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16 Psyche, o asteroide que vale mais do que o PIB mundial, tem novos detalhes revelados

Em 2017, a NASA anunciou que pretendia enviar em 2023 uma missão não tripulada ao asteroide 16 Psyche que é totalmente formado por metais e cujo valor poderia enriquecer toda a população mundial.

Laura Maria Elias

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O asteroide 16 Psyche
Créditos: NASA

Em 2017, a NASA anunciou que pretendia enviar em 2023 uma missão não tripulada ao asteroide 16 Psyche que é totalmente formado por metais e cujo valor poderia enriquecer toda a população mundial.

 O asteroide Psiquê, que vale mais do que toda a economia global, pode ter uma superfície um pouco diferente de os demais corpos. Isso porque, de acordo com um estudo publicado esta semana no jornal científico The Planetary Science Journal, ele pode ser feito totalmente de ferro e níquel.

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Alguns especialistas acreditam que o asteroide pode valer cerca de 10.000 quatrilhões de dólares – algo como o número 10 seguido de 24 zeros — enquanto a economia global foi de cerca de 142 trilhões de dólares em 2019.

A composição do Psiquê, se confirmada, pode torna-lo único entre os demais asteroides por ser totalmente constituído por metais. Não há rochas em Psyche, ele é puramente metálico

Na opinião os cientistas, o asteroide seria o núcleo exposto de um planeta que não chegou a se formar, ou seja, um protoplaneta.

Uma das possibilidades, segundo a cientista Tracy Becker, autora do estudo, é a de que o planeta tenha sido atingido por outro objeto no Sistema Solar durante sua formação, o que fez com que ele perdesse o manto e a crosta.

O estudo feito com o telescópio Hubble observou dois pontos específicos da rotação de Psyche para conseguir enxergar os dois lados do asteroide, além da observação por meio de raios ultravioleta a fim de se conseguir mais detalhes sobre a sua superfície.

 

Poderoso, mas enferrujado

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16 Psyche visto de perto em uma concepção artística Crédito: NASA

Exatamente quando e como seu manto externo foi arrancado é um pouco confuso. Mas a pesquisa da equipe de Becker pode ser a migalha de pão que nos colocou no caminho para descobrir isso.

“Pudemos identificar pela primeira vez em qualquer asteroide o que pensamos serem bandas de absorção ultravioleta de óxido de ferro”, explicou a cientista. 

“Esta é uma indicação de que a oxidação está acontecendo no asteroide, o que pode ser resultado do vento solar atingindo a superfície”.

Em outras palavras, 16 Psyche está enferrujando. E podemos descobrir a idade de sua superfície com base em quanta oxidação ocorreu. Isso pode nos dar uma linha do tempo de quando o asteroide foi despojado de seu material externo.

 

Como os núcleos se formam

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Esquema das camadas da Terra. Crédito: World Magazine

O Psyche está a uma distância de cerca de 370 milhões de quilômetros da Terra, orbita o Sol entre Marte e Júpiter e a NASA continua firme em seus planos para enviar até ele uma missão de exploração. Se tudo correr bem, a missão deve decolar em agosto de 2022 e chegar ao asteroide em 2026.

A esperança é de que uma olhada de perto no 16 Psyche nos traga mais informações sobre o núcleo da Terra e de outros planetas, já que é muito mais fácil enviar uma sonda até os cantos frios do Sistema Solar do que ao centro quente do nosso planeta.

“O que torna Psyche e os outros asteroides tão interessantes é que eles são considerados os tijolos do Sistema Solar”, disse Becker. “Entender o que realmente constitui um planeta e possivelmente ver o interior de um planeta é fascinante. Assim que chegarmos ao Psyche, vamos realmente entender se é esse o caso”.

 

Fontes: Exame, Tilt e Science Alert

Veja, abaixo, um videoe xplicativo da matéria:

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