Continua a repercutir a enorme abertura promovida pela Agência Central de Inteligência (CIA), que em janeiro liberou uma vasta quantidade de documentos antes classificados para consulta pública. O último destaque na imprensa internacional foi o interesse da agência na política da Índia, bem como em aparições ufológicas em países na região do Himalaia. Um dos mais comentados foi um arquivo de 1986 analisando as possíveis repercussões caso o então primeiro-ministro indiano, Rajiv Gandhi, fosse assassinado. O documento analisa o estremecimento que ocorreria nas relações entre Estados Unidos e Índia, e foi considerado um alerta para o assassinato de Gandhi, que de fato aconteceu em 21 de maio de 1991.
Outro arquivo detalha como a agência acompanhou de perto o governo da antecessora de Rajiv, sua mãe Indira Gandhi, primeira-ministra entre 1966 e 1977, e depois de 1980 a 1984, especialmente durante o estado de emergência, de 1975 a 1977. Indira governou por decreto nesse período, quando a CIA mantinha várias fontes dentro de seu governo. O documento destaca como cerca de 40% dos políticos do partido de Gandhi haviam recebido contribuições da União Soviética. A agência igualmente acompanhou a corrida para o desenvolvimento de armas nucleares por parte da Índia e seu vizinho Paquistão, incluindo os preparativos do governo de Rajiv Gandhi para testar uma bomba de hidrogênio, em resposta ao programa nuclear paquistanês.
Um ponto que chama a atenção é o interesse da CIA no culto em torno do guru espiritual Sathya Sai Baba (23/11/1926-24/04/2011). Muito popular na Índia entre os anos 80 e 90, documentos da agência da época apontavam a preocupação de seus analistas com a possível nova religião de alcance mundial que Sai Baba poderia erigir. O documento aponta que o guru se referia a si mesmo como Kalki, uma encarnação da divindade Vishnu, o que fez a agência traçar comparações com o retorno de Jesus Cristo para os católicos, ou o surgimento do Mahdi no Islã. O arquivo aponta que Sai Baba se dizia a segunda vida e que seus alegados milagres eram controversos e considerados charlatanismo por muitos, mas seus seguidores os encaravam como provas do que o guru dizia.
CASOS UFOLÓGICOS NO HIMALAIA
Seis ocorrências ufológicas nessa remota região do globo, ocorridas em 1968 nas regiões de Ladakh e Sikkim na Índia e no Butão e Nepal, chamaram a atenção da CIA. Em 19 de fevereiro um objeto brilhante voando em alta velocidade foi visto sobre o nordeste do Nepal e Sikkim, às 21h00. O UFO era longo e fino, emitindo luzes vermelhas e verdes. O caso no Butão aconteceu em 21 de fevereiro sobre a capital, Thimpu. O UFO era de cor azulada e se movia silenciosamente em alta velocidade, do leste para oeste. Em Ladakh um objeto foi visto se movendo do leste para oeste, passando sobre uma base da Força Aérea da Índia nas áreas de Fukche e Koyul, quando foram ouvidos sons de estrondos. Já no Nepal, em 25 de março de 1968, no distrito de Kaski, foi encontrado em uma cratera um objeto em forma de disco, medindo 1,8 m de base e 1,2 m de altura. O documento aponta que uma luz branca foi vista, acompanhada de dois sons estrondosos. O informe aponta que objetos similares foram encontrados em Talakote e Turepasale. Um fato interessante é que este último documento tem na capa fotos de Donald E. Keyhoe, pioneiro da Ufologia, e do físico Edward Condon.
Leia um documento sobre Rajiv Gandhi
Arquivo sobre o governo de Indira Gandhi
Documento sobre o movimento em torno de Sathya Sai Baba
Confira o arquivo sobre os UFOs no Himalaia
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Saiba mais:
Livro: UFOs na Antártida
O lugar mais inóspito e longínquo da Terra, que impõe as mais terríveis condições para quem nele ousa se aventurar, é mais um dos pontos do planeta que não passa desapercebido das curiosas inteligências alienígenas que nos visitam há milênios. É na totalmente desabitada Antártida onde se registram casos ufológicos fantásticos e de rica variedade. UFOs na Antártida, do veterano ufólogo argentino Rubén Morales, faz um levantamento minucioso de todas as principais ocorrências ufológicas no Continente Branco, com consulta a documentos oficiais desclassificados de várias nações, entrevistas diretas com seus protagonistas e uma meticulosa análise dos dados, em uma proposta inédita e seu resultado é impressionante.