Ocorreu nesta quarta (31.05) uma reunião histórica da NASA. Pela primeira vez a agência falou abertamente sobre sua investigação com relação aos “fenômenos aéreos não identificados” (UAPs), como agora são conhecidos os objetos voadores não identificados.
Dezesseis cientistas, reunindo especialistas de áreas que vão da física à astrobiologia, foi formado em junho passado para examinar avistamentos de OVNIs e outros dados coletados pelo governo e por civis.
O presidente desse grupo, David Spergel, disse que “se eu fosse resumir em uma linha o que acho que aprendemos, é que precisamos de dados de alta qualidade”.
O objetivo dessa sessão pública foi dar “considerações finais” antes da publicação de um relatório da Agência sobre o assunto que deve ser divulgado em julho deste ano.
Um ponto curioso da sessão foi quando Dan Evans, funcionário sênior de pesquisa da unidade científica da NASA, disse que seu grupo foi “submetido a abusos e assédio online desde que começaram seu trabalho”, como uma forma de desmerecer sua pesquisa.
Durante a sessão, que foi transmitida ao vivo para todo o mundo, foram divulgadas imagens de UAPs que ainda não tem explicação.
Embora a missão científica da NASA tenha sido vista por alguns como uma promessa de uma abordagem mais aberta ao assunto, a agência espacial dos EUA deixou claro desde o início que não estava tirando conclusões precipitadas.
“Não há evidências de que os UAPs sejam de origem extraterrestre”, disse a NASA ao anunciar a formação do painel em junho passado. Mas também não se pode descartar essa possibilidade.
Ficou também evidente que não há uma comunicação entre os órgãos e forças armadas no estudo do fenômeno. “Os esforços atuais de coleta de dados sobre UAPs são assistemáticos e fragmentados em várias agências, muitas vezes usando instrumentos não padronizados para coleta de dados científicos”, disse Spergel.
Apesar de tudo, este é mais um passo para que a pesquisa do fenômeno ufológico suba alguns degraus na credibilidade junto aos governos e a comunidade científica.