Júpiter é o maior planeta de nosso Sistema Solar e já detinha o recorde de maior número de satélites conhecidos. Cientistas da Instituição Carnegie para Ciência acabam de anunciar a descoberta de outras doze, elevando o total para 79 luas. O total é expressivo mesmo comparado aos outros gigantes gasosos de nosso sistema, pois Saturno possui 62, Urano 27 e Netuno 14 satélites confirmados. O achado se deu enquanto os cientistas buscavam o Planeta Nove, astro cuja existência teórica pode explicar as órbitas de uma família de objetos no Cinturão Kuiper, muito além da órbita de Plutão.
Conforme explica Scott Sheppard, líder da equipe: "Júpiter acabou por estar em nosso campo de visão, então optamos por aproveitar a oportunidade e investigar possíveis satélites ainda não observados, ao mesmo tempo em que realizávamos nossa pesquisa por objetos muito distantes". As observações aconteceram na primavera do hemisfério norte de 2017, mas foi necessário mais um ano de pesquisa para caracterizar as órbitas dos novos objetos. Todas as doze luas estão bem mais afastadas do planeta que as 4 grandes luas descobertas por Galileu Galilei (Io, Europa, Ganimedes e Calisto). Duas destas orbitam no mesmo sentido de rotação de Júpiter, completando uma órbita em pouco menos de um ano terrestre.


Os cientistas acreditam que essas luas sejam parte de uma lua maior que se quebrou. Outras dez luas fazem parte de um grupo com órbitas retrógradas, seguindo uma direção contrária à rotação do planeta. Porém, uma delas na verdade orbita Júpiter no mesmo sentido em que o planeta gira, levando um ano e meio da Terra para completar uma órbita. Além disso, esse objeto é pequeno, com menos de 1 quilômetro de extensão, e foi apelidado pela equipe de Valetudo, nome da deusa romana da saúde e higiene. As demais onze luas descobertas têm tamanhos entre 1 e 3 km. E como a órbita de Valetudo passa entre as das demais luas do grupo, os cientistas alertam para um grande risco de colisão nessa região, como as que possivelmente formaram essas pequenas luas. O estudo destes minúsculos mundos pode produzir informações para um melhor entendimento da formação do Sistema Solar. Pequenos como são, é grande a influência em seus movimentos de gás e poeira, e, portanto sua formação deve ter sido bem posterior, já que a fricção teria desacelerado tais luas e elas cairiam em Júpiter.
Site da Carnegie Institution for Science
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