Em 14 de novembro de 2004, aviadores da Marinha dos EUA foram enviados para interceptar um objeto desconhecido que “decolou como uma bala de revolver”. Foi apelidado de UFO “Tic Tac” devido ao seu formato e cor, que lembravam a popular bala de menta. No entanto, essa bala de menta tinha 45 pés de diâmetro. Foi detectada pela Marinha dezenas de vezes em novembro de 2004.
O famoso vídeo do “Tic Tac”, que foi gravado por pilotos da Marinha, foi inicialmente enterrado pelos militares. No entanto, uma investigação realizada em Las Vegas mostrou porque o encontro foi tão revolucionário.
Durante duas semanas em novembro de 2004, os sistemas de sensores mais sofisticados do mundo acoplados ao USS Nimitz Carrier Strike Group ficaram confusos com repetidas incursões do tipo “gato e rato” por objetos desconhecidos na costa do sul da Califórnia. Os objetos eram detectados em um momento e desapareciam no seguinte. Em 14 de novembro, os operadores de radar finalmente conseguiram travar um objeto — o Tic Tac.
O piloto da Marinha dos Estados Unidos, um Top Gun, David Fravor, foi enviado para investigar. O comandante do Strike Fighter Squadron 41 “Black Aces” acelerou pelos céus em seu F-18 e não conseguia acreditar no que viu. Anos depois, sua opinião não mudou.
“O vídeo foi feito por uma equipe depois de nós quando voltamos e pousamos”, relatou Fravor. “Éramos quatro. Nós o perseguimos visualmente, e eu o observei por mais de cinco minutos.”
Fravor descreveu ter observado o movimento e a interação com seu jato. Ele está certo que o que viu não era uma aeronave convencional.
“Não é um pássaro. Não é um balão meteorológico. Não tinha asas, não tinha motores, não havia nada de um avião. Nós quatro até hoje dizemos que não temos ideia do que vimos, de onde veio ou o que era, mas tinha características de desempenho incríveis que estavam muito além dos novos Super Hornets saídos da fábrica, que [eram] os jatos que estávamos voando”, disse Fravor.
O comandante Chad Underwood estava no segundo F-18 enviado para interceptar o UFO “Tic Tac”. Um dispositivo de gravação em seu avião registrou a imagem granulada de um sensor infravermelho. Underwood disse que uma segunda gravação do incidente nunca foi divulgada, acrescentando que o Tic Tac estava envolvido em interferência ativa.
“Recebi sinais de interferência na minha fita de radar”, disse Underwood.
Os relatos variam sobre o que aconteceu com as gravações depois, embora o encontro não tenha sido investigado pela Marinha, nem tenha sido enviado para a hierarquia da organização. Alguns anos depois, um bootleg (algo que é feito de forma secreta e vendido de forma ilegal) da gravação apareceu online sem muito alarde. Um artigo mais detalhado escrito por um ex-piloto da Marinha apareceu em uma publicação de aviação online sem muito aviso.
Em dezembro de 2017, o “Tic Tac” virou notícia mundial como a peça central de uma história de primeira página no New York Times. O artigo revelou a existência de programas do Departamento de Defesa até então desconhecidos investigando OVNIs. O vídeo do “Tic Tac” ao lado do relato de Fravor foi, e ainda é, visto como prova sólida de que desconhecidos genuínos continuaram a deixar perplexos os militares mais poderosos do mundo.
O artigo do New York Times virou o assunto UFO de cabeça para baixo, e outras grandes mídias começaram a investigar o encobrimento. Membros do Congresso fizeram perguntas e exigiram relatórios. O público mostrou interesse renovado em um assunto há muito descartado como absurdo. O jornalista Ralph Blumenthal disse que a história era difícil de vender para seus editores.
“Tudo era, você sabe, era documentado”, disse Blumenthal. “Mas ainda era um tópico difícil para o Times lidar, e o Times tem um histórico de ser muito cético em relação aos UFOs.”
A história maior expôs uma investigação previamente desconhecida sobre encontros com OVNIs dentro do Exército dos EUA. AATIP, ou Advanced Aerospace Threat Identification Program, foi descrito como “um programa” por alguns e “um grupo de trabalho” por outros.
Lue Elizondo, um oficial de inteligência de carreira que deixou seu cargo no Pentágono em 2017, foi fundamental para colocar o vídeo do “Tic Tac” nas mãos do New York Times. Em 2018, ele confirmou que outras ocorrências semelhantes ao Tic Tac existem em arquivos militares ocultos.
“Há muitos, muitos incidentes de Nimitz que são igualmente convincentes e que são contados pelos olhos de pessoas como o comandante Dave Fravor”, disse Elizondo, com documentos posteriormente confirmando que ele havia tomado medidas formais para que o vídeo do “Tic Tac” e outros semelhantes fossem divulgados ao público.
Chris Mellon, um ex-membro da inteligência, admitiu que colocou os vídeos nas mãos do New York Times, criando uma onda de publicidade que levou à criação de uma nova investigação do Departamento de Defesa: a UAP Task Force. Essa organização, liderada pelo veterano profissional de inteligência Jay Stratton, silenciosamente compilou e analisou outros vídeos e casos de OVNIs. Alguns deles eventualmente apareceram em reportagens da mídia.
Na primeira entrevista de Stratton diante das câmeras, ele disse que um dos principais objetivos da força-tarefa era reduzir o estigma para que mais pilotos militares estivessem dispostos a relatar seus encontros e dar a eles um processo formalizado para enviar o que viram.
“Se você olhar para o incidente do “Tic Tac” que aconteceu em 2004, e você sabe por alguns dos lançamentos que foi somente em 2009, 2010 que as coisas foram analisadas porque eles não tinham para onde enviar”, disse Stratton.
O que mudou em 2024? O Dr. Sean Kirkpatrick, chefe de investigação de OVNIs da AARO, ou All-domain Anomaly Resolution Office, disse que a maioria dos casos de UFOs pode ser explicada, assim como o “Tic Tac”, se mais dados estivessem disponíveis.
Foi o primeiro caso investigado pelo AAWSAP, o Advanced Aerospace Weapon Systems Applications Program, outro programa secreto sediado em Las Vegas.
É um projeto que o Dr. James Lacatski, ex-diretor da AAWSAP, disse não ter um propósito vago.
“Foi completamente relacionado a UFOs”, disse Lacatski.
Ao contrário do que foi dito ao público, o governo dos EUA sabe bastante sobre o “Tic Tac”, e um de seus objetivos é construir o sua própria “espaçonave extraterrestre”.
Via 8NewsNow