
Por Pedro de Campos
Este fato ocorreu em fevereiro de 1948. Naquela ocasião, o delegado R. A. Ranieri, homem público sério e acostumado a lidar com todo tipo de caso intrigante em razão de sua profissão, teve seu primeiro contato com fenômenos de materialização. Isso ocorreu na casa do doutor Rômulo Joviano, conceituado funcionário público da cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Estavam presentes os médiuns Francisco Cândido Xavier, como assistente, e Francisco Lins Peixoto, conhecido como Peixotinho, que durante a sessão servia aos espíritos para produzir as materializações. Os fenômenos ali presenciados seriam repetidos muitas vezes em outros lugares, possibilitando a Ranieri escrever seu prestigioso livro, Materializações Luminosas [FEESP, 1955].
A produção de fenômenos físicos para estudo sério e propósito definido requer trabalho de equipe espiritual especializada, de médium doador de fluídos especiais, de ambiente preparado e pessoas selecionadas para realização dos trabalhos. É preciso registrar tudo e absorver das reuniões o conhecimento possível, para dele fazer uso na divulgação da imortalidade da alma e na realização de obras fraternas. Tudo é sempre feito sob rigorosa organização.
Numa dessas reuniões, onde se reunia o grupo Scheilla, o médium Ênio Wendling descreveu um enorme engenho espiritual, semelhante a um Zepelim, no qual os espíritos eram transportados para participar da ocasião. Eles desciam do objeto por um grande tubo, algo parecido a uma chaminé, e penetravam facilmente no recinto. Conforme informações espirituais, esse veículo não se compara com a nave do tipo “nuvem charuto”, conhecida na Ufologia, trata-se de um engenho de transporte próprio das colônias espirituais próximas à Terra. Naquelas reuniões, Ranieri afirma que eles tiveram conhecimento de coisas maravilhosas, assim como de coisas medonhas, horríveis, existentes no mundo dos espíritos.
Certa noite, numa sessão realizada no Centro Espírita André Luiz, Rio de Janeiro, sociedade em que trabalhava Peixotinho, houve demonstração de que o mundo espiritual realmente dispõe de aparelhos capazes de produzir no corpo humano uma verdadeira recuperação da saúde. Trata-se de aparelhos completamente desconhecidos na Terra e de efeitos fantásticos.
Após o início da sessão, o delegado descreve uma entidade resplandecente aproximando-se de uma senhora e colocando em seu tórax um aparelho estranho, parecido com um bolo, feito numa forma semelhante à concavidade de um prato fundo, portanto, quase um disco. Era gelatinoso, de cor verde-clara, e transparente, ao qual podiam ver o interior do corpo como se contemplassem peixes num aquário. Lá dentro, palpitava o coração, arfavam os pulmões e corria o sangue nas artérias e veias. Tudo podia ser visto por todos, com perfeita nitidez.
Ainda tomados pelo momento, a entidade mergulhou uma mão através do aparelho, ficando parte do membro no interior do corpo da senhora ali atendida e o resto dele para fora. Em gestos compassados, o espírito retirou a mão do corpo e tornou a mergulhá-la. E cada vez que a retirava, trazia nos dedos certa matéria escura, que lançava no ambiente e se dissolvia. O espetáculo durou longos minutos.
Diante desse episódio incomum, seria o caso de indagarmos para reflexão. A ciência tem algum aparelho como esse? E o mergulho da mão materializada dentro do corpo? E a entidade resplandecente? De fato, o evento espiritual era grandioso. Com o uso de aparelhos desconhecidos, os espíritos faziam rapidamente materialização e desmaterialização de suas próprias mãos, cujo propósito era restaurar um corpo humano doente e demonstrar aos participantes a magnitude do mundo invisível, que é descortinado aos nossos olhos pelo Espiritismo Científico.
Outro caso intrigante ocorreu em 7 de dezembro de 1950, quando as pessoas do grupo André Luiz estavam reunidas. Após o início da sessão, começaram a penetrar no salão entidades materializadas e luminosas, com a finalidade de tratar os doentes que ali se achavam. Num dado momento, Ranieri aproximou-se da cabine onde estava Peixotinho, em estado de letargia, e teve uma surpresa: um globo de luz vermelha, do tamanho de uma laranja, estava cerca de 80 centímetros de Peixotinho. O delegado descreve: “A luz, incidindo sobre ele, iluminava-o frouxamente. Aproximei-me. O globo de luz girava no ar e fazia evoluções lentas”.
Ranieri chegou perto da cama em que estava o médium e começou a dar-lhe passes; então a luz vermelha flutuante iniciou um giro em torno do delegado. “Passava em volta de minha cabeça, em frente aos meus olhos, enquanto eu dava passes”, conta. E a evolução do globo de luz prosseguiu, fazendo outro percurso, que Ranieri assim descreveu: “Passava entre os meus braços, evolucionando pela frente de meu peito e, contornando-me as costas, voltava a passar entre os meus braços, penetrando pela frente”.
Nessas condições, estando Ranieri com as mãos apoiadas nas de Peixotinho, privando-o de qualquer movimento, a luz vinha e se intrometia entre os dois. Não havia um espírito materializado, mas um globo de luz materializada. E se o globo era espírito em forma esférica ou aparelho movimentado pelo espírito, ninguém soube distinguir. Quando as luzes do salão foram acesas, o globo vermelho, antes perfeitamente físico, materializado, extinguiu-se lentamente no ar, desaparecendo à vista de todos.
Nessas experiências de Ranieri, em ambiente fechado, vividas por ele em meados do século passado, os assistentes constataram a presença de entidades espirituais operando os fenômenos. Hoje, na Ufologia, em ambiente aberto, encontramos algo similar: UFOs luminosos, materializações ufológicas e mensagens à humanidade dadas por seres intrigantes. Trata-se de fenômenos testemunhados em todo o mundo. Se são oriundos do mundo espiritual ou de dimensão em que o espírito esteja encarnado, é difícil distinguir. Conforme detalha o livro Universo Profundo [Lúmen Editorial, 2003], as materializações procedem tanto da dimensão dos falecidos quanto da dos seres encarnados em corpos “menos materiais”; são realizadas por seres distintos, ambos postados numa dimensão invisível a olhos terrestres. Embora sejam fenômenos complexos, convém estudá-los com afinco, para tentar distingui-los.
No vídeo abaixo, vamos observar um pouco o conhecimento do doutor Paulo César Fructuoso, cirurgião geral com ênfase em oncologia, professor de clínica cirúrgica e pesquisador de Espiritismo Científico. O professor é interessado em fenômenos de materialização e curas espirituais. Como médico, após presenciar intrigantes fenômenos físicos no Lar de Frei Luiz, não teve alternativa: rendeu-se aos fatos! Hoje, não tem dúvida nem receio de testemunhar frente às câmeras de televisão as suas experiências. Veja o vídeo!
Pedro de Campos é autor dos livros: Colônia Capella – A outra face de Adão; Universo Profundo; UFO – Fenômeno de Contato; Um Vermelho Encarnado no Céu; Os Escolhidos da Ufologia na Interpretação Espírita. Todos lançados pela Lúmen Editorial. Clique aqui para conhecê-los. E, também, dos DVDs Os Aliens na Visão Espírita, Parte 1 e Parte 2, lançados pela Revista UFO; Conheça-os!