O Paradoxo de Fermi, proposto ainda nos anos 1950 pelo físico nuclear Enrico Fermi, questiona os sinais da existência de extraterrestres, já que para a maioria dos cientistas ainda hoje a Ufologia não possui evidências de visitas de outras civilizações. Contudo, Arwen Nicholson e Duncan Forgan, cientistas da Universidade de Edinburgo, apresentaram um estudo que explica dentro dos atuais parâmetros da ciência esse problema, compatibilizando-o com a existência de avançadas civilizações cósmicas.
Realizando simulações em computador, a dupla de cientistas chegou a conclusão que uma avançada civilização alienígena poderia enviar sondas não tripuladas através de toda a galáxia. Os dois defendem que mecanismos de auto-replicação utilizando nanotecnologia poderiam permitir que a crescente frota de sondas investigasse toda a Via Láctea em 10 milhões de anos. Embora seja muito tempo, é uma fração de uma era geológica da Terra.
A idéia é que as sondas seriam Máquinas de Von Neumann, que se replicariam em proporção geométrica utilizando os materiais e compostos que as sondas encontrassem em seu caminho. A proposta de robôs auto-replicantes foi feita pelo matemático John von Neumann em 1949, e utilizá-los na exploração espacial foi idéia de Ronald Bracewell, pioneiro do SETI. Chegando a determinado sistema solar, uma sonda o exploraria ao mesmo tempo em que coletaria material, criando uma ou mais cópias de si, e depois as máquinas aproveitariam o impulso gravitacional da estrela para seguirem seus caminhos.
A viagem dessas sondas utilizaria o empuxo gravitacional de estrelas da mesma maneira que as naves Voyager 1 e 2 utilizaram a gravidade dos planetas gigantes de nosso sistema solar, nos anos 70 e 80. Na simulação de Nicholson e Forgan, a Terra e seus planetas vizinhos podem ter sido visitados uma ou até mesmo duas vezes por tais sondas, milhões de anos antes do aparecimento dos seres humanos. Tal conceito foi explorado no filme 2001: Uma Odisséia no Espaço, onde o monolito negro é uma Máquina von Neumann, e no filme e livro 2010 subsequente.
A civilização alienígena que lançou tais sondas também tomaria providências para que suas máquinas não deixassem rastros. Comunicação entre as sondas, de acordo coom o artigo, talvez fosse possível utilizando-se o fenômeno do entrelaçamento quântico. Quando duas partículas sofrem esse processo, o que ocorre com uma afeta instantaneamente a outra, não importando a distância que as separa. Nicholson e Forgan até mesmo previram que poderiam acontecer combates entre sondas provenientes de civilizações diferentes, embora vasculhar as imensas distâncias interestelares atrás de uma sonda inimiga seja um esforço quase intransponível.
Contatar outras formas de vida não seria parte da missão de tais máquinas, de acordo com os cientistas. Contudo, eles abrem a possibilidade de que seus construtores as tenham programados com testes de inteligência, a fim de verificar o grau de maturidade de uma espécie nativa. Passar no teste significaria poder comunicar-se com a sonda. As máquinas igualmente poderiam transmitir seu achado para um colossal arquivo galático, acessível a qualquer civilização estelar capaz de encontrá-lo e descobrir como ler seus registros. Resta saber se a espécie Homo sapiens teria tal capacidade.
Confira o estudo de Arwen Nicholson e Duncan Forgan
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A manifestação de naves de origem não terrestre vem sendo observada pelo homem desde o começo da civilização humana. A presença desses veículos em nosso planeta está detalhadamente descrita em toda a nossa história ao longo de milênios. Com tantas evidências, como as apresentadas nesta palestra do IV Fórum Mundial de Ufologia, há ainda necessidade de o fenômeno ser reconhecido por nossa ciência?