegar à Terra. Contudo, não obstante as distâncias monumentais, os pleiadianos diziam chegar à Terra quase sem gastar tempo.
Certa feita, por curiosidade, Meier indagou a Semjase como seria possível viajar tão rápido. Ao que foi informado de que “eles” eram capazes de alcançar velocidades variadas, milhões de vezes mais altas que a da luz. Quando Meier divulgou isso aos mais íntimos, a surpresa foi enorme.
É que a nossa teoria geral da relatividade, publicada por Einstein, em 1915, quando comparada ao conhecimento alien na época dos contatos de Meier, em 1975, por certo estaria ainda incompleta para contemplar uma viagem de 500 anos-luz em tempo quase instantâneo. E qual não foi a surpresa dele quando Semjase, em seu quarto contato, deu alguns detalhes da insólita viagem:
“Para viajar pelo espaço cósmico é preciso de impulso que exceda a velocidade da luz muitas vezes. Mas essa propulsão só pode entrar em ação depois de atingida a velocidade da luz. Isso significa que uma nave precisa ao menos de dois impulsos – um normal, que forneça aceleração até a velocidade da luz, e um segundo que poderia ser chamado de ‘hiperimpulso’. Com ambas, somos capazes de paralisar o tempo e o espaço concomitantemente, os quais se tornam nulos. Somente quando o tempo e o espaço deixam de existir somos capazes de transpor distâncias de anos-luz em uma pequena fração de tempo. Isso é feito tão instantaneamente que as formas de vida não se apercebem como tais.
“O motivo de atingirmos a Terra em sete horas deve-se ao fato de primeiro precisarmos voar longe no espaço, antes de podermos converter e atingir a hipervelocidade. Então, depois de atingido o ponto, mas ainda fora do seu Sistema Solar, saímos do hiperespaço e voamos para cá com impulso inferior. Não tenho permissão para dar maiores detalhes”. Mas Semjase finalizou adiantando apenas que o segundo impulso obedeceria ao princípio do “táquion”, nome científico conhecido na Terra, conforme registrou Gary Kind [Anos Luz, Best Seller, 1987, p.171].
Mas o que um homem como Meier, com instrução apenas até o sexto ano primário, poderia argumentar para obter informações sobre tal tecnologia? Ao longo dos vários contatos, os diálogos efetuados o fez escrever milhares de páginas, pensando que assim pudesse ajudar os pesquisadores científicos na compreensão de fatos tão incomuns. Ele queria mostrar ao público como o extraordinário se apresentara a ele, mas iria cometer exageros, segundo alguns pesquisadores, que lhe deixariam em situação de baixa credibilidade.
A “Síndrome dos Contatados”
Em situações semelhantes às vividas por Meier, com experiências tão fora do comum, outras testemunhas do Fenômeno UFO denotaram certo desequilíbrio, fato que deu origem aos estudos que culminaram por denominar tal inconveniente de “Síndrome dos Contatados”. Uma fascinação seria capaz de tomar conta da testemunha (e, inclusive, de pessoas próximas a ela), levando-a a cometer pequenas impropriedades, com objetivo de tornar o evento ET mais palpável, fornecendo evidências mais consistentes para sensibilização de terceiros.
Pesquisas mostraram que vários contatados (encontros de terceiro grau) ou abduzidos (contatos de quarto grau), após certo tempo denotavam distúrbio psicótico derivado da situação inusitada pela qual passaram ou foram submetidos. Concluiu-se que a própria divulgação de suas experiências ao público poderia causar-lhes brusca modificação no modo de vida, sentindo-se na obrigação moral de explicar e oferecer evidências da experiência que alegavam ter passado. Não raro, querendo ser convincentes, forjavam evidências e faziam alegações absurdas, às vezes mentirosas. Nesse ponto, a “Síndrome” parecia instalada.
O Caso Billy Meier não se mostrou diferente de vários outros que se tornaram clássicos da Ufologia. Alguns peritos, examinando o material que lhes chegaram às mãos, e, diga-se de passagem, parte desse material teria sido produzido por seguidores de Meier (outros dizem que eram simulações feitas por pesquisadores, como mostra em filme o coronel Wendelle Stevens), detectaram que várias fotos de naves tinham sido forjadas.
Um dos pesquisadores, dentro da casa de Meier, examinando seu álbum fotográfico junto com ele, achou uma foto em que aparecem três bonitas modelos e, uma delas, Meier dizia ser parecida com a pleiadiana que contatara. Isso deu margem a inúmeros comentários de fraude, dizendo que ele estava apaixonado pela modelo. Considerou-se, então, que a citada “Síndrome” já o havia acometido.
À boca pequena, os murmúrios davam conta de que tantos queriam saber como era a alienígena, que Meier se sentiu na obrigação de satisfazê-los. E que, para isso, a foto de uma modelo fisicamente parecida com Asket fora aproveitada. A fisionomia de Asket passou então a ser conhecida do público, o qual, ajudado pelos opositores de Meier, acabou por fazer grande confusão, trocando Asket por Semjase que jamais se deixou fotografar. Quando os pesquisadores descobriram a possibilidade de fraude, todas as fotos que Meier havia tirado e todos os seus testemunhos sobre os encontros caíram por terra, ficando ele em total descrédito.
De fato, em 1998 o ufólogo Kal Korff descobriu que a moça da foto tinha participado do programa Dean Martin Show em meados dos anos de 1970. Após 23 anos, Meier daria explicações sobre as fotos, dizendo que os negativos ele havia entregado ao fotógrafo Schmid Herr, da região de Rhinevalley, na Suíça, para reprodução. Mas Herr, quando a farsa veio a público, alegou ter sofrido graves ameaças. Disse que os chamados Homens de Preto (MIB) teriam lhe obrigado a adulterar as fotos com as imagens de Michelle DellaFave (\”Asket\”) e Susan Lund (a moça de cabelos escuros ao lado na foto, que recebeu o apelido de \”Nera\”), do grupo The Golddiggers, para desmoralizar o contatado.
Meier alegou que na época não percebera a falsificação na foto, porque a moça era muito semelhante. “Tinha sido escolhida a dedo para a farsa ser descoberta depois e, assim, ridicularizar Meier”, registrou a FIGU. E a Fundação saiu em defesa de Meier, publicando um texto detalhado, no qual explicou a impropriedade dos opositores, e um vídeo mostrando o que teriam feito a Meier.
A instituição ressaltou que o contatado tinha sido alertado pelos aliens de haver nos Estados Unidos duas moças sósias das pleiadianas. E que esse alerta ficara registrado no Contato nº 39, de 3 de dezembro de 1975, e no de nº 69, de 1976, publicados antes da foto forjada, o que acrescentaria credibilidade à versão de Meier. Contudo, isso não ajudou muito, poucos arriscam dizer hoje que os seus contatos foram verídicos; mas, com certeza, todos sabem que mesmo uma simples suspeita de impostura, quando alegada de modo inteligente, é capaz de colocar tudo a perder na Ufologia, exigindo evidências muito consistentes que mostrem o contrário.
É verdade, também, que a grande maioria dos ufólogos críticos de Meier jamais esteve pessoalmente com ele ou fez detida pesquisa ufológica em sua chácara na Suíça, por dias a fio. Mas aceitaram as sugestivas evidências de uns poucos pesquisadores que estiveram no local, cuja ideologia era contrária ao contatismo e à filosofia de Meier antes mesmo do início das pesquisas, e concluíram mais as próprias convicções preconcebidas do que a verdade dos fatos.
Não obstante a “Síndrome” que talvez tivesse acometido Meier num dado tempo de suas exposições públicas, ou os atos impróprios de certos pesquisadores que teriam pendurado pequenos modelos de naves para fotos e filmes simulando a casuística como se ele as tivesse produzido, os seus opositores colocaram tudo no mesmo saco e deram todas as evidências como forjadas.
Uns o qualificaram de louco, mas nenhum deles provou a suposta loucura com exames clínicos, oferecendo as mesmas provas que exigiam de Meier. Outros, desacreditando as suas narrativas, ora porque não se julgassem capazes de filtrar a verdade, ora porque seriam incapazes de aceitar o contatismo sem ver a nave nos céus, colocaram nele “o estigma da má-fama e fizeram dele um holofote para angariar luz própria – sem Meier, não existiriam; com ele, seriam notados”, conforme alegaram os seus defensores.
Mas o fato é que tais opositores levantaram sérias evidências acusatórias, mostrando em palestras bem elaboradas, com grande poder de convencimento público, pequenos artefatos e modelos que simulavam naves para forjar fotos. Contudo, a verdade cada qual deve concluir por si mesmo, pesando os prós e os contra.
Evidências físicas consistentes
Por vezes, Meier divulgou que os pleiadianos não se mostravam ao público temendo uma reação oficial. Para “eles”, os governos de países militarizados se sentiam inseguros e podiam reagir de modo prejudicial. Em razão disso, as evidências físicas precisavam ser garimpadas, mas havia muitas fotos, filmes e relatos da visita, embora não houvesse o mais contundente – a exibição da nave nos céus, para observação do público. Na região da chácara, havia apenas um ou outro testemunho, mas de pouca evidência, obtida por algum morador do local.
Em 1977, Meier teria recebido uma prova irrefutável dos alienígenas – um pedaço de metal que seria comum no planeta Erra. Então tratou de entregar o espécime a um grupo de ufólogos que lhe parecia isento de preconceito e realmente interessado na pesquisa séria, feita em laboratório.
O grupo de ufólogos era formado por Lee Elders, líder da equipe e perito em contra-espionagem industrial no Arizona, e sua jovem esposa Brit Elders, especialista em eletrônica, além de Tom Welch, educado por jesuítas e filho de conceituado agente do FBI especializado em investigações complexas, foi o que mais se deteve nas investigações de campo, e do coronel norte-americano da reserva Wendelle Stevens.
Wendelle, mais tarde, se encarregaria de escrever quatro volumes contando as coisas de Meier: Message from the Pleiades – the contact notes of Eduard Billy Meier (Mensagem das Plêiades – as notas de contato de Eduard Billy Meier); e um volume de UFO… Contact from the Pleiades (UFO… Contato das Plêiades), em parceria com Lee Elders, além de DVDs e vídeos com a participação de mais pesquisadores. O coronel Wendelle iniciou seus estudos do Caso em 1978 e prosseguiu, ininterruptamente, por cinco anos, tornando-se um dos maiores especialistas do assunto.
De fato, o grupo entregou a amostra do metal alienígena a um dos melhores especialistas do mundo, Marcel Vogel, do Laboratório de Pesquisas da IBM, na Califórnia, onde foi exaustivamente examinado ao microscópio eletrônico e ensaios de metalurgia. A conclusão divulgada foi: “No espécime há uma composição de prata e cobre muito cristalina, não encontrada na nossa metalurgia; o metal não pode ser comparado a nenhuma combinação conhecida na Terra”.
Essa conclusão, emitida por um perito com a qualificação de Vogel, homem de confiança da IBM e estudioso dos novos metais para fabricação de computadores, se mostrou de enorme valor para patentear as informações de Meier e deixou a comunidade ufológica na expectativa. Mas de modo intrigante, aquela única amostra do metal alienígena “desapareceu” do laboratório da IBM. Segundo o coronel Wendelle, o material teria ido parar na CIA, que depois se encarregou de fazer novos ensaios e alugar uma propriedade perto da de Meier, na qual teria feito filmes e fotos de várias naves alienígenas, comprovando, secretamente, as experiências de Meier.
A radioatividade na chácara foi exaustivamente medida e comprovada em vários pontos da propriedade, em especial naqueles com sinais circulares na grama, o que descartava as chances de fraude. Esses pontos eram apontados por Meier como de pouso das naves. As marcas apresentavam espirais no sentido inverso ao dos ponteiros do relógio, e o capim torcido não ficara queimado nem morrera, tampouco retornaria à posição normal por anos. Embora não houvesse outra testemunha das aterrissagens, além de Meier, não houve explicação melhor para as marcas e a radiação, senão o conhecido efeito UFO.
Meier tinha uma quantidade enorme de fotos com qualidade excelente. E a equipe de ufólogos, tendo Meier ao lado, obteve sua permissão e forjou algumas fotos, simulando várias situações irregulares. Curiosamente, as da simulação também pareciam verídicas. Então o grupo levou ambos os modelos para exame de Jim Dilettoso, um dos mais conceituados analistas de imagens do mundo.
Em sua perícia, feita com programas modernos de computador e uso de densitômetro, Dilettoso distinguiu nitidamente as fotos verídicas de Meier das forjadas pelo grupo investigador, deixando claro que sua análise das imagens mostrara a verdade, sendo muito confiável. Havia também uma belíssima sequência de quatro fotos de uma mesma nave em voo, tiradas em 8 de março de 1975, em Ober-Sädelegg, Suíça, cujo exame técnico revelou não haver chances de terem sido fraudadas. Todas as principais imagens foram analisadas sob métodos científicos cuidadosos, que certificaram sua veracidade.
Além das 3500 fotos, havia também filmes de 8 milímetros com as naves em voo, que foram cuidadosamente examinados em laboratório, por Dilettoso. Não restou dúvida da autenticidade dos filmes. Ele concluiu que eram seis tipos diferentes de naves. Uma delas, Meier estimou ter uns sete metros de diâmetro, e Dilettoso, sem saber disso, medindo no computador, achou sete metros e alguns centímetros, confirmando a estimativa de Meier. Depois, uma equipe de televisão japonesa examinou um novo filme de 8 mm e o considerou autêntico, detectando um inesperado lampejo de luz vermelha na borda da nave, e duas luzes da mesma cor na base do objeto, fato que surpreendeu os japoneses.
Os sons produzidos pelos objetos também foram gravados por Meier, à distância de uns 300 metros, e levados pelo grupo aos engenheiros de som, Nils Rognerud e Steve Ambrose, de Los Angeles. Em laboratório, concluiu-se que os sons não eram conhecidos, quando comparados a outros ruídos, nem puderam ser reproduzidos. A partir de então, a Força Aérea Suíça intensificou suas incursões de caça na região, em voos que já tinham sido vistos e fotografados no local.
Com tais evidências, consideradas ótimas para os recursos de medição da época, seria demais pensar em coisas como fantasia, sensacionalismo ou imaginação de Meier, qualificações que o colocaria como charlatão ou pessoa desequilibrada, o que ele não dava qualquer demonstração para suspeita. As imposturas que atribuíam a ele poderiam ter sido forjadas por opositores. Tudo parecia muito real, principalmente para um homem que não tinha um braço e teria enormes dificuldades, talvez insuperáveis, para forjar qualquer das evidências apresentadas.
Beamship, viagens e andróides
Meier não desistiu de sua extrema vontade em saber mais sobre os aliens, e os pleiadianos a que Semjase estava subordinada concordaram em dar a ele explicações. Falaram sobre a intrigante operação das beamships. Explicaram que “eles” não chamam as suas naves de UFOs, mas usam a palavra beamship. Disseram que isso se deve ao conceito de propulsão diferenciada da nave, e explicaram melhor o que lhe haviam dito antes.
Voltaram a afirmar, mas dando outros detalhes, que as naves são equipadas com dois sistemas de acionamento: um para velocidades até a da luz e outro para acima dela; a viagem à Terra leva ao todo sete horas. Explicaram que demora três horas e meia para atingir a velocidade da luz. Em seguida, há um salto através de um tempo-nulo, e depois, mais três horas e meia para entrar na atmosfera da Terra.
Inicialmente, os controles da viagem criam uma capa de proteção que envolve a nave, e esse escudo é também usado para proteção em planetas hostis. Para fazer o salto no hiperespaço, os mecanismos causam uma dilatação do tempo. Neste ponto, a nossa teoria da relatividade estaciona. No exato momento da dilatação do tempo, abre-se uma porta no hiperespaço. À medida que a nave se aproxima da velocidade da luz, as telas de proteção são eliminadas, permitindo o alargamento da massa, a qual se torna um catalisador no processo que facilita a transformação da matéria da nave para o que “eles” chamam de “matéria fina”. A nave então se move no hiperespaço de tempo-nulo. Em seguida, decorrem três horas e meia para desacelerar e voar para o nosso sistema. Seu ponto de ingresso deve ser a 153 milhões de quilômetros longe do corpo planetário mais próximo ou do Sistema Solar, ponto em que há o salto do hiperespaço.
Explicaram que dentro de uma grande nave-mãe das Plêiades, no seu centro de comando, há centenas de andróides, ou seja, robôs com inteligência artificial para auxiliar o controle da nave. Os andróides são criados organicamente por cientistas pleiadianos para executar tarefas específicas. Eles não têm um espírito como os seres humanos, mas são dotados de grande inteligência, programados para fazer determinadas funções. A maioria das funções na nave é operada por andróides, uma vez que elas estão bem adequadas para esse tipo de trabalho.
Disseram que os andróides orgânicos podem permanecer “vivos”, ou seja, “operando”, por longo período de tempo; estão livres de doença e podem ser programados para qualquer tipo de trabalho, variando o caráter e a personalidade. São usados, também, por toda a sociedade pleiadiana, para executar a maior parte do trabalho manual ou técnico, porque podem ser programados e usam de inteligência muito avançada.
Os andróides não estão dotados de computadores próprios, mas seus cérebros funcionam também como extensão da memória de um computador maior, funcionando como entidades periféricas. São feitos de material orgânico, obtido do material físico humano cultivado pelos cientistas. Por razões espirituais, os pleiadianos rejeitaram a ideia de clonagem humana; em vez disso, desenvolveram o conceito de computador para esse tipo de tecnologia andróide.
Quetzal, sobre o Caso Roswell
Num outro contato de terceiro grau, Meier quis saber o parecer de Quetzal sobre o Caso Roswell – se o incidente fora de fato real, como eram os ocupantes da nave e de onde teriam vindo. Vale ressaltar que na época que Quetzal fez sua explicação a Meier, o entendimento público dela foi muito relativo, dado apenas como ficção-científica. Hoje, entretanto, o avanço da nossa tecnologia deu àquelas palavras um sentido maior. Em razão de a explicação ser longa, com repetições e detalhamentos hoje desnecessários, vamos dá-la aqui num extrato que chamamos de Fragmento de Quetzal sobre o Caso Roswell:
“O Caso Roswell é uma realidade, porque o acidente da nave realmente aconteceu ali, mas isso é negado até hoje e continuará a ser no futuro pelo serviço secreto militar americano, bem como por todas as agências do governo, as quais usam argumentos frágeis e chegam a desculpas ridículas, até mesmo tolas sobre o acontecimento.
“O objeto de fato caiu ali e tratava-se de uma beamship do sistema Retículo. Sua tripulação não era uma forma de vida humana natural, mas de ‘andróides humanos’, por assim dizer, de uma natureza bio-orgânica. O Exército norte-americano colocou esses andróides artificiais dentro de um galpão, e alguns estavam ainda vivos, outros mortos. Foram mantidos em segredo, em lugares secretos.
“Os andróides bioagronômicos são formas eficazes de vida artificial, não robôs ou objetos similares, mas seres pensantes independentes, em todos os sentidos, e capazes de tomar decisões. São feitos de material vivo e de órgãos vivos, criados segundo a concepção dos seres ‘humanos’ que vivem no Retículo. São formas de vida reais, respeitados como tais pelo povo do Retículo, que os aprecia e os trata muito bem. Tais andróides são de fato seres artificiais e, como tais, estão sob comando de seres ‘humanos’ daquele sistema, em nome dos quais realizam excursões a outros sistemas estelares e a sistemas planetários.
“A inteligência desses andróides provém de uma consciência bio-orgânica artificial, capaz de desenvolver-se como a consciência de uma pessoa normal, nata de modo natural; portanto, podem ser criativos e realizar inventos relativos. Seu tipo de consciência é projetado de maneira uniforme e coletiva, dotando cada um deles da mesma, o que significa que todos têm uma forma de consciência única, que funciona coletivamente tal como um ‘espírito-grupo’. Na missão, possuem uma forma coletiva de comunicação telepática, que é intrínseca a eles.
“A consciência dessas formas de vida artificiais não corresponde à de uma personalidade natural, como a conhecemos, mas sim a uma forma planejada, a qual pode pensar de forma independente, agir e decidir por si mesma, bem como se desenvolver ainda mais, mas ela não está organizada para evoluir de modo consciente, como nós, senão em algumas funções que obedecem ao íntimo programa de seu instinto, o qual lhe é consciente.
“Isso significa que eles não possuem a capacidade de evoluir que é própria de uma forma verdadeiramente consciente de vida, através da qual as ideias são criadas e os processos podem realizar-se de modo criativo, inventivo e com evolução progressiva, capaz de auto desenvolver-se plenamente; mas, ao contrário, eles possuem apenas instinto, não tendo a preocupação consciente típica das formas vivas verdadeiramente naturais. De qualquer maneira, a consciência desses andróides é um elemento orgânico-artificial, em que nenhum espírito criativo está presente, em qualquer deles, para evoluir.
“A consciência dos andróides é formada de tal modo que lhes dá certa autonomia. Não obstante o senso coletivo que possuem, está presente neles um grau de individualidade, não podendo haver comparação de um com outro. Cada qual tem a sua própria maneira de ser, o que pode parecer uma contradição para o homem terrestre que não pode conceber tais coisas em sua própria mente e, por conseguinte, fazer a concepção a eles relativa. O homem só vai entender bem isso num futuro ainda distante.
“Os andróides possuem uma programação pré-estabelecida, o que os impede de subir em consciência mais do que a de seus criadores. O tempo de vida desses elementos está limitado a 300 anos de servidão dedicada aos criadores. No entanto, podem decidir em todos os sentidos que possuem, comprometendo-se responsavelmente nas tarefas abraçadas, nos exercícios que realizam ou declinar das propostas recebidas, escolhendo se querem ou não se concentrar na tarefa. Assim, não estão sujeitos à compulsão de seus criadores.
“Da forma a que foram criados biologicamente, não são capazes de praticar atos sexuais nem de reproduzir. Sua animação, fornecida pelo cérebro artificial, fora idealizada para absorver e utilizar as energias eletromagnéticas da vida existentes no cosmos, de modo que a continuidade de sua existência seja garantida. É com essa energia cósmica que as formas de vida artificiais são animadas e se mantém vivas.
“Tudo isso, no entanto, não pôde ser reconhecido pelos médicos especialistas e demais profissionais presentes nos locais secretos do governo americano, onde os seres acidentados em Roswell foram levados. Mas, como poderiam, se o conhecimento relativo a isso ainda não estava em seu lugar? Na verdade, vai levar ainda muitos séculos e talvez até milênios antes que os cientistas terrestres cheguem a criar seres como os andróides bioagronômicos. Portanto, tais seres haverão de permanecer um mistério insolúvel por longo tempo.”
Mesmo depois dessa explicação filosoficamente satisfatória, Meier, ainda insatisfeito, voltou a indagar, alegando que ele também havia visto andróides, em suas visitas às naves pleiadianas, os quais podiam pensar e agir de modo independente. E queria saber se aqueles do Retículo seriam os mesmos dos das Plêiades. Ao que Quetzal respondeu:
“De um modo geral, sim. Apenas a aparência dos nossos andróides é de natureza diferente, pois são criados à nossa semelhança, enquanto os andróides do Retículo se assemelham a seus criadores. Estes, não obstante sua tecnologia avançada e várias ciências desenvolvidas, ainda estão galgando uma espiritualidade maior, o que reflete na criatividade e nos interesses deles, mas possuem elevada cultura, são liberais e expressam apreço aos chamados ‘direitos humanos’. No entanto, as nossas diretrizes nos proíbem manter deliberadamente contato físico ou telepático com eles.”
Sobre a origem do homem
Meier, antes dos contatos com Quetzal, no início de seus contatos com Semjase, havia tido dela informações sobre a origem do homem na Terra. Semjase lhe havia dito que o surgimento da vida é algo análogo ao já conhecido sistema químico de composição genética. Contudo, segundo ela, seria preciso considerar outros pormenores.
“Na evolução das espécies, o fato contraditório da teoria de Darwin é que o ser humano não proveio do símio, mas é o símio que proveio do homem, e é, por assim dizer, um produto derivado do desenvolvimento original humano”. E Semjase completou: “O homem terrestre original data de 4,5 milhões de anos, mas se a pergunta se refere àqueles humanos que primeiro chegaram a este mundo, vindos das profundezas do cosmos, então a idade oscila entre 6 a 12 bilhões de anos.”
Em outras palavras, depreende-se que todo o processo de formação da Terra, surgimento da vida e do homem foram planejados desde os primeiros momentos de formação da Terra, e que os protagonistas seriam, forçosamente, muito mais antigos, anteriores ao chamado big-bang. Portanto, teriam vindo de outro Universo, anterior ao nosso.
Quetzal é um pleiadiano considerado de grande sabedoria histórica e tecnológica. Meier queria mais explicações sobre esse tema. Então indagou a ele sobre a época de surgimento do homem na Terra. O alien explicou:
“O clima da Terra começou a se estabilizar em torno de 35 milhões de anos atrás. Como você sabe, o impacto de um projétil espacial ocorreu na Terra há cerca de 65 milhões de anos, por isso todas as formas de vida de maior porte foram mortas e destruídas. Apenas as pequenas criaturas foram capazes de sobreviver, as que pesavam até 10 ou 12 kg, no máximo.
“As primeiras formas humanas, que poderiam ser designadas na sua origem como ‘seres humanos’, surgiram cerca de 49 milhões de anos atrás. No entanto, sua aparência não era humana, mas tinha a forma do hominídeo primitivo, como designado na concepção dos terrestres, porque as primeiras formas humanas ainda não tinham nada comparável às de hoje.
“Na verdade, esses seres tinham apenas cerca de 80 centímetros de altura, moviam-se meio eretos, sobre as patas, e seus braços, excessivamente longos, abraçavam em torno às árvores e subiam nelas apenas um pouco. O desenvolvimento desses seres durou muito tempo, surgindo a partir deles as mais diversas espécies, cujo aperfeiçoamento culminou nos primeiros seres humanos – hominídeos de 8,5 milhões de anos, considerados pela ciência terrestre –, e no surgimento das primeiras espécies do mesmo gênero, entre 6,5 e 4,5 milhões de anos atrás.”
Hipóteses sobre os pleiadianos
Em razão das mensagens recebidas por telepatia e dos contatos absolutamente físicos, com diálogos em primeira pessoa, Meier ficou convicto de que os aliens eram de fato seres extraterrestres, gente física com nós. Contudo, segundo Meier, “eles” seriam oriundos de uma estratificação do espaço-tempo ao lado do nosso mundo e nos estariam acessando “por meio de uma porta de entrada aberta artificialmente por eles”, segundo dizia. Examinando bem o histórico ufológico, podemos dizer que haveria ao menos três hipóteses para o nosso entendimento dessas entidades.
Primeira, “eles” seriam seres ultrafísicos (UTs) de outra dimensão (como sugerem os contatos telepáticos de Meier por anos a fio com entidades sutis, sem a nave nos céus), mas se materializando insolitamente em nosso mundo tridimensional para contato.
Segunda, “eles” seriam ETs densos, seres como nós (conforme apontam os contatos de terceiro grau de Meier), mas oriundos de Universo Paralelo, onde a matéria escura faria limite, criando uma camada divisória que nos impediria observar aquele cosmos; então, daquele meio oculto, seres sólidos adentrariam ao nosso espaço através de portas dimensionais, abrindo-as no nosso Universo por meio de tecnologia impensável para nós, algo semelhante à magia.
Terceira, “eles” seriam ETs oriundos de algum planeta ainda desconhecido das Plêiades, dentro do nosso Universo observável, gente como nós, mas com capacidade diferenciada, obtida por incrível avanço científico; seriam capazes de viver normalmente na nossa atmosfera e produzir tecnologia para viajar através dos chamados “Buracos de Minhoca” (Warmholes), cuja teoria é bem aceita hoje na Ufologia. Contudo, a hipótese de existir um planeta semelhante ao nosso na Constelação das Plêiades é muito remota, até mesmo improvável pela característica das estrelas ali existentes.
Na verdade, tais hipóteses se mostram plausíveis ao nosso entendimento, considerando os testemunhos de outros contatos de terceiro grau na Ufologia, como já mostramos no livro Os Escolhidos e no Arquivo Extraterreno. Tais hipóteses também não se mostram absurdas para quem lê os pseudoepígrafos judaicos e o Antigo Testamento.
Nesses livros, vamos encontrar no início da civilização terrestre homens com idades centenárias, alguns quase milenares (tal como a dos pleiadianos) e outros dotados de estatura muito alta, “gigantes”, além dos chamados “Filhos de Deus”, que eram seres densos, capazes de inseminar as “filhas dos homens” e elas partejarem filhos híbridos, conforme mostra o Gênesis 6,1-4.
Filosofia espiritual
É preciso destacar que Semjase deu também a Meier alguns ensinos espirituais, os quais, a nosso ver, não substituem os de outros avatares religiosos, notadamente os de Jesus Cristo. Mas, segundo a pleiadiana, as palavras originais do Cristo teriam sido muito alteradas pelos redatores da Igreja, fato que teria distorcido a verdade em pontos capitais e impregnado de dogmas a doutrina, moldando nela a falta de saber humano. Por isso, os pleiadianos deram a Meier os Ensinamentos Espirituais. Nessa linha, é explicado de modo direto:
“O espírito do homem vive em regime de constante renascimento, ou seja, de reencarnação. E isso ocorre também com todas as formas de vida que dispõem de consciência e espírito capaz de evolucionar. Por isso, quando o ser humano morre, sua entidade espiritual abandona o corpo físico e se translada ao reino espiritual do mais além, para repousar e ali aprender, pelo tempo necessário, até que possa reencarnar novamente num corpo material”. E completa: “Só para se libertar do corpo físico e adentrar na esfera do Espírito Puro, o espírito humano precisa de 60 a 80 bilhões de anos, quer dizer, de seis ou 7 vezes a idade do Universo informada pelos científicos terrestres [em 1975]”.
Mas Meier, que houvera registrado esse e muitos outros ensinos espirituais, recentemente cometeu o engano de dar outra interpretação às Escrituras Sagradas, tendo ido muito além delas. Divulgou que em 1963 encontrara um pergaminho na verdadeira sepultura do Cristo, descoberta em Jerusalém por um padre católico grego, seu amigo, de nome Isa Rashid.
Tratava-se do denominado Talmud de Jmmanuel [Steelmark Publishing, 4 ed. 2007], dado como de autoria de Judas Iscariotes. Essas escrituras contariam a verdade sobre Jesus Cristo. Segundo outros, várias partes do pergaminho estariam ilegíveis e deterioradas, não permitindo a correta leitura. Mas, enfim, o conteúdo divulgado era contundente e colocava em xeque os ensinamentos da Igreja.
Isso deu margem a algumas indagações fundamentais, feitas a todos os que tentam alterar as escrituras do Novo Testamento: Por que mereceriam elas mais crédito que as oficiais do Cristianismo? O que Meier e as entidades que o inspiram teriam de melhor que Jesus e os Apóstolos? Até agora, tais indagações levaram ao descrédito todos os místicos que tentaram alterá-las ou complementá-las, sem exceção, os quais culminaram por dar origem a seitas muito apreciadas por alguns, mas de duração limitada.
A divulgação de Meier seria tomada como mais uma heresia, mesmo em sendo confirmada oficialmente a antiguidade dos pergaminhos. Então se indagou: Por que e por quem teria sido ele ameaçado de morte tantas vezes? Em termos espirituais, na época da tal divulgação, estaria Meier desequilibrado? A publicação seria mesmo iniciativa dos pleiadianos ou de outras manifestações inconvenientes? Esses enigmas jamais foram desvendados pelos especialistas.
Em 1986, após onze anos de encontros, Semjase não mais retornou. Além dela, entre 1975 a 1986 outras entidades fizeram contato com Meier, como o comandante da frota, Ptaah, de 770 anos, pai de Semjase, e o comandante das naves no Sistema Solar, Quetzal, de 464 anos. Após três anos de silêncio, em 1989 outros contatos foram iniciados, agora com outras entidades.
Ao longo desse novo período, Meier teria feito uns poucos contatos com Ptaah e uma grande quantidade de outros com entidades distintas. Em resumo, sabe-se que desde 1975 até 12 de março de 2004 foram realizados 653 contatos pessoais e 836 captações telepáticas. Ele redigiu 354 relatórios de contato, enchendo 18 blocos de 200 páginas cada, e mais quatro volumes de 500 páginas cada. E os contatos ainda continuam.
Ao vermos os registros de Meier e voltarmos no tempo, refletindo sobre o início da civilização humana, ao tempo do bisavô de Semjase, com sua idade milenar e suas naves de tecnologia avançada, se nos afigura na mente o homem de então, ainda muito simples, registrando à sua maneira as fantásticas ocorrências que observara. Aqueles registros deram origem aos chamados “pseudoepígrafos bíblicos”. Nessas escrituras, vemos que os anjos de ontem seriam os chamados extraterrestres de hoje. Não há como negar – a semelhança é enorme!
Quem tiver interesse em aprofundar estudos no Caso Billy Meier, deve fazê-lo usando o material divulgado por ele ou no site da sociedade FIGU da Suíça, onde as traduções do alemão para outros idiomas são rigorosas, para não correr o risco, segundo a Instituição, “de comprar gato por lebre”. Recomendamos para quem entende inglês assistir à conferência do coronel Wendelle Stevens, principal pesquisador do Caso, realizada no Congresso Internacional de Laughlin 2006.
Pedro de Campos é autor dos livros: Colônia Capella; Universo Profundo; UFO – Fenômeno de Contato; Um Vermelho Encarnado no Céu; Os Escolhidos; Lentulus – Encarnações de Emmanuel, publicados pela Lúmen Editorial. E também dos recém-lançamentos: A Epístola Lentuli e Arquivo Extraterreno. E dos DVDs Os Aliens na Visão Espírita, Parte 1 e Parte 2, lançados pela Revista UFO. Conheça-os!
Billy Meier, toda la historia – Parte 1
Billy Meier, toda la historia – Parte 2