– Este testemunho foi encaminhado por Elisabetta Montevidoni, secretária da Associação Cultural Giordano Bruno, de Sant’Elpidio a Mare – Itália, e traduzido por Pedro de Campos. Trata-se de um depoimento feito pelo médico Nicola Ceglie, em setembro de 2009, depois de 20 anos pesquisando os estigmas do contatado italiano Giorgio Bongiovanni; após a entrevista que publiquei na UFO 166, não posso deixar de dá-lo ao público –.
Por Nicola Ceglie, médico
Os estigmas de Giorgio Bongiovanni são feridas que não podemos considerar como chagas, porque as chagas tendem à cicatrização, nem tampouco como úlceras, porque estas exigiriam uma base patológica. As úlceras tendem a não cicatrizarem. Por outro lado, o sangue não apresenta nenhum odor desagradável que denote sinais de infecção. Quanto ao resto, excetuando-se o sangue de curso recente, as feridas denotam limpeza absoluta, não mostram sinais de pus, de infecção e não apresentam edema, ou seja, não têm os sinais clássicos da inflamação que acompanham um estado infeccioso.
O que torna essas feridas particularmente estranhas, por assim dizer… estranhas, é o fato de elas já durarem duas décadas e sangrarem todos os dias, dando aos germes um importante campo de cultura, como todo tipo de sangue deve oferecer a eles na prática. Em outros casos, seria fácil encontrar sinais de inflamação e infecção, mas, em vez disso, as feridas de Bongiovanni têm a semelhança dos ferimentos estéreis.
Quanto ao sofrimento que Bongiovanni experimenta durante os sangramentos, isso é inequívoco e dispensa comentários. O que intriga e impressiona de modo notório é a limpeza absoluta das feridas, as quais, além do sangue, não são acompanhadas de nenhum outro sinal concreto. Pude examinar o sangue das feridas em várias ocasiões, detalhadamente, num trabalho minucioso de laboratório. Constatei ser ele do mesmo grupo e com as mesmas características do sangue das veias do senhor Bongiovanni.
O que me permanece inexplicável é a limpeza total das feridas ao longo de 20 anos. Em ocasiões passadas, desde que comecei a examiná-las, tenho notado ao longo do tempo que não sofrem alterações nem denotam tendência para qualquer tipo de degradação ou degeneração orgânica, tanto dentro das feridas como nos tecidos circundantes. Trata-se de fato inexplicável!