Tudo correu perfeitamente na sexta passagem da nave Juno da NASA pelo perijove, o ponto de máxima aproximação com o maior planeta de nosso Sistema Solar. No último 10 de julho o engenho passou a somente 3.500 km acima das nuvens mais altas da atmosfera do gigante gasoso, percorrendo em 11 minutos e 33 segundos uma distância de 39.771 km, passando diretamente sobre a Grande Mancha Vermelha, a característica mais notável de Júpiter. A Juno chegou ao sistema joviano em 04 de julho de 2016, completando uma órbita a cada 53,5 dias. E vale lembrar que no momento da chegada os instrumentos da nave haviam sido desligados, a fim de não serem danificados pela radiação próxima ao gigantesco mundo. Assim, alegações de que a nave havia fotografado pretensos UFOs nesse momento são totalmente absurdas.
A missão das naves Voyager descobriu que a Grande Mancha Vermelha, identificada pela primeira vez em 1830, é um descomunal furacão com 16.650 km de extensão, com ventos da ordem de 640 km/h. Desenhos do planeta produzidos por astrônomos desde o século XVII já mostravam uma mancha gigante em sua superfície, mas não se sabe se era a mesma, e por comparação, o diâmetro da Terra é de 12.700 km. As primeiras imagens do sobrevoo, obtidas pelo instrumento JunoCam, foram liberadas em 12 de julho ainda sem processamento. A JunoCam é um instrumento a bordo da nave destinado a promover uma relação mais próxima com o público, permitindo que cientistas e cidadãos não ligados à agência espacial realizem seu próprio trabalho de processamento e a cada sobrevoo o site da NASA realiza uma enquete na qual o público pode decidir para onde apontar a câmera.
Os demais oito instrumentos da Juno naturalmente também colhem uma enorme quantidade de informações a cada passagem, como imagens em alta resolução das nuvens e demais características da atmosfera jupiteriana, seus campos magnético e gravitacional, além de dados sobre o interior do planeta que podem auxiliar a responder questões sobre a formação de Júpiter e do Sistema Solar. As informações enviadas pela nave nessa mais recente passagem estão sendo analisadas e os cientistas esperam obter respostas sobre vários aspectos da Grande Mancha Vermelha, como por exemplo, sua cor. Sabe-se que a atmosfera joviana contém amônia, hidrossulfeto de amônio e água, mas não se sabe como esses compostos reagem para criar as cores do gigantesco planeta. A missão tem sido um enorme sucesso, conforme comentou Jim Green, diretor de ciência planetária da NASA: “Essas imagens da Grande Mancha Vermelha são a tempestade perfeita de arte e ciência. Temos prazer em dividir a beleza e a excitação da ciência espacial com todos”. O próximo perijove da Juno será em 01 de setembro.
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