Por Pedro de Campos
Do livro Os Escolhidos [Lúmen editorial, 2009]
A Réplica de Arecibo é o nome com que ficou conhecido o agroglifo da suposta mensagem alienígena à Terra. Ela não chegou a Porto Rico, local do radiotelescópio que os cientistas tinham enviado um “alô da Terra aos ETs”, em códigos binários, a 16 de novembro de 1974, mas em Hampshire, Inglaterra, nas plantações de trigo.
A resposta foi recebida 27 anos depois, a 19 de agosto de 2001, ao lado do radiotelescópio de Chilbolton, no terreno da instituição, que não autorizou ninguém a fazê-lo. A polícia inglesa fez exaustivas investigações para tentar achar os responsáveis, mas não encontrou indícios da ação do homem nem responsabilizou ninguém. Ao contrário, os testemunhos colhidos apontaram algo insólito – o “alô da Terra aos ETs” teria sido respondido.
O agroglifo recebido foi um conjunto de desenhos nas plantações de trigo, em forma de códigos binários, que quando decifrados, após exaustivos estudos, mostrou uma resposta à mensagem humana. A representação binária apresenta a mesma divisão da mensagem enviada pelo homem e tem sete módulos:
No primeiro – representação binária de 1 a 10: partindo de cima, a resposta alien de 2001 não apresenta alteração nenhuma, comparando-se à mensagem humana que fora enviada em 1974. O alien mostra apenas que a mesma representação binária é válida também na resposta de 2001, fazendo-se assim o entendimento recíproco, nos mesmos termos binários da linguagem cifrada original.
No segundo – elementos químicos da vida: fora inserido no módulo o elemento químico Silício (Si 14), de número atômico 14, indicando que a vida alien tem esse elemento a mais que os nossos (H1, C6, N7, O8, P15); e como sabemos que o Silício é cinza, a conotação da mensagem com o alien tipo “Cinza” foi reforçada.
No terceiro – fórmula dos açúcares e DNA: não há alteração para os açúcares e nucleotídeos em ambas as mensagens, mostrando-se comuns a ambas as espécies, ao alien e ao homem.
No quarto – dupla hélice e nucleotídeos: de modo surpreendente é mostrada no agroglifo alien, à esquerda, uma terceira hélice de DNA, num arranjo diferente: à direita, há uma alteração na base da hélice, e no centro, uma única mudança nos nucleotídeos, que divide a opinião dos peritos quanto à interpretação. Parece certo que a presença do Silício na composição da vida alien fora responsável pela terceira hélice e pela alteração substantiva no DNA, mostrado na representação.
No quinto – dados do humanoide: o módulo alien apresenta ao centro o desenho de um vulto com cabeça, tronco e membros; o volume do crânio é maior que o do homem e desproporcional ao pequeno corpo do alienígena, com os olhos grandes e bem maiores que os do homem; os braços compridos, as pernas curtas e o pequeno tronco sugerem, no conjunto, embora não iguais nos detalhes, um alien do tipo Cinza, semelhante aos relatados por seres humanos em eventos de abdução; à esquerda, a representação binária mostra uma população alienígena (em 1974), que uns pesquisadores calcularam em 4,3 bilhões e outros, em 12,7 bilhões (a diferença no cálculo se deve às representações binárias nos agroglifos, as quais não estavam nítidas para cálculo, gerando dúvidas); à direta, a representação binária permite concluir que a altura do alienígena é de apenas um metro.
No sexto – sistema planetário: a representação do sistema alienígena mostra um Sol menor que o nosso (talvez a metade, ou ainda menor; e nesta condição, segundo estudos abalizados, dificilmente haveria planeta com água líquida para desenvolver vida); mostra, também, nove planetas, como o nosso sistema (nomenclatura de 1974), definindo a grandeza de cada um deles, e diferenciando-os (não há planetas gasosos como Júpiter e Saturno, mas denota haver aqueles como Urano e Netuno); mostra haver planetas rochosos, como no nosso sistema; três orbes estão deslocados em direção ao alien, denotando ser neles o habitat alienígena – os dois primeiros são sugestivamente rochosos, mas o terceiro é diferente, tem um complexo vazado, sugerindo-nos outra dimensão do espaço-tempo, na qual parte de sua população habitaria. Sendo três as esferas habitadas, não seria de estranhar uma população alien bem maior que a nossa. Se for assim, haveria “Cinzas” tanto densos como sutis: o denso, vivendo em dois planetas, e o sutil, numa única dimensão (não se deve confundir esse tipo de vida com a espiritual, vivida nas esferas do espírito).
No sétimo – radiotelescópio alien: o último módulo, ocupando toda a linha de baixo, está representado o equipamento de transmissão da mensagem alienígena, diferente do nosso sistema parabólico de Arecibo. Pela complexidade da figura e comparando-a com o agroglifo denominado “A Flor”, surgido a 13 de agosto de 2000, no mesmo campo de Chilbolton, nota-se semelhança surpreendente entre ambos, sugestiva de que o equipamento alien já teria sido detalhado naquele desenho de um ano antes. Contudo, o suposto equipamento ainda não foi devidamente entendido.
Para quem considera os UFOs de modo apenas científico, o significado dos círculos talvez só possa ser entendido quando houver um contato de terceiro grau. Na Inglaterra, uma versão espiritualista dá conta de que o fenômeno dos círculos, formando agroglifos, poderia estar vinculado aos feitos paranormais. Outras inteligências conscientes poderiam estar fazendo o serviço. Essas inteligências estariam produzindo os desenhos, querendo mostrar ao homem sua responsabilidade para com a natureza, sem destruí-la, porque, se assim o fizer, estará destruindo a si próprio. Seria uma espécie de alerta para reflexão humana.
Curiosamente, na feitura dos agroglifos, nota-se, segundo testemunhos, que a entidade executa os desenhos com seu objeto aéreo, mas não dá nenhuma informação de si própria. Parece receosa, com medo de algo indefinido ao nosso saber. De fato, numa sessão espírita por nós observada, em 8 de outubro de 2008, para retirada de implante alienígena, uma das entidades feitoras de agroglifos, presente ao evento, mas de modo oculto, quase nada falou de si mesma. Durante a retirada, repetia um som estranho, em transmissão mediúnica à médium receptora, algo como um poema religioso: “Dza ra ben bin – Dza ra ben ban”. Segundo o espírito-médico, o mantra funcionava como prece, dando a entender o Apocalipse 4,11: “Digno és tu, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, pois tu criaste todas as coisas; por tua vontade elas não existiam e foram criadas”.
Alguns sensitivos interpretam que o alienígena esteja precisando de energia provinda das plantas, como se a clorofila, responsável pela coloração verde dos vegetais, lhe servisse de seiva vital necessária ao corpo. Outros consideram que o interesse se estenderia para os minerais do subsolo. Se for assim, seja de um modo ou de outro, os agroglifos não seriam apenas desenhos para impressionar, mas enigmas para decifração. E o homem, refletindo sobre o seu significado, encontraria os porquês, servindo a prática de preparativo para contato mais efetivo no futuro.
Hoje, há quem considere que os aliens precisam de certas energias existentes na Terra e as estão colhendo nos nossos mananciais. Em razão disso, haveria receio de contato formal, porque se houvesse represália humana, a vida de uma civilização estrangeira (talvez de outra dimensão) estaria em jogo, com reflexos negativos para ambas as partes. A Réplica de Arecibo seria apenas uma alusão de que “eles” já estão aqui fazendo o serviço.
Pedro de Campos é autor dos livros: Colônia Capella – A outra face de Adão; Universo Profundo; UFO – Fenômeno de Contato; Um Vermelho Encarnado no Céu; Os Escolhidos da Ufologia na Interpretação Espírita, publicados pela Lúmen Editorial. E também do recém-lançamento: Lentulus – Encarnações de Emmanuel. E dos DVDs: Os Aliens na Vião Espírita, Parte 1 e Parte 2, lançados pela Revista UFO. Conheça-os!