A nave Stardust foi lançada em 1999 em uma missão para encontrar o cometa Wild-2 em 2004, recolhendo amostras no processo. Após essa fase bem-sucedida da missão, a sonda passou próximo à Terra e lançou uma cápsula com as amostras, que aterrissaram em segurança. O material obtido tem sido analisado detidamente desde então e surpreendentemente, além de partículas do cometa, foram apanhadas amostras de partículas de poeira interestelar.
O sistema utilizado pela Stardust envolvia um coletor formado por um aerogel feito de sílica, uma espuma extremamente leve na qual as partículas foram capturadas sem serem destruídas. A fim de localizar as trilhas de impacto das partículas e estas próprias, milhares de fotografias foram batidas de cada pastilha de aerogel. E a fim de procurar por esses sinais, foi criado o programa Stardust@Home, nos mesmos moldes do famoso SETI@Home. O resultado foram 71 sinais desse material até agora encontrados, dos quais 69 foram localizados graças à participação do público.
A tarefa é monumental, pois cada partícula é minúscula, medindo em média milésimos de milímetro. Depois de detalhada análise, descobriu-se que sete desses grãos não têm paralelo com matéria conhecida no Sistema Solar, exibindo grandes diferenças em sua composição química. Um detalhe que surpreendeu os cientistas foi a composição das duas maiores partículas, similar a de um floco de neve, sendo que os modelos anteriores de partículas interestelares davam conta de que estas deveriam ser densas. Igualmente foram encontrados compostos de enxofre, o que também não era esperado.
PISTAS SOBRE A ORIGEM DO SISTEMA SOLAR
A análise tem mostrado que a composição desses grãos é bem variada e evidentemente eles têm origens bem diferentes. Especialmente os grãos menores são muito diversos dos maiores, indicando que cada um deve ter sua própria história. As duas maiores partículas têm uma composição envolvendo minerais de sílica, ferro e magnésio, indicando a imensa diversidade que os grãos interestelares devem possuir. Há uma grande dificuldade nas análises devido ao pequeno tamanho das amostras, mas instrumentos não disponíveis quando do lançamento da Stardust têm auxiliado a tarefa. Especulam-se que algumas sejam restos da formação do Sistema Solar há 4,5 bilhões de anos, ao passo que outras são provenientes de explosões em supernova, que espalham elementos como carbono, nitrogênio e oxigênio, essenciais à vida, espaço afora. Além disso, somente 77 das 132 pastilhas de aerogel da Stardust foram analisadas e portanto espera-se descobrir ainda mais partículas interestelares em breve.
Site oficial da missão Stardust
Infográfico da viagem da Stardust
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Saiba mais:
Livro: Dossiê Cometa
O Dossiê Cometa é o relatório da entidade homônima francesa – o Comitê Cometa – que analisou as evidências mais marcantes da atuação de ETs em nosso planeta, através de avistamentos e aterrissagens de UFOs que se prolongam há milênios e dos contatos com seus tripulantes. O documento foi entregue ao primeiro ministro francês e a outras autoridades mundiais, com uma séria advertência: devemos estar preparados para grandes transformações em nossa cultura, ciência e religião, pois em pouco tempo os UFOs causarão grande impacto em nossas vidas.