Em 1958, no dia 22 de dezembro, o jornal Newark Star-Ledger, de New Jersey, publicou um artigo no qual pilotos de aeronaves comerciais protestavam contra o acobertamento oficial quanto a avistamentos ufológicos. Com base em um regulamento designado Janap-146, eles eram obrigados a, enquanto em voo, fazer um relatório via rádio descrevendo suas observações. O objetivo era fornecer dados tais como altitude e direção de voo do objeto voador não identificado, a fim de que a base da Força Aérea Norte-Americana (USAF) mais próxima pudesse enviar caças para investigar o intruso.
O artigo revela em vários trechos a indignação dos profissionais da aviação com o segredo aos UFOs. Em um trecho se lê: “Um grupo de mais de 50 pilotos de aeronaves comerciais, todos veteranos com mais de 15 anos de serviço em grandes companhias aéreas, divulgou no dia de ontem uma crítica contra a política de censura da USAF, classificada como ‘beirando o absoluto ridículo’, encobrimento e negação quanto a objetos voadores não identificados, ou discos voadores. Cada um dos pilotos observou ao menos um UFO e a maioria teve vários avistamentos”.
O texto segue destacando declarações de alguns dos profissionais: “Um dos pilotos disse: ‘Somos obrigados a informar todos os avistamentos de UFOs, mas quando o fazemos, somos tratados como se fôssemos incompetentes, e nos mandam ficar quietos’. O mesmo piloto afirmou que uma ordem vinda do alto da hierarquia militar manda dar prioridade a informes de UFOs em qualquer lugar do mundo, e especificando que qualquer piloto que não mantenha absoluto segredo quanto ao que relatou pode pegar uma pena máxima de dez anos de prisão, e multa de US$ 10.000”. Essa vem a ser a ordem Janap-146.
GRANDE IMPRENSA SEGUE IGNORANDO OS UFOS
Robert Hastings, que redescobriu o artigo, afirma que o caso é uma rara brecha jornalística no segredo quanto aos UFOs. Ele destaca que, apesar da inegável qualidade das testemunhas, nenhum grande veículo ou jornal acompanhou a história. Acrescenta que, em 1958, a grande imprensa nos Estados Unidos costumava tratar os UFOs com ironia, dando destaque a casos pouco importantes seguidos de declarações de autoridades de que tudo não passava de enganos quanto a aeronaves ou fenômenos naturais pouco conhecidos. Hastings comenta que a situação começou a mudar por volta dos anos 70, com a descoberta de vários documentos, via Lei de Liberdade de Informações, comprovando o interesse oficial no sigilo aos UFOs, incluindo a ativa campanha de acobertamento junto à mídia realizada pela Agência Central de Inteligência (CIA). Hastings afirma ainda que essa campanha prossegue, dando como exemplo a afirmação de que avistamentos dos anos 50 eram aeronaves militares, e a recente polêmica, da qual já tratamos, de que o Smithsonian Channel produz uma série de documentários para desqualificar o estudo ufológico.
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Confira o regulamento Janap-146
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Saiba mais:
Livro: Terra Vigiada
Terra Vigiada não é um livro comum, mas um verdadeiro dossiê fartamente documentado que comprova que inteligências extraterrestres observam e monitoram nossos arsenais atômicos. O livro contém dezenas de depoimentos prestados por militares norte-americanos que testemunharam a manifestação de discos voadores sobre áreas de testes nucleares, nas décadas de 40 a 70, comprovando que outras espécies cósmicas mantêm nossas atividades bélicas sob severa e contínua vigilância. Hastings vai mais além e mostra em Terra Vigiada que não é incomum discos voadores interferirem nos experimentos de lançamento, muitas vezes inutilizando as ogivas nucleares a serem detonadas, ou sobrevoarem silos de mísseis armados.