Os marcianos têm mais de 2 m de altura, são acinzentados, possuem olhos e boca grandes, nariz e orelhas compridas e têm cabelo nascendo apenas da metade da cabeça para trás. E só falam em espanhol. Esta foi a descrição que fez o marceneiro Plínio Bragatto, 75 anos, dos seres que alega terem-no seqüestrado em 1.996. Bragatto é morador de Governador Valadares (MG), no Vale do Rio Doce, e seu caso tornou-se o principal assunto na cidade, tendo repercussão na Imprensa nacional.
Nas últimas décadas, ocorrências envolvendo seres extraterrestres em Minas Gerais têm sido constantes. A Revista UFO já abordou detidamente esse assunto em várias de suas edições [Veja UFO 68], mostrando que a casuística ufológica daquele Estado transcende a do resto do país. Neste contexto, a história de Plínio Bragatto assume características notáveis. A principal diferença entre seu caso e o de outras pessoas são as circunstâncias segundo as quais, de acordo com o protagonista, sua abordagem por ETs teria se dado, com minúcias inusitadas e exóticas.
Bragatto conta que, em 9 dezembro de 1.996, uma segunda-feira, subia sozinho o Pico Ibituruna, o ponto mais alto da cidade em que reside, quando viu uma nave espacial oval com luzes azuis próxima à estrada em que estava. “Um dos ETs surgiu na porta daquilo e lançou uma escada de borracha para que eu subisse,” disse o marceneiro. O homem, quando questionado pela Imprensa e por ufólogos, admitiu ter tomado três latas de cerveja antes da experiência, e que não pensou duas vezes para subir na nave. No seu interior, encontrou outros dois seres extraterrestres que, conforme descreveu à polícia, seriam do sexo masculino e um do feminino – embora esta última criatura não tivesse seios. “Eles se comunicavam comigo numa língua parecida com o espanhol,” garantiu Bragatto, perante a estupefata polícia.
ETs Rezavam na Nave – O marceneiro informou que foi muito bem tratado por seus anfitriões. “Dentro da nave tudo era bonito. Há mesas, cadeiras e bebidas”. Um dos aspectos mais inusitados de seu relato dá-se quando o abduzido assegura que seus raptores realizam um ritual que se parece com uma reza. Com riqueza de detalhes, Bragatto conta que os seres levam as mãos ao rosto quando oram. Aparentemente, o homem ficou apenas cerca de uma hora com os extraterrestres, mais isso foi o suficiente para que fosse examinado detidamente por eles. Os ETs, conta, lhe pediram para tirar a roupa e o tocaram com os dedos. Curiosamente, também teriam tirado a própria veste, o que permitiu que Bragatto fizesse algumas comparações.
Talvez esse ato tenha se dado como forma de tranqüilizar o marceneiro, deixando-o mais à vontade. “Os seres extraterrestres têm órgãos sexuais como os nossos”, contou Bragatto para o espantado delegado Castelas Carvalho Leite. Ele repetiu sua fantástica história várias vezes, sem cair em contradição. Disse que chegou a ir a Marte, onde os ETs lhe ofereceram uma espécie de ‘empadinha gigante’ e frutas, além de uma bebida com gosto de Campari. Eles chegaram até a convidá-lo para ficar, mas Bragatto afirmou que estava com saudades da Terra. Ele só não soube explicar como se deu seu retorno: o homem apareceu em Montes Claros, distante mais de 800 km do local de onde teria partido. Seus parentes garantem que ele nunca demonstrou qualquer desequilíbrio de sanidade mental e, até então, o caso é considerado legítimo pela Comunidade Ufológica Brasileira, por mais que seja extraordinariamente exótico.